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HAJA LUZ SOBRE O BRASIL

A estrutura econômico-financeira global foi calcada na amarração com o dólar e as taxas de juros. Em grande parte, isso se deve à inépcia dos governantes da parte de baixo da América, incapazes de formular uma política própria dentro das normas dos mercados, propiciando ações especulativas e o surgimento de uma ala descontente se autodenominando reformista e que sempre torceu para que o circo pegasse fogo. Agora vivemos o grande paradoxo da economia: um país com falta de tudo, inclusive de preparo para a vida, mas com uma grande parcela da população que não encontra trabalho. Formou-se o grande castelo de areia das valorizações dos ativos; o mercado financeiro global opera com volume 3,5 vezes acima da economia real. O dinheiro de papel, as atividades especulativas, as guerras pelo poder, tudo se sobrepondo às reais necessidades humanas. O que dirão os economistas do futuro?

No Brasil, o atraso tem várias causas: a valorização do Real incentivou a importação de tudo; fábricas fecharam por ter custo de produção equivalente ao preço do importado; a taxa de juros Selic também convidava a deixar o dinheiro em dólares e na ciranda financeira em vez de na fábrica. O analfabetismo e a falta de raciocínio lúcido aumentaram. O ensino fundamental não foi assimilado de forma eficiente, afetando o ensino superior.

Após a crise financeira global de 2008, as decisões atabalhoadas, visando a próxima eleição, favoreceram o aumento da dívida e quando o real se desvalorizou, foram evidenciadas todas as fragilidades. Quando se contrai uma dívida é preciso olhar o fluxo de caixa e planejar o futuro, a menos que se esteja numa situação anormal como crises e guerras. Vale a pena examinar atentamente esse capítulo da gestão financeira para não cair no buraco das dívidas externas sob o tormento das desvalorizações cambiais.

O câmbio é sempre enigmático no jogo financeiro, pois quem sabe sempre leva vantagem. Fora isso, se reflete diretamente na economia. O Japão cresceu com iene desvalorizado, assim como a China, enquanto o Brasil combatia a inflação com real valorizado artificialmente. Um fator de vital importância é o balanço das contas externas. No Brasil, essas contas têm permanecido em déficit. Quanto montou nos últimos 50 anos? Entre 2012 e 2017 o Brasil teve déficit total em suas contas externas em torno de US$ 332 bilhões. Nada mal como contribuição de um país atrasado com falta de tudo para o mundo.

Espera-se encontrar um ponto de equilíbrio para não cairmos em situação análoga à da Argentina que elevou a taxa de juros para 40% para conter a fuga de dólares. O que faltou aqui sobrou em outro lugar. Esse desequilíbrio e a falta de bom preparo das novas gerações contribuem para o aumento da desigualdade.

Sem compreender o porquê, desalentado, o mundo assiste ao crescente suicídio de jovens. Temos dado a eles apenas a visão do mundo material e suas incoerências. As novas gerações precisam ser motivadas para compreender a finalidade da vida e aprimorar-se. De longa data, o Brasil tem permanecido desatento à vida e ao aprendizado das novas gerações. É necessário adquirir noções sobre a Criação e suas leis, sem lacunas, sobre todos os tempos, desde o começo da humanidade até agora. O mais sagrado dever do ser humano consiste em progredir no reconhecimento de Deus, bem como no seu próprio desenvolvimento espiritual. O espírito é o verdadeiro eu do ser humano.

O ano de 2018 se apresenta como ponto de transição global. Há uma guerra comercial em andamento, que no fundo é confronto geopolítico de poder. Há agravamento nos conflitos do oriente médio. Eleições no Brasil, uma região de grande importância estratégica. Evidentemente é um momento crítico onde forças em confronto buscam definir correntes de comando. Obscuramente, os aproveitantes só pensam em si e não na pátria diante do confronto dos interesses americanos, chineses, europeus e russos. O lamentável é constatar a falta de maturidade não só da classe política, mas da própria população despreparada. Haja Luz sobre o Brasil.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

PÁTRIA AO ABANDONO

Os asiáticos têm pleno direito de buscar a melhora na qualidade de vida e condições gerais, mas acabaram afetando a indústria e os empregos no resto do mundo devido à interferência do Estado; aos custos sociais e de mão de obra menores; câmbio regulado e incentivos, além dos interesses das corporações em desfrutar dessas benesses, lá produzindo para exportar para outros países. A China acumulou significativa reserva em dólares. O Brasil perdeu terreno e até hoje não consegue dinamizar a economia, o que é agravado pela volúpia financeira da classe política. Como restabelecer o equilíbrio?

Como diz o provérbio chinês – “toda crise traz uma nova oportunidade”-, essa grande enrascada do déficit americano poderá levar os grandes contendores a buscar soluções que equilibrem as balanças e o desenvolvimento geral, eliminando-se essa guerra econômica que tem caracterizado o relacionamento entre os povos desde a primeira Revolução Industrial. Quem sabe agora na Quarta Revolução sejam encontrados os mecanismos que humanizem e equilibrem as relações.

O Facebook trouxe para as pessoas em geral a oportunidade de falar, comunicar o que sentem e pensam, o que é difícil em nossos dias de imposições de cima para baixo. Infelizmente as pessoas introduzem bobagens reveladoras de anseios utilizáveis para pesquisas de mercado e eleitorais, e abusos extremados. O importante é usar a rede para o bem, para melhorar o mundo. Mas parece que isso não agradou àqueles que seguram o cabresto da humanidade que querem a massa amorfa e moldável segundo seus fins. É muito bom poder compartilhar ideias e esperanças de melhora geral. O detalhe sobre a desvalorização sofrida nas Bolsas é a consequência da supervalorização artificial de muitas coisas. Um dia a casa cai.

É imprescindível a preocupação da educadora coreana Yuhyun Park que quer ensinar as crianças a ter inteligência digital para se tornarem boas “cidadãs online”. Porém, há na educação um grande vazio até hoje mal entendido; as crianças não estão aprendendo a lidar com a vida, o que antes era ensinado principalmente pelos pais e avós numa forma primitiva; mesmo isso foi perdido com os novos modos de viver na Terra. É preciso saber quem somos, qual a finalidade da vida, como funcionam as leis naturais da Criação. Isso também deveria ser objeto de sérias pesquisas e estar nos currículos escolares, contribuindo para a formação efetiva de seres humanos de qualidade que beneficiam com tudo o que fazem.

Sem dúvida, houve descuido geral do equilíbrio entre as nações. O contrabando no Brasil e o crescimento da economia informal tem sido objeto de profundas análises. A economia não reage devido aos maus políticos que não servem aos interesses do país e que permitiram a fragilização geral na indústria, educação e saúde. O Brasil se tornou um bom importador. A questão é que importar produtos que cheguem com qualidade e preço acessível para o consumidor é fácil. Mas além das commodities e dos produtos primários com baixo valor agregado como o país poderá elevar as exportações? Quando a indústria regride, muita coisa vai junto: componentes, serviços, treinamento técnico. Isso favorece as potências exportadoras para acumular reservas em dólares enquanto outros aumentam as dívidas. Num mundo com estruturas de produção tão desiguais, o conceito de abertura precisa ser repensado.

Dia a dia o Brasil foi fortalecendo as instituições visando interesses particulares e fins egoísticos, enquanto o país ia sendo desconstruído. Estamos numa grande enrascada. A classe política pouco fez para o bem da nação abrindo espaço ao populismo inconsequente. Ano eleitoral decisivo exige mudanças. É preciso eleger uma liderança sábia e responsável que busque futuro digno da espécie humana para que esta não afunde na lama da ignorância, imoralidade e corrupção e da subserviência a interesses escusos.

Brasil! Pátria amada a despeito dos ingratos, dos corruptos que só pensam em si; dos alienígenas que só cobiçam as riquezas pouco se importando com a boa formação dos jovens; dos que fomentam a ruína, a miséria espiritual e material. Como a indústria regrediu não há sustentação para o setor de serviços. Assim, o número de desocupados permanece elevado. Segundo estudos, o comércio informal se alimenta de mercadorias contrabandeadas prejudicando a arrecadação. É preciso encontrar a fórmula para dar maior impulso ao crescimento, pois do jeito como está, em curto prazo, nem a redução dos juros o farão. É preciso reagir na indústria e gerar atividades e empregos para que o dinheiro possa circular internamente.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O QUE É O BRASIL? E O MUNDO?

Numa época em que novos armamentos estão sendo testados é bom refletir sobre a II Guerra Mundial que resultou da decadência da humanidade. Verdade que surgiram alguns avanços tecnológicos, mas uma humanidade evoluída teria reconhecido as leis naturais da Criação e aprendido a usar a energia atômica para fins pacíficos e benéficos, em vez de se dedicar intensamente para construir uma arma destrutiva de guerra. Como preparar as novas gerações para evoluir? Desde cedo as crianças devem ser orientadas para a importância do aprendizado, do trabalho e da busca do significado da vida. Quem somos nós? O que é o planeta onde vivemos? Como ele possibilita a vida? Tudo segue o ritmo das leis naturais da Criação.

É bom desbancar monopólios e ter produtos com preços acessíveis, mas há um grande enrosco no tocante à produção, empregos e renda. Se muitas indústrias se tornarem inviáveis, como vai ficar a economia de vários países como o Brasil? Ficará parecida com o Rio de Janeiro desestruturado, preso às drogas e corrupção?

Seria oportuno relembrar como vem ocorrendo o declínio do Brasil desde os anos 1980, com breve intervalo de folga, mas com terrível destruição geral em muitas décadas perdidas. Perdemos na educação, na saúde e a esperança na melhora. Como sair do insignificante crescimento de 1% e melhorar a produção e empregos? No Brasil despreparado faltam bons gestores. Como enfrentar a conjuntura internacional avassaladora na busca de ganhos, commodities e na distribuição de industrializados? É grande o risco do prosseguimento do desmanche.

O que é o Brasil hoje? Enquanto a China, onde não entra pornografia nem outras drogas, preparava as novas gerações, o Brasil decaía no nível escolar e permitia livremente o uso de bebidas e drogas. Com isso, a moçada foi se prejudicando. A classe política e gestores sempre ficam olhando para a próxima eleição e nada fizeram. O Brasil é hoje um retardatário na indústria e em tudo o mais, ficando espremido entre os que queriam tirar vantagens financeiras e os radicais empenhados em dominar o Estado de forma despótica. Muita gente contribuiu para a precariedade atual. Faltou patriotismo.

A atual situação da humanidade se afigura como a porta para a precarização e declínio generalizado da civilização. Como disse o ministro Jungmann: “Na outra ponta, nós temos aqueles a quem nada falta, aqueles que têm recursos, aqueles que, muitas vezes chamamos de classe média, mas que pela frouxidão dos costumes, pela ausência de valores, pela ausência de capacidade de entender os limites entre o que é lícito e ilícito, passam a consumir as drogas”.

Quais os objetivos do capitalismo democrático? E do capitalismo de Estado conduzido sob o ponto de vista dos comunistas? A humanidade tem dedicado tempo mínimo para a compreensão do significado da vida. Em vez de se dedicar ao auto aprimoramento, adestrou-se no manejo das finanças para ampliação e conservação do poder. Com tal meta, o que se poderia esperar? Desequilíbrio geral é o resultado. A marcha para a insensatez se mostra mais nitidamente a cada dia que passa. Correntes religiosas, liberais democratas e autocratas, vão seguindo na mesma direção perigosa.

A história poderá desvendar os enigmas do atual cenário econômico-financeiro global. Com a avantajada população mundial e recursos limitados, não vai dar para todos terem brioches. Com a rápida integração asiática de mais de duzentos milhões de braços na força de trabalho, em condições de custos mais favoráveis, teve início um processo de desarrumação do comércio internacional que, levado pelo imediatismo, já tinha os seus vícios, e poderemos estar adentrando em nova fase de guerra comercial. Essa é uma questão fundamental que requer a atenção dos organismos internacionais, pois a situação atual aponta para a escalada da precarização e declínio da civilização humana pela redução do equilíbrio entre os países e suas contas.

Gradativamente o Ocidente se foi afastando do saber das imutáveis leis da Criação, a Vontade de Deus, o grande regulamento da vida que conduz para o bem. A China do sábio LaoTsé, também. Agora vivemos a era da colheita, os frutos revelarão as verdadeiras intenções dos seres humanos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

MARASMO ECONÔMICO GLOBAL

Um homem do mundo dos negócios, que de longa data lida com projetos, empregados, finanças, impostos e legislação, foi guindado ao posto de presidente dos Estados Unidos. Trata-se de Donald Trump que não é um político profissional e por isso mesmo vai sacudindo o establishment, tanto interna como externamente. A opinião dele é que os Estados Unidos precisam sair das profundezas de todos os problemas existentes na qualidade dos empregos, na educação e saúde, no déficit comercial e no problema dos US$ 19 trilhões que o país deve.

Isso não acontece apenas nos Estados Unidos; muitos países estão com dívidas enormes. Permitimos o fortalecimento de um sistema terrível em que o dinheiro público é malgasto e desviado, acima do disponível, o que exige mais empréstimos e choque de juros que paralisa tudo para que a dívida não se torne impagável. Esse é o grande drama produzido pela classe política cuja prioridade é se manter no poder e nas mordomias. Algo precisa ser feito para que isso seja evitado. Como isso poderia ser coibido dando-se plena autonomia ao Banco Central?

Num momento em que os Estados Unidos, preocupados com o crescimento da dívida, se dispõem a usar de mais rigor com os produtos vindos de fora, os grandes produtores estão alvoroçados com a elevada capacidade ociosa, fazendo de tudo para escoar a sua produção e, com isso, aumentam as dificuldades para países como o Brasil conseguirem aumentar o PIB com produção própria e gerar empregos. Os serviços em si atendem ao mercado interno, mas para sua ampliação dependem da renda que a população dispõe, o que limita sua contribuição.

Há um novo conceito de que as economias avançadas dos Estados Unidos e Europa estão enfrentando uma fase de baixo crescimento e nível de empregos estagnado, período batizado com o nome de “novo normal ou estagnação secular”. Mas qual é a origem desse baixo crescimento, baixo investimento e precarização geral? Sem saber a causa não há como aplicar medidas corretivas, pois o certo seria a existência de equilíbrio entre as necessidades humanas e a produção. As causas estariam nas ponderações da jornalista Noemi Klein em recente entrevista publicada na revista Veja?

A jornalista apresenta hipóteses de que o sistema econômico e político é destrutivo porque há uma classe privilegiada que não quer mudanças, alimentando o medo e ódio das massas. Ela pergunta: “Como a América poderá competir com países cujo custo da mão de obra é comparativamente mínimo? Como buscar melhoras com crescente influência de corporações em governos, enquanto trilhões de dólares ficam empilhados nos paraísos fiscais?”.

De fato, o sistema de vida que construímos está afastando o ser humano da sua condição original pela sintonização errada, distanciada das leis da Criação e de seu funcionamento que vai tornando a vida de pouco significado e o indivíduo, descartável. O presidente Trump apela para o patriotismo e para o renascimento da América, mas deixa um ar de confusão ao se referir ao aquecimento global, a designação dada para as alterações que estão ocorrendo no clima. Há uma divergência quanto às causas, que certamente não se pode atribuir a um único fator.

Vários fatores produzidos pelo homem estão interagindo e provocando eventos extraordinários. Seja como for é evidente que o homem, na busca de riquezas, não tem agido em concordância com a natureza e suas leis e responsabilidade com o futuro, portanto não há o que estranhar quando os termômetros se aproximam de 50 graus, e chuvas chegam a alcançar mais de 100% da média, pois tudo está saindo dos parâmetros, cabendo aos humanos examinar as causas que estão complicando a vida para eliminá-las e precaverem-se da melhor forma que puderem.

Sem seriedade, as instituições têm sido abusadas, desvalorizando a democracia para atender a interesses pessoais em vez de cumprir o seu papel junto à sociedade. Estamos no limite da coexistência pacífica. Segundo analistas, a corrupção é endêmica em muitos países, e com ela vem a insatisfação e o aumento da violência e da criminalidade. A corrupção tem de ser erradicada com a colaboração e integração das forças idôneas. Mas se essas forças idôneas não fizerem prevalecer a justiça, buscando soluções de forma séria e humana, o futuro do mundo será sombrio.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

QUEM SE IMPORTA COM O FUTURO?

O que querem os planejadores da economia 4.0, ou da Quarta Revolução Industrial como também é denominada? Fala-se em globalizar as questões como a do aquecimento e alteração do clima. A chave está no equilíbrio. As ações humanas não podem se contrapor às leis naturais que regulam a física, a química, a biologia, etc. Emprego, ocupação remunerada, educação, sobrevivência condigna, dar ênfase ao aspecto espiritual da vida, seriam as condicionantes para qualquer planejamento global, sem o que, mais e mais, o ser humano tenderá a ser uma peça sem alma e sem conteúdo, mas isso não tem recebido a necessária consideração, permitindo-se a ocorrência de crescentes desequilíbrios sócio-econômicos-ambientais.

O controle monetário e o combate à inflação se sobrepõem a tudo porque há algo errado no sistema que vai provocando distorções. O Brasil surfou na liquidez global que foi entrando pelas portas abertas, mas onde foi parar todo o dinheiro que entrou para aquisições ou especulação? Se esses montantes tivessem permanecido, pelo menos em parte recirculando, teriam evitado a pesada recessão que estamos vivendo, mas essa possibilidade é reduzida dada a estrutura de país exportador de commodities e importador de industrializados. Por isso, as atividades colaterais vão sendo desativadas com o encolhimento da indústria.

O sistema global está destruindo empregos nos países que ficaram para trás. A explicação mais utilizada para o nervosismo que atingiu os mercados globais tem como pano de fundo a expectativa de que as principais economias do mundo comecem a aumentar as taxas de juros, o que deve enxugar a liquidez global, e tornará as economias emergentes menos atraentes para os investidores. Isso tem ocorrido com frequência. Qual é a lógica desse sistema? Por que surge a instabilidade? O sistema tem permitido abusos e operações especulativas sem seriedade que promovem os desequilíbrios geradores de crises.

Qual será o efeito para o Brasil quando o mundo inteiro começar a fugir do risco e saltar para as aplicações de segurança? E para o resto do mundo? Haverá uma paradeira geral com repercussão nas economias da Alemanha, Japão e China? Como eles reagirão?Quais as causas do desequilíbrio nas contas públicas? Em geral, fala-se dos salários e aposentadorias como se isso fosse um acidente esquecendo-se que se trata de um processo cumulativo empurrado com a barriga enquanto havia crédito farto. O que efetivamente está errado no Brasil, quais as causas do nosso atraso, o que temos feito para corrigir as falhas? Como disse o presidente Trump: “Não podemos esperar por outra pessoa, por países distantes ou burocratas distantes, não podemos fazê-lo. Devemos resolver nossos problemas, construir nossa prosperidade, garantir nosso futuro, ou seremos vulneráveis. Ainda somos patriotas?”.

Por mais de um século os Estados Unidos tiveram trânsito livre no Brasil, nos negócios e nos recursos naturais. Poderiam ter contribuído mais para o fortalecimento da nação e do preparo das novas gerações do país. Com sua atitude possibilitaram o avanço da China na esfera econômica, e quiçá na política. Enquanto a China não descuida da boa formação de suas lideranças e do bom aproveitamento das oportunidades econômicas, o Brasil afundou na corrupção, dívidas e despreparo da população. Quem se habilita em contribuir para arrancar o Brasil de sua miséria moral e material?

Quem se importa com o futuro do Brasil que ainda não saiu da condição de país inexpressivo sem propósitos próprios de melhora geral? Isso se deve em grande parte à falta de preparo da população e da classe política que pouco se importou com o futuro do país. Muitas transformações estão ocorrendo no mundo afetando profundamente a vida. Os nervos estão tensos. A inquietação e a ansiedade adentram na mente via cérebro, enquanto a intuição permanece frágil para atuar e auxiliar. Sem teimosia, de forma flexível, o ser humano tem de buscar com simplicidade e naturalidade o equilíbrio-físico-emocional-espiritual para ser feliz.

Os desequilíbriossempre surgem quando se desconhece o funcionamento do todo, o funcionamento das leis naturais que regem a Criação. O homem realizou várias descobertas, mas parou de olhar para o conjunto ao se deixar seduzir pelo ganho imediato. Para tudo existe a solução correta, mas deveria ter pesquisado seriamente com sinceridade, tendo sempre como meta a melhora geral e o beneficiamento do planeta com equilíbrio entre os povos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O FÓRUM ECONÔMICO E A MELHORA GERAL

O mundo enfrenta o problema da falta de motivação. Americanos podem estar motivados com o projeto “Faça a América Grande”, desenvolvido pelo presidente Trump. Também a China tem metas de progresso econômico e tecnológico para 2025 anunciadas pelo presidente Xi Jinping. E os brasileiros? E as novas gerações de um modo geral? O objetivo de progresso geral para a humanidade tem estado dormente e precisa ser redespertado, pois sem ele as coisas seguemem direção oposta. Precisamos sustentabilidade no convívio com a natureza e nas relações interpessoais,o que requer consciência e alvos enobrecedores.

Estamos na encruzilhada das necessidades internas e os rumos da globalização. A autocracia vai encontrando espaço. O dólar se tornou a moeda global. No novo mercantilismo, o alvo é o acúmulo de dólares. Pagam os custos internos bem restritos com moeda local. Importam as matérias primas que não conseguem produzir internamente, e vão exportando pelo preço mínimo para angariar dólares. As consequências danosas estão evidentes. Como conviver com esse desequilíbrio? Trump vai agindo na defensiva, mas o sistema global requer um exame justo e ações de reequilíbrio.

Num mundo tão desigual e diversificado na estrutura de produção, como organizar o comércio e a circulação financeira? Ainda resta um ranço colonialista sobre os mais fracos. No Fórum Econômico Mundial, em Davos, o presidente Trump disse estar aberto para realizar acordos bilaterais com todos os países, mas que não fechará os olhos para práticas de comércio “injustas”. A globalização tem seu valor e suas contribuições, mas não poderia promover a desindustrialização de países nem se sobrepor aos seus legítimos interesses. Os governantes deveriam zelar pela continuada melhora das condições gerais de vida, pela qualidade humana e preservação da sustentabilidade da vida. Os impostos devem servir à sociedade, não empobrecê-la. Os acordos comerciais devem ser condicionados com a busca do equilíbrio geral entre os povos e seu desenvolvimento.

Nada pode prosperar enquanto prevalecer a forma aviltante em que cada um espera que possa obter vantagens sobre ao outro. Formam-se quadrilhas para rapinagem deixando os restos desmantelados e os problemas nas costas da população. O início do ano de 2018 trouxe novo adiantamento no “Relógio do Fim do Mundo”, criado no pós-guerra como uma alegoria em que a meia-noite representa o fim do mundo em meio a uma catástrofe, em especial uma guerra nuclear, e consequências das alterações do clima.

Uma sucessão de erros levou à atual situação desequilibrada: afastamento do significado da vida, falta de preparo, falta de propósito de alcançar a evolução da espécie humana.
O sistema global distribui renda, mas acaba recolhendo-a com acréscimos. O excesso de dinheiro vai para a especulação e, quando as bolhas explodem, a miséria também vai sendo redistribuída. Surge a austeridade, o declínio do PIB e do consumo. O sistema de rapina interferiu em tudo, mas a natureza está reagindo.

A falta de consideração com as áreas de proteção aos mananciais, com a ocupação desordenada e com o saneamento geraram uma perigosa situação que se agrava com as alterações climáticas. Governadores e prefeitos não podem continuar administrando da forma descuidada como vem fazendo sob pena de inviabilização geral do país, impedindo que o Brasil esteja de volta, como disse o presidente Temer.

Na educação, o atraso do Brasil é grande e exige um esforço do país todo. Quem não sabe ler e escrever raramente tem clareza no pensar e lucidez no raciocínio. O elementar é indispensável: pronomes, verbos, concordância gramatical, usar o dicionário, aritmética, frações, porcentagem, proporções.

O afastamento do real significado da vida acarretou a concentração da riqueza e a estagnação da evolução da humanidade. Para assegurar a paz e o progresso é necessário que a população adquira bom preparo visando o bem geral, livre da corrupção e da cobiça de poder. Discursando no Fórum Econômico, o primeiro ministro da Índia Narendra Mori disse: “É necessário que as maiores potências do mundo cooperem entre si e que a competição entre essas potências não se torne uma guerra entre elas”. Índia, Brasil, e tantos outros países que mantiveram sua população e a economia atrasadas têm de alterar o rumo. O equilíbrio entre os povos e as melhores condições gerais de vida são necessários para deter o avanço da precarização.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

DEMOCRACIA DESPEDAÇADA

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

A democracia foi perdendo eficácia quando a esperteza para manter o poder superou qualquer tentativa de impor os valores humanos na linha de frente, e tudo prosseguiu na lógica de aumentar o poder de mando que também se fundamenta no poder econômico. Desde longa data os humanos se tornaram individualistas, incapazes de desenvolver um projeto humanístico para o bem geral, o que conseguiram foi criar o fracassado comunismo que restringe a lei natural do movimento, e despedaçar a democracia com o salve-se quem puder.

Os mesquinhos desejos humanos geraram o sistema egoístico que, longe de atentar para a ação destrutiva do homem, visa a satisfação própria, mesmo causando danos a outros. Os objetivos de aprimoramento da humanidade foram suplantados com a colocação da riqueza e poder como o grande alvo dos homens materialistas. E tudo se complica com o apagão mental das massas que se deixam plasmar pelas baixarias e viver sem propósitos elevados. Nessas condições nenhum sistema de governo pode prosperar.

Com a desesperança e vontade fraca, surge a insatisfação com a vida. Um dos mais negativos aspectos do ser humano, que denotam vaidade, orgulho, inveja e desconfiança. O descontentamento e a insatisfação se opõem à gratidão gerando um péssimo ambiente ao redor, impedindo a entrada da luz da alegria espontânea de viver. Pela ação da lei da atração da igual espécie a pessoa descontente recebe um reforço em seus sentimentos e contribui para a formação de constelações de emoções e pensamentos de insatisfação, desarmonizando o ambiente e que se precipitam sobre outras pessoas que também cultivam o descontentamento.

O grande poder da vida está no poder das leis da Criação – o grande poder que contém a Vontade Criadora de Deus, o mais importante saber para o ser humano que, desastradamente, não se conscientizou de que no reconhecimento e respeito a essa Vontade está o segredo da vida. As Leis da Criação que conduzem a Energia Criadora que a tudo sustenta, também são chamadas de leis naturais, ou leis universais, ou leis cósmicas, e atuam com toda amplitude em todas as dimensões, visíveis ou não aos nossos olhos. Através delas, o livre arbítrio tece os destinos dos seres humanos individuais e da humanidade como um todo.

O Brasil entrou em regime de austeridade para superar a crise da dívida dos anos 1980, e aí complicou mesmo, pois tudo o mais foi postergado. O poder foi entregue aos sem preparo, e fomos perdendo terreno com o congelamento do preço do dólar, enquanto o mundo exportava e atraia turistas, a indústria e a educação foram sendo despedaçadas. Precisamos de algo novo que simultaneamente recupere a capacidade da mão de obra, pois as despesas superam a arrecadação e as contas externas ultrapassam as exportações.

O cenário é desesperador para 2018, consequência de décadas sem um projeto sério de melhorar o país em todas as direções, a começar pela melhor educação. Os problemas do eleitorado no Brasil são o despreparo continuado para a vida e a falta de credibilidade da classe política. Apesar disso não faltam candidatos que se afastam do poder executivo para concorrer e continuarem na situação privilegiada, enquanto o país vai sendo entregue para quem der mais.

O mundo está inquieto em todos os continentes. O rumo está sendo perdido, pois o planeta foi confiado às criaturas humanas para se desenvolverem e evoluírem espiritualmente e se transformarem em seres humanos de fato. Desviados de sua finalidade, enveredaram por caminhos obscuros transformando a Terra num lugar perigoso. A evolução ficou travada, a miséria cresceu, as criaturas sufocaram a sua essência. Brigam entre si e logo estarão guerreando, sem se esforçarem por entender o sentido da vida à luz da verdade.

O ano de 2018 vem carregado de energia renovadora impulsionada pelo poder das leis da Criação. Vamos estudá-las para compreender o seu significado e conhecer a Criação. O ser humano, conhecendo-a, facílimo lhe será utilizar-se de tudo quanto encerra e oferece. O poder utilizar, por sua vez, irá lhe proporcionar toda a vantagem. Assim, brevemente reconhecerá e cumprirá a verdadeira finalidade da existência, beneficiando tudo. Mas tem de se livrar da insatisfação e do ódio, se é que deseja evoluir e ser feliz.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

CONFRONTAÇÃO ENTRE OS POVOS

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

Teceu-se um amontoado de incompreensões, discórdias e conflitos entre os seres humanos, mas o Criador de Todos os Mundos é único e suas leis alcançam todos os seres humanos independentemente em que fronteiras tenham nascido e em que acreditem. Uma das tarefas prioritárias de nosso existir é a busca por esclarecimentos sobre a finalidade da existência, e se isso não for feito desde cedo, a fase da velhice deve ser aproveitada para esse propósito com toda a energia.

O Natal deveria ser a época de festejar a paz e a boa vontade, mas a humanidade ainda não compreendeu direito a missão de Jesus, que não veio à Terra para abolir as Leis da Criação ou os ensinamentos dos Profetas, mas sim complementar o saber com a Luz da Verdade, trazendo a aurora da libertação espiritual. Além do “colhereis o que semeares”, pouca coisa mais restou de seus ensinamentos originais, seja porque não foram compreendidos, ou foram esquecidos ou modificados.

A incompreensão é de tal monta como se observa na canção Noite Feliz cuja versão em português se refere ao “pobrezinho que nasceu em Belém”, diferentemente da letra original alemã Stille Nacht. O Enviado de Deus não era um “pobrezinho”, era o Filho de Deus, encarnado como ser humano com toda a pompa do Universo, e um cometa anunciou o seu nascimento. Centenas de vídeos de Natal são compartilhados para alegrar e divertir os seres humanos, poucos inspiram uma reflexão mais profunda sobre a noite sagrada.

Com o crescente domínio do raciocínio em oposição ao espiritual, a aspereza expandiu-se e muitos seres humanos desenvolveram o pior em si mesmos. Muitas pessoas sentem o impulso para mudar de sintonização, mas não sabem como, quedando-se sem forças. Charlie Chaplin, estudioso da vida, não temia falar abertamente o que sentia e desejava, porém não foi compreendido e sofreu por isso, tendo sentido no mundo materialista fortes barreiras para exercer o humanismo que quer o aprimoramento. Expressou bem esse desejo no filme de 1940, O Grande Ditador:

“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido”.

Com base em financiamento, produção, exportação que geraram empregos e ganhos o poder econômico fez a América grande e poderosa. Depois veio o crescimento do Japão com trabalho e yen barato. Agora surge a China com mão de obra em abundância e polpuda reserva gerando disputas. O presidente Trump entra em campo com a outra potência já montada em polpuda reserva constituída com o que o sistema permitiu, feito que não havia sido alcançado nem pelo Japão. Nesse meio pergunta-se: o que de benéfico os EUA e a China estão propiciando ao mundo? Como sairemos da crise política, cultural e econômica que estamos atravessando?

A América chora de barriga cheia, mas agora os velhos mecanismos não funcionam e a China vai crescendo a 7%, então vão surgindo atitudes que poderão acelerar a curva do desequilíbrio histórico. Entre as inúmeras dificuldades que enfrentamos, agora acresce a desordenação geral que se vai ampliando. É o mundo VICA (ou VUCA), conceito que exprime a velocidade, incerteza, complexidade e ambiguidade que cercam os acontecimentos de nossos dias instabilizando as relações humanas, tornando incerto o futuro.

Na disputa pelos mercados o presidente Trump fala que quer fazer a América grande outra vez – a MAGA -, e surgem planos econômicos nesta época em que as finanças e a economia a tudo suplantaram pondo o humanismo a perder espaço. Nos embates, a massa vai empobrecendo. Meio ambiente, impostos, câmbio, juros, tudo vai sendo mobilizado na confrontação geoeconômica pelo aumento de poder; não sabemos no que isso vai dar, o planeta e a humanidade estremecem.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

COMO RECONSTRUIR O BRASIL

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

A desconstrução do Brasil começou com o descuido no preparo das novas gerações e na aceitação da corrupção endêmica. E como regredimos! As famílias constituídas por imigrantes europeus tinham mais consistência do que as brasileiras da atualidade que desaprenderam a letra do Hino Nacional e as cores da bandeira. A partir dos anos 1970 experimentamos um declínio continuado que exigirá muitas décadas para a recuperação, desde que haja vontade forte de construir um país decente e humano.

A economia é formada por um conjunto de fatores. Há quase 40 anos o Brasil entrou na espiral reversa que gira para baixo pagando dívidas, cedendo espaço aos corruptos, e essa prática vem se mantendo até hoje. Decaímos na educação, na atuação do governo, no relaxamento das contas internas e externas. Enquanto nossa produção industrial estagnava e encolhia, a dos outros países ganhava com a economia de escala e se aproveitava da política adotada no Brasil de combate à inflação com valorização cambial e juros elevados. Não precisava mais pesquisa e desenvolvimento, pois importar era a solução. Um golpe mortal.

Sem seriedade, as instituições foram abusadas denegrindo a democracia para atender a interesses pessoais em vez de cumprir o seu papel junto à sociedade. Estamos no limite. Segundo analistas a corrupção é endêmica, no entanto chutar o pau da barraca não conduz ao saneamento. A corrupção tem de ser erradicada com a colaboração e integração das forças idôneas da nação. Mas se essas forças idôneas não fizerem prevalecer a justiça e a busca de um país sério e humano, o futuro da pátria será sombrio. Como reconstruir o Brasil?

A universidade tem a missão de formar seres humanos de valor para que contribuam para a melhora geral das condições de vida. Politicagem, ideologias de plantão, carreirismo e busca de sucesso pessoal, tudo tem contribuído para o declínio do padrão. As instituições de ensino teriam de ser neutras e equivaler a centros de saberes para o bem da humanidade que tem de abrir os olhos e procurar o conhecimento do significado da vida.

O homem tem predado a natureza incansavelmente para atender a sua cobiça, sempre querendo mais. De longa data, homens eruditos acalentam o sonho profético do domínio milenar com a administração planetária em suas mãos. Mal sabem que acima de tudo atuam as leis da Criação que agora mostram a sua força para colocar o homem em seu lugar.

As mudanças climáticas estão trazendo furacões, revezamento de calor e frio intensos, e chuvas em excesso ou insuficientes que avançam pelo planeta. Novos desafios se sobrepõem aos já existentes na economia, religiões e conflitos raciais. Desde 2007, onze países estão construindo um muro verde na África, de leste a oeste para atingir oito mil quilômetros de extensão por quinze de largura. Uma proeza ambiental. Quando não havia árvores, o vento escavava e desgastava o solo. Mas está mais protegido agora. As folhas viram compostagem e a sombra aumenta a umidade do ambiente. Assim, há menos necessidade de água. O muro verde retém a desertificação, e as pessoas permanecem na região. No Brasil, o manto verde da Amazônia está sendo dilacerado. A consequência será o inverso.

Neste dramático século 21 que assinala os mais estapafúrdios comportamentos da história da humanidade, observamos inquietude e desorientação de almas que não exercitam mais o seu querer, e vão vagando pela vida atrás de ilusões desperdiçando o precioso tempo para evoluir. O que estamos fazendo para conter o descalabro que se avizinha?

O futuro é sempre consequência dos caminhos trilhados. De forma simples os humanos colhem o que semeiam; os sábios percebem isso e conseguem prever o futuro. O ser humano é dotado de alma que desencadeia os acontecimentos com a sua motivação e vontade. As máquinas não têm alma, mas atraem as consequências da vontade de seus geradores. Num mundo onde as almas foram esquecidas, só se pode esperar pelo enrijecimento voltado para a dominação. O bom futuro depende da exata compreensão do significado da vida e das leis universais que a regem.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7

O BRASIL TEM QUE SAIR DO ATRASO

Benedicto Ismael Camargo Dutra*

“Façam como eu: coloquem a sua nação na frente”, recomendou o presidente dos EUA Donald Trump aos líderes. No Brasil, a economia foi baseada no sistema produtivo de monocultura exportadora e escravocrata, fornecedor de riquezas para as metrópoles, sem alvos próprios. O despreparo e falta de consciência da população é lamentável revelando pouco patriotismo. Não se observa a existência da indispensável disposição geral para construir um futuro melhor que beneficie a todos com progresso e qualidade.

Mesmo com a proclamação da República, após a deposição da Princesa Isabel, o país permaneceu no mesmo tom, sem maiores cuidados com a educação, emprego e produtividade, sem que fosse implantado um projeto de desenvolvimento de longo prazo. Surgiu um Estado sem metas, sem uma tesouraria séria. As consequências se mantêm: estagnação, dívida pública descontrolada, fraqueza do mercado interno que não têm sido combatidas com a mesma força que a inflação. Juros elevados e câmbio valorizado têm sido constantes na frágil economia brasileira de baixa renda, fraca circulação de dinheiro e mercado interno pífio. Desde aquela época faltam boas escolas, as cidades crescem desordenadamente. Mais de 50% da população não têm saneamento básico.

Evidentemente, o gasto com pessoal saiu da normalidade permitindo o beneficio de uma casta do funcionalismo, mas relegando muitos funcionários à pasmaceira e condição vexatória. Na atividade privada as condições apertam mais, mas não podemos atribuir toda a culpa pela recessão e atraso do país a isso. Há muitos fatores que travaram o Brasil e que ficam esquecidos, pois em função da explosão da dívida, olha-se prioritariamente para as variáveis do funcionalismo e previdência que também requerem ajustes.

Os líderes gostam de agir e serem tratados como reis, mas em geral falta-lhes a visão de que temos um planeta destinado ao progresso dos seres humanos. Cada um quer se colocar como dono e comete loucuras. Assim a Terra, que poderia ser um paraíso de convivência pacífica e progresso, caminha para o abismo. O caldeirão urbano ameaça ferver. Há muitas constelações de pensamentos de ódio e vingança espalhadas pela Terra e em dado momento isso pode ser um estopim, uma ignição e está feita a explosão. É a colheita dos frutos semeados pela civilização voltada para o materialismo e fundada num labirinto de mentiras acobertando interesses escusos de dominação, poder e também o desconhecimento da realidade espiritual da vida.

O ser humano não pode continuar caminhando às cegas e precisa fazer uma avaliação sobre todos os tempos, do começo da humanidade até nossos dias. Depois de tantos séculos de buscas infrutíferas e, especialmente na atualidade, em que ainda impera o desentendimento e a intolerância, é necessário adotar uma nova postura e uma nova convergência por algo mais elevado e consistente que proporcione paz de espírito e felicidade. O homem é a criatura que tem de se tornar ser humano de fato.

A questão da desigualdade vem de longe. Não foi por acaso que a humanidade caiu na pobreza espiritual e material, embora o planeta tenha sido dotado com todo o necessário para uma existência condigna sem a gritante miséria. O aumento da riqueza de uns tem acarretado a pobreza de outros. Falta a meta de melhora geral. Diferenças no câmbio e salário numa determinada região têm acarretado mudanças em outra, levando ao aumento da precarização geral.

Os homens se digladiam pelo poder e riqueza e não é de agora. Essa é, talvez, a grande causa da miséria que se esparrama pelo planeta. Tudo foi sendo conduzido de forma a camuflar a sua cobiça, mas na falta de uma visão responsável do futuro surgiram as consequências inconvenientes, abrindo-se espaço para os revoltados e para os populistas que cativam a massa indolente com disseminação de ódio e promessas irrealizáveis. O poder estatal mostra a sua incapacidade e incoerência. A boa administração das nações depende de equipes coordenadas que visem a continuada melhora das condições de vida, que ajam com seriedade e apoiadas por uma população bem preparada e imbuída dos mesmos propósitos.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Prodigy Berrini Grand Hotel, é articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. É autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012…e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens”; “A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin – Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7