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AS FALHAS DO ESTADO-NAÇÃO

Após as sangrentas guerras do século 20, ocorreu a progressiva transferência do poder da Igreja e reis absolutistas que submetiam a população às normas impostas pela elite. O Estado-nação surgiu como a nova forma de governo e exercício do poder.

Bem gerido, o Estado-nação poderia ter contribuído para o aprimoramento dos seres humanos; no entanto, capitulou diante da corrupção e maus gestores. As transnacionais foram adquirindo poder que suplantou os governos. Como etapa seguinte, elas buscam operar em escala mundial, mas com as comunicações de massa utilizadas, estão provocando a uniformização, a perda da individualidade e criatividade, aproximando o comportamento do ser humano ao dos robôs sem alma.

Modernamente, o poder foi sendo transferido para o controle do dinheiro e dos recursos naturais essenciais, mas a miséria permanece com a mesma cara. Até a segunda guerra mundial, a Inglaterra exercia o controle do mundo com a libra e seus poderosos navios. Para lá afluíam as riquezas das nações. Apesar da vitória, o poder se esvaiu e com o passar do tempo a sua população também sentiria o peso das dificuldades econômicas, pois com a redução dos bens que procediam das “colônias”, o déficit se tornou evidente.

Atualmente, o mundo vive o fantasma da inflação que encarece os preços e reduz os salários. Os Estados-nação do ocidente abandonaram a produção de manufaturas simples e seus trabalhadores. Exportaram empregos, criaram uma crise financeira em 2008 e foram emitindo dinheiro. Agora aumentam as taxas de juros, o que parece ser um lance de guerra monetária. Os juros altos interferem em toda economia e, com isso, poderá haver muita transferência de riqueza a preços baixos. Resta saber como ficará a situação dos Estados-nação endividados e dos devedores em geral.

A história mundial e dos povos avança em sua trajetória. Os destinos estão traçados como consequência natural. Surgirão os merecidos desfechos, bons ou maus, em conformidade com as respectivas atuações dos seres humanos. Se a situação já estava bem difícil, parece que com o ato de Vladimir Putin, presidente da Rússia, anexando territórios conquistados na Ucrânia, foi dado mais um passo na direção do abismo, deixando a humanidade diante do imprevisível.

No passado do Brasil, o grupo despreparado que baniu Pedro II não deu atenção às famílias que deixavam as fazendas, indo para as cidades sem moradia, trabalho, escola e atendimento médico. O Estado-nação republicano já nasceu contaminado. Atualmente, as novas gerações também não estão aprendendo a ler e escrever corretamente, nem a fortalecer o bom senso intuitivo, engrossando a mão de obra sem qualificação, que não tem projeto de vida nem esperança no futuro.

O Brasil se encontra em pleno processo eleitoral um momento muito importante na história do país, mas também preocupante, pois com a cobiça pelo poder, as campanhas se caracterizam pelo destempero com a baixaria, mentiras e difamações que nos deixam perplexos.

A pressão daqueles que querem dominar o Brasil é avassaladora. As classes altas querem poder e tudo o mais para si; as classes menos favorecidas aceitaram as condições do trabalho de baixa remuneração, consumo e diversão. Ambas pouco se preocupam em analisar a vida e seu significado. Muitas questões são debatidas, mas o que realmente importa é se o dinheiro público será utilizado de forma eficiente para o bem geral, ou se irá engordar as contas particulares dos políticos.

Milhões de eleitores conscientes ficaram estarrecidos com o resultado do primeiro turno, pois coincidentemente, o político que havia sido aposentado pela opinião pública, apresentou a mesma quantidade de votos que elegeu o presidente em 2018, ou seja, 57 milhões.

Nem sempre é possível impedir a interferência dos homens nas máquinas, nas estatísticas e nas mentes despreparadas. O Estado-nação, fragilizado devido a interesses particulares, caiu nas mãos de grupos oligárquicos, e quem se dispuser a modificar isso enfrentará enormes obstáculos e astutas oposições, e também a reação insensata das massas manipuláveis.

Vem aí o segundo turno, uma disputa acirrada e bruta, o que está em jogo é o futuro da nação, no entanto as novas gerações não estão recebendo o adequado preparo para a vida, para transformar o Brasil no maravilhoso país sonhado de liberdade e responsabilidade, com progresso espiritual e material, com paz e alegria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O CLIMA E O SOL

No passado recente, o sol ainda não se apresentava tão abrasador como na atualidade. Havia no ar um vislumbre de esperança de solução para as aflições que atingem os seres humanos, e superadas as dificuldades e as dores, tudo voltava à rotina sonolenta sem maiores preocupações. Após o trágico evento de 11 de setembro de 2001 a situação foi apertando. Em 2008, a crise financeira desencadeou dificuldades em todas as nações. Em vez de esperança, veio a sensação semiconsciente de que a humanidade andou construindo um sistema de vida desumano, sem finalidades elevadas. Agora, os alicerces estão oscilando e a construção tende a desmoronar.

O capitalismo nada mais é do que o sistema do dinheiro que se tornou tudo. No jogo das moedas, os juros se tornaram importante variável para dar estabilidade ao valor do dinheiro. O FED aumenta juros, dólar valoriza. A Europa mantém juros baixos, o euro perde valor. O real é mais sensível ainda, sem a taxa de juros poderia estar na casa dos R$ 6,10 por dólar. Por que isso acontece? Provavelmente porque as moedas, em sua flutuação cambial, se tornaram o objeto especulativo diário do atacado financeiro mundial. Os especialistas que o digam. Como uma nação pode se proteger dessa feira monetária-cambial?

Os países asiáticos entraram no jogo, produzindo com baixo custo e exportando. A economia de produção de manufaturas para exportar velejou no vento favorável da valorização de moedas como o real do Brasil; os juros baixos internacionais também favoreceram. O baixo custo das importações provocou anemia na indústria de muitas nações. Com a pandemia e a inversão do câmbio, o crescimento asiático teve uma leve freada, reduzindo a marcha, enquanto o consumo interno se mantém nos níveis tradicionalmente baixos.

O poderio econômico do norte está enfrentando dificuldades climáticas como a estiagem prolongada. Há inúmeros fatores negativos como a destruição das florestas, poluição dos mares e rios, poluição do solo e do ar com toneladas de gás carbônico decorrente da queima de combustíveis. David Meade, pesquisador norte-americano, tem examinado fenômenos astrológicos como a aproximação de um grande cometa que poderia provocar diversos transtornos imprevistos na sustentabilidade do planeta. É preciso incluir nas pesquisas sobre as mudanças climáticas a intensificação da atividade do sol na produção de calor, que ao chegar à Terra, em contato com a camada de ar engrossada pelo carbono, provocaria efeito avassalador na temperatura e no lençol freático.

Os governos que preponderam no mundo são os dos Estados Unidos, Inglaterra, Europa, China, Rússia e Índia, e também o Brasil. A história avança em sua trajetória, os destinos estão traçados como consequência natural. As posições serão preenchidas por indivíduos que provocarão os merecidos desfechos, bons ou maus, em conformidade com as respectivas atuações.

A história da humanidade é simples, coerente e natural. Desconhecendo as leis da Criação, os homens introduzem fantasia e misticismo no saber da Criação. Os ensinamentos de Jesus eram simples, claros e naturais por conterem a Verdade sobre a Criação e a vida, mas foram sendo desfigurados pela memória fraca daqueles que não acolheram as palavras no espírito. Nos anos 300 d.C., Constantino, imperador romano, criou a ordem mundial fazendo os remendos compatíveis com seus objetivos, disseminando a cultura romana pelo mundo. Aos poucos a naturalidade foi sendo perdida e tudo passou a ser pecado que poderia ser remido sem muito esforço. Agora com frequência se fala na nova ordem mundial. Serão os princípios semelhantes aos de Constantino?

Ao lado do desenvolvimento progressivo do intelecto, os seres humanos pouco se esforçaram para também desenvolver a autoconsciência espiritual; assim se ataram ao mundo material, derrubando a antena apontada para o Alto, e tudo foi se tornando desumano, afastado da essência face ao atraso no desenvolvimento progressivo da autoconsciência do espírito,

Cerca de oito bilhões de seres humanos estão encarnados na Terra. Aproxima-se o desfecho dos destinos, a grande colheita. Quem viver verá! Para edificar de forma benéfica e alcançar a paz e o progresso real, em conformidade com as leis da Criação, o que em primeira linha tem de ser renovado é o ser humano, para que, em vez da cultura imperialista de tirar proveito de outros povos, seja implantado na Terra um viver paradisíaco.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

BALANÇO MUNDIAL

Na fase inicial, a humanidade tinha forte ligação com a natureza e seus entes; a partir daí deveria ter compreendido as leis da natureza em sua perfeição que se espraia pelo Universo e expressam a Vontade do Criador. A Criação surgiu através da Vontade do Criador para que o espírito humano pudesse se fortalecer e alcançar autoconsciência no mundo material para retornar à sua origem, mas tinha o livre arbítrio para a decisão, tomar o caminho da elevação ou se perder nos baixios.

No entanto, a humanidade estagnou, tomou outro rumo e o saber da natureza e seus entes virou lenda. A crença cega imposta pela força acabou neutralizando a capacitação para examinar e analisar os fatos objetivamente. O ser humano ficou como um boneco sem alma, não vive, vegeta. Os homens fazem leis seguindo interesses imediatistas e depois vão introduzindo alterações. As leis da Criação são eternas e sempre conduzem para o bem geral e o progresso espiritual dando a cada ser humano a merecida recompensa.

As crianças precisam do convívio com a natureza e suas leis; os jovens têm de receber ensinamentos sobre o significado da vida, nascimento e morte. Ações com amor no coração geram efeitos da generosidade beneficiadora. Para melhorar sempre, o mundo precisa de pessoas que ajam assim. Desde o nascimento, os seres humanos têm um tempo limitado em sua encarnação. Relaxando os cuidados com o próprio corpo e modo de vida, esse tempo pode encurtar, mas não dá para alongar. O que é da terra, à terra será devolvido, mas a alma segue os caminhos que ela mesma traçou em vida.

O mundo está vivendo uma balburdia monetária. Papel moeda é o dólar, o resto é só papel pintado que as nações e seus bancos centrais vão remendando para que não seja algo rasgado e sem valor. É um sistema meio artificial que dá a ilusão de que cada país tem a sua moeda soberana, mas sem as taxas de juros e a submissão ao monetarismo internacional vale pouco. Diante do aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e na Europa, atraindo o dinheiro grosso, como os latino-americanos vão defender as suas moedas para assegurar a continuidade das exportações e o funcionamento da economia?

O que querem as elites mundiais? Elas estão frustradas com a classe política? Rompidas as barreiras da religião e do absolutismo das monarquias, surgiram os Estados-nação, as repúblicas e suas cartas magnas, mas logo os oportunistas se infiltraram com sua cobiça por riqueza e poder corrompendo o novo sistema. No lugar da dependência colonialista surgiu a dependência financeira das nações e a globalização, mas como pode ser considerada boa para um país a globalização que leva para fora os empregos e a produção, desequilibrando a economia interna?

Os oportunistas vinculados à política permaneceram nas mesmas bandalheiras despóticas, favorecendo o atraso geral. Pelo mundo está se esboçando um sistema para anular o poder da classe política e manter a indolente e livre humanidade submissa aos protocolos morais e profissionais a serem implantados rigidamente. No entanto, decisiva será a condução do destino da humanidade pela justa, automática e incorruptível atuação das leis da Criação, que promovem a colheita do que cada indivíduo faz por merecer.

O que se passa no mundo com o aumento dos conflitos e rumores de guerra? As armas estão sendo afiadas. É algo assustador na história da humanidade por se tratar de um flagelo amplo que atinge a paz no planeta, estendendo-se pelas catástrofes naturais, desequilíbrio econômico e social, atingindo a psique dos indivíduos e roubando as esperanças das novas gerações. Será que os líderes concluíram que não há solução e deixam a coisa ir rolando? O que deveriam fazer seria recolher as armas e pensar seriamente em como aprimorar a humanidade.

O balanço mundial das ações humanas, imposto pelas leis da Criação, está em pleno andamento. A Luz vencerá. As trevas serão destroçadas. E tudo terá de se tornar novo. A Vontade do Criador expressa nas leis vivas da Criação imporá os rumos da humanidade para que alcance paz, progresso e felicidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

OS JOVENS E O DINHEIRO

O dinheiro deve ser gerido em sua criação e distribuição com toda seriedade. Embora não tenha valor intrínseco, o dinheiro é um fator muito cobiçado e propiciador de riqueza, poder e manobras especulativas pelo mundo O Brasil nem sempre fez isso, enganando o povo, favorecendo a especulação. A inflação é o assunto do momento diante da perda do valor de compra do dinheiro – algo criado pelo homem em meio a uma realidade que ele não controla e por isso mesmo pode se tornar um complicador em vez de auxiliador, e até agora não se conhece a fórmula para dar a ele feições humanas de paz e progresso. Em vez disso, muitas vezes provoca guerra.

A decisão do governo Nixon, em 1971, de acabar com a paridade ouro-dólar estabelecida em Breton Woods causou um espanto nas finanças mundiais, deixando a moeda norte-americana em baixa. Mas o acordo firmado em 1973 com a Arábia Saudita, de só exportar petróleo para pagamento em dólares, criou forte procura por essa moeda para pagamento das importações, o que foi ampliado com a alta do preço do petróleo, provocando aumento na criação de dólares pelo FED, ou seja, a liquidez foi engrossando até se manifestar num processo inflacionário que, a partir dos EUA, atingiu o mundo.

Para debelar o surto inflacionário, Paul Volcker assumiu o comando do FED e lascou taxa de juros a 21%, restabelecendo a valorização do dólar, repercutindo gravemente nos países devedores, inclusive o Brasil, cuja espiral inflacionária foi às nuvens, a ainda hoje o país arca com as consequências econômicas e sociais como o atraso e a precarização.

Trabalho é muito importante na vida. O Brasil reage dentro das possibilidades. Os empregos perderam qualidade; falta preparo para a mão de obra e as condições gerais do presente são resultados do futuro mal orientado no passado. O salário mais usual varia entre o equivalente a 250 e 550 dólares, como ocorre nos países atrasados. O Brasil vem decaindo há mais de 30 anos. O plano real dissimulou a crise que estava sendo gerada, adotando a política de valorizar o real para que os importados tivessem preço baixo, o que se constituiu numa grande ilusão que cegou a população.

E novamente o FED se vê diante da necessidade de elevar os juros para combater a inflação e fortalecer o dólar; no entanto, os devedores vão penar. Também não será fácil para países que atraem dólares via taxa de juros, pois a tendência será de fuga. Jerome Powell, diretor do FED, mantém o ritmo de alta dos juros aprovando mais 0,75% de aumento. O dólar forte é um lance desfavorável para a China pelo aumento do preço dos importados.

Os brasileiros da “pátria amada” são resilientes. Os shoppings mais populares estão recebendo bom público; o almoço passou a ser por quilo em vez de a la carte e o atacarejo, com produtos de preços menores, se transformou na opção para abastecer o lar, mas há outras importantes questões para serem solucionadas.

O bom preparo das novas gerações é essencial para o aprimoramento da humanidade. Foram cometidas muitas impropriedades. Os jovens eram motivados para formarem suas famílias, trabalhar e evoluir, buscando a compreensão do significado da vida, e conseguiam refletir de forma intuitiva em propósitos enobrecedores. Isso era uma vez; hoje estão desiludidos com a civilização do dinheiro, descrentes, desesperançados, desmotivados, sem saber o que fazer da vida. Ao longo das décadas, perderam o contato com a alma, que se tornou indolente enfraquecendo a força intuitiva, passando o comando ao intelecto altamente sujeito a influências externas. E isso é um fenômeno mundial.

Em vez de ficar se lamentando, cada indivíduo tem o sagrado dever de contribuir para a construção um mundo melhor. Para isso, tem de se esforçar para compreender as leis divinas da Criação. “Até agora, entretanto, o ser humano ainda não se empenhou direito em compreender a vontade de Deus, em encontrá-la; pelo contrário, tem anteposto sempre a vontade humana, exclusivamente! Vontade essa que se originou dele próprio, como corporificação dos desejos humanos e do instinto de autoconservação, o que está em desacordo com as automáticas vibrações ascendentes de todas as leis primordiais da Criação!” (Mensagem do Graal, Abdruschin, Uma Nova Lei).

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

ALTERNATIVAS PARA A INFLAÇÃO

O sistema monetário surgiu como uma fera que estava contida na gaiola do ouro. A contabilidade registrava o crescimento da fera até que, sem as amarras, pôde crescer livremente. E todas as ações humanas se voltaram para o dinheiro que se acumulava nas mãos habilidosas daqueles que faziam do acúmulo a prioridade da vida. A fera ganhou o mundo e se espraiou, ora em tsunami pondo tudo em movimento, ora em refluxo empurrado pelos juros com lentidão das atividades econômicas. Teremos pela frente mais um ciclo de ordenamento temporário que traz a austeridade no rastro, mantendo a evolução da espécie humana em plano secundário?

O misticismo se opõe à simplicidade, clareza e naturalidade no pensar. O cérebro foi contaminado e perdeu a lucidez. O momento psicológico dos investidores e da população está dominado pela apatia. Os 24 meses de restrições severas deixaram suas marcas; foi como dar a partida para algo desconhecido. Com tantos acontecimentos simultâneos, agora há uma parada e a motivação básica passa a ser a sobrevivência ameaçada, mantendo baixa a circulação do dinheiro, acarretando efeitos que freiam as iniciativas e a economia.

Ronaldo Lemos analisa a situação dos jovens em artigo no jornal Folha de São Paulo: “Há algo de errado. O mundo tornou-se um lugar inóspito para jovens. Quem tem entre 15 e 35 anos não está em situação invejável, tanto do ponto de vista econômico como social. A geração que está emergindo é na verdade a geração paralisia”.

Há algumas décadas as novas gerações percebiam que a chegada da fase adulta trazia novos horizontes e propósitos. Em geral, foram arrastados para a idolatria do instinto sexual. Os apelos levaram à exaustão. A adolescência perdida acabou com a idade dos sonhos de construir um mundo melhor. A vida perdeu o colorido ao se subordinar inteiramente ao financeiro. Restou o vazio de sentido da vida e a ignorância sobre o seu significado. A humanidade pagará caro por isso.

Os seres humanos tinham um rumo, mas não era suficiente, tanto que o sistema desmoronou. Hoje poucos sabem o que querem, vão sendo empurrados pela superficialidade da multimídia sem saber para onde estão indo. É fundamental que haja um rumo construtivo. No dia em que os seres humanos tiverem um rumo condizente com a sua espécie surgirá o progresso real, a paz e a evolução.

Nos anos 1970/80, os Estados Unidos enfrentaram a inflação aplicando elevada taxa de juros. Houve o favorecimento de ganhos nos preços menores das manufaturas produzidas na Ásia. Enquanto isso, os ativos do mercado financeiro foram inflando e o dinheiro aumentando. As pessoas pressentem quando o dinheiro vai se desvalorizando.

O século 21 apresenta novamente uma situação de retorno da inflação. Passou a fase dos preços baixos das manufaturas produzidas na Ásia. Energia, alimentos e manufaturas são impactados pela redução da oferta majorando os preços. É um choque de realidade que esbarra nas limitações da oferta. A receita tem sido inibir o consumo com a taxa de juros, mas as condições atuais não são as mesmas.

Uma equação inflacionária severa. A redução do crescimento da demanda requer aumento do desemprego? Aumentar os juros vai resolver? Há alternativas? As pessoas de bom senso vão percebendo as incoerências das teorias econômicas desenvolvidas para atender a interesses do dinheiro, pondo de lado o objetivo de buscar o atendimento das reais necessidades com eficiência.

Os comunicadores se apressam em buscar respostas e prever o futuro. Silenciosamente, de modo invisível, os fios do destino da humanidade estão em movimento para desencadear os acontecimentos que, com displicência, estão sendo gerados ao longo dos séculos.

Vida e economia são faces da mesma moeda na civilização. Mas tudo passou a girar em torno do dinheiro, desde o nascimento até a morte. Os gestores públicos têm de organizar o sistema de forma a evitar a miséria e o caos social decorrente de crises, cujas origens remontam ao passado de subordinação colonialista dando origem a povos incultos com pouco preparo. Ao longo dos séculos, o futuro tem se resumido a nações endividadas, população malnutrida, crianças descuidadas, o oposto do que deveriam ser as nações em seu desenvolvimento.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

SOBREVIVÊNCIA AMEAÇADA

O imediatismo da humanidade está presente em tudo. Assim como não dão tratamento adequado aos próprios corpos, que receberam para seu período na Terra, as pessoas também agem de forma negligente com a natureza e suas leis, e consequentemente, causam danos de forma consciente ou não.

Ao longo dos últimos 50 anos, grandes transformações ocorreram. Havia muitos postulados errados no modo de viver, mas ainda era utilizado um pouco de intuição. Os postulados não resistiram à pressão e voaram; nada mais sólido surgiu em seu lugar, e o pouco de intuição desapareceu. Conclusão: o ser humano teve reduzido o seu bom senso intuitivo e a partir daí a civilização foi se tornando precária. O espírito adormecido clama por renovação.

Há muito tempo, estadistas vêm falando em alianças e formação de grupos, mas quais são as reais intenções. Aliança para o Progresso fez o quê pelo Brasil? E os Brics? As alianças entre os povos deveriam priorizar a paz e o aprimoramento dos seres humanos. Uma civilização pacífica depende do bom preparo dos povos.

Foi preciso chegar ao limite das dificuldades climáticas para uma tomada de consciência, mas a água está esquecida há décadas. É uma questão que agora se agrava. Na maioria das cidades grandes as pessoas dependem das engarrafadoras para ter água potável. Isso representa a grande catástrofe da humanidade.

A situação mundial é grave porque estamos vivenciando uma fase de transformações aceleradas e é triste ver o despreparo de grande parte da população induzida a um viver puramente instintivo como comer, beber, se divertir, afastado da verdadeira essência humana. O bom querer é fundamental. O que a humanidade quer, de forma livre sem manipulação massiva?

Estamos numa época diferente em que muita coisa está sendo detonada pelo mundo; o dinheiro está curto, os custos são elevados. Os estabelecimentos têm de cuidar da qualidade e do preço dos produtos, observando o que os consumidores precisam. Os produtos não devem ficar largados no “pega quem quiser”. Os gerentes e auxiliares têm de estar atentos para manter as prateleiras de forma adequada.

Houve um descuido do ocidente com a economia e produção de bens, deixando tudo por conta da integração da mão de obra abundante na Ásia e na força de trabalho mundial. O que poderia ter sido resolvido com equilíbrio, de forma pacífica, agora assume característica de guerra econômica.

Não faltam dificuldades para a economia mundial. O momento psicológico dos investidores e da população está dominado pela apatia. Antes, a motivação era mais reativa. Muitos fatores especiais estão em andamento, afetando a índole geral. Em crises anteriores, as pessoas seguiam se adaptando, visando a retomada, e em paralelo a circulação do dinheiro ia se ampliando. Os 24 meses de restrições severas deixaram suas marcas, foi como dar a partida para algo novo e desconhecido. Com tantos acontecimentos simultâneos, agora há uma parada e a motivação básica passa a ser a sobrevivência ameaçada, mantendo baixa a circulação do dinheiro, acarretando efeitos que freiam a economia.

No novo calçadão da avenida Beira Mar, em Fortaleza, são seres humanos caminhando numa atmosfera leve, com consideração e solidariedade, desejando o bem. A reforma deu uma cara nova e moderna a essa avenida, mas algo está diferente. É a pós-pandemia, a crise econômica, a guerra. Há uma certa tensão no ar devido às dificuldades aumentadas, à incerteza do amanhã, à constatação da pequenez perante a grandeza do céu e do mar do Nosso Senhor, dando um aceno de esperança de Luz aos que a procuram.

Se os seres humanos conhecessem a vida como ela é, tudo seria diferente, mais leve, melhor, mais pacífico e harmônico, pois não haveria todo esse sofrimento decorrente dos caminhos errados e suas consequências. Haveria melhor entendimento entre as pessoas porque o sentimento conciliador sempre estaria presente. Mantendo no íntimo o sincero desejar do bem para o próximo, inconscientemente cada um favorecerá o outro. E isso também é imprescindível nos relacionamentos entre homens e mulheres, para que eles se complementem de fato e, fortalecidos, construam um mundo melhor. Estamos vivendo numa época muito difícil. Contudo, temos que buscar sabedoria e alegria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O MUNDO HOJE

Há um permanente descaso com a construção de melhor futuro. O colapso da civilização avança. Qual é a causa real do falhar da humanidade? O mundo atual resultou das atitudes das pessoas que, apesar de sua capacitação espiritual, se afastaram do dever de promover o bem geral. Em meio à complicada situação em que estamos vivendo, as pessoas estão aborrecidas com o que acontece, mas o que poderiam fazer, o que poderiam pedir?

Os seres humanos, em geral, estão perdendo a compostura, mas a cobiça de poder os faz descer até às sombras da aliança com as trevas. Em sua cobiça e arrogância, estruturaram o modo de viver em oposição às leis naturais da Criação, dando espaço para atuação das trevas em todos os segmentos, de modo que ao final haverá o embate de trevas contra trevas.

Amor, consideração, trabalho, seriedade, dedicação e o olhar voltado para a continuada melhora do preparo da população e das condições gerais de vida, são os fatores indispensáveis para que a humanidade não decaia para a civilização de todos contra todos.

A teoria da conspiração tem sido o bode expiatório dos acontecimentos mundiais que se aceleram. Aí vem pandemia, aumento do custo da alimentação, mudanças climáticas, guerra na Ucrânia, o silencioso avanço econômico da China, tudo indo na direção de tornar a vida do cidadão comum mais difícil. Assim ficam esquecidas as profecias que alertavam sobre a grande colheita que cairia sobre a humanidade, que possivelmente poderiam trazer mais humildade e auxílio para aqueles que pedirem forças para se tornarem melhores.

Enquanto Estados Unidos, União Europeia, Rússia e China trocam farpas, qual é a realidade econômica? A população da China está habituada a uma vida difícil. Esse país concentra grande parte da produção de manufaturas e tem reservas para assegurar as importações do que precisa. Estranho esse lockdown em Xangai que afeta o grande porto, enquanto outros países dão prosseguimento à liberação das restrições. O que isso significa?

Quais são os motivos que deram impulso à criação do dinheiro e das finanças como instrumento de dominação? O dinheiro, transformado na mercadoria das mercadorias, abre um paralelo na economia real em que o mercado financeiro segue a lógica especulativa. O dinheiro em si é um importante meio para conduzir a produção, o comércio, o consumo, mas assumiu o comando e se tornou a causa de discórdia, guerras e miséria; ele se impõe como a força dominadora da política, dos negócios, da vida. Isso resultou do fato de os seres humanos terem parado de ouvir o coração, a alma, deixando-a inativa. A paz e o progresso da humanidade devem estar no topo, e o dinheiro ser apenas um meio.

O que as novas doenças e a guerra têm a ver com o dinheiro e poder no mundo? Ao final da Segunda Guerra o dólar e os mecanismos financeiros desenvolvidos se tornaram o sistema monetário mundial. Os embates não contribuem para a evolução da humanidade. Pouco se fala sobre o enorme poder financeiro concentrado, defendido com a diplomacia das armas. A China despontou como a grande fábrica; é evidente que o fortalecimento econômico e comercial despertaria suas atenções para as finanças e disputa com o dólar.

As ideologias e as civilizações estão se fundindo nos objetivos de cobiça por riqueza e poder econômico. O que as escolas estão ensinando sobre a lei Áurea de 1888 e sobre a republiqueta que derrubou a princesa Isabel, baniu sua família em 1889 e descuidou do Brasil e sua população, incluindo os liberados do regime de trabalho opressor? Qual o significado da tomada do poder pelos militares em 1964? As novas gerações tiveram seu descontentamento com Tio Sam direcionado para a revolta; haveria um banho de sangue, para quê?

Para favorecer a paz duradoura é imprescindível que a educação promova a busca do aprimoramento pessoal e espiritual continuadamente, para que os estudantes se tornem seres humanos de qualidade, e que tenham consideração sincera pelo próximo, buscando a melhora nas condições gerais de vida. Muitas pessoas deixam que a alma envelheça junto com o corpo, em vez de mantê-la sempre jovem e forte com a Luz da Verdade do Criador.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

BRASIL, O PAÍS QUE DEVERIA ESTAR DO LADO DA FELICIDADE

A palavra é mágica e tem o poder de construir e beneficiar, ou destruir e envenenar. O mesmo acontece com as palavras e os sentimentos que formam os pensamentos. Abusos com as palavras ocorrem de longa data; as mentiras criadas pelos seres humanos, para sua conveniência ou por ignorância, estão presentes em tudo e estruturam o caos em que vivemos. A humanidade não levou a sério o “conhecereis a verdade e ela vos libertará”, pois isso requer força de vontade, esforço, simplicidade, clareza, naturalidade.

O Brasil cobiçado foi definido como a grande reserva internacional e por isso não convinha que os governantes agissem para promover o progresso da nação e seu povo. Em 1964, houve uma virada, mas faltou objetividade para alcançar o desenvolvimento tecnológico e industrial. Nos anos 1980, veio a crise da dívida externa e de novo a velha oligarquia tomou conta do poder. Em 2018, surgiu uma nova esperança. O que acontecerá em 2022, ano do bicentenário da Independência?

Aqueles que desejam progresso equilibrado e harmonioso para o Brasil se quedam angustiados. Em quem podemos confiar neste mundo materialista no qual o trunfo é o dinheiro? Infelizmente os bem-intencionados podem acabar como inocentes úteis e serem ludibriados, sem perceber as altas maracutaias promovidas pela turma falsa e mentirosa que se instalou no nível alto do poder. É difícil saber como essas coisas acontecem nesta nação atrasada.

No passado, a educação tinha por base a natureza e seu funcionamento automático ao qual os seres humanos se adaptavam desenvolvendo bom senso intuitivo. Depois foram se afastando julgando-se superiores à natureza e suas leis. Jesus quebrou o ciclo cerebrino afastado do natural. Pouco restou de seus ensinamentos espirituais. O catecismo dogmático influenciou a mente infantil, dando continuidade ao seu afastamento da natureza. Depois vieram os livros, revistas, filmes e desenho animado. O que restou do ser humano? Um descontente que ou decai moralmente ou se deixa levar pelos revolucionários enlouquecidos. As consequências da educação errada afastada das leis naturais estão no ar.

Os humanos não seguiram as leis naturais da Criação e entortaram tudo. Em vez de subirem a escada do aprimoramento pessoal, foram descendo, reduzindo a essência humana. Sem espírito atuante, o cientificismo quer interferir e impor normas padronizadas de viver que travam a individualidade e o querer da alma, quando deveria voltar às origens do ser humano para reconhecer e extirpar os erros cometidos, em vez de impor um viver puramente materialista, sem respeito às leis da natureza.

A China soube como tirar proveito da globalização disponibilizando manufaturas com preços baixos. Muitas empresas americanas ganharam bom dinheiro e a China se fortaleceu. Foi surpresa geral a rápida eclosão da guerra na Ucrânia no cenário bagunçado da economia mundial, um evento enigmático em meio ao forte confronto econômico entre os EUA e a China, mas ambos ao seu modo tiram proveitos, embora não se saiba que efeitos trará sobre a disputa do mando econômico mundial, quem ganhará ou perderá. Mais de 80 milhões de mortes na segunda guerra mundial não foram suficientes para tornar os homens mais humanos, e cumprir sua tarefa na Terra de ser beneficiador e transmissor da energia espiritual que está apto a captar.

É conhecido o fato de que criar dinheiro do nada deprecia a moeda. EUA e FED têm feito controle firme para manter o dólar como a moeda número um. Quando ocorre desvalorização que prejudica a primazia do dólar, não raro surge um ciclo de elevação dos juros que atrai as reservas mundiais para o dólar. Isso traz complicação para a economia mundial, mas é importante olhar para as consequências do crescimento da dívida pelo aumento dos juros.

No processo econômico natural, a riqueza produzida não deveria ficar concentrada; uma parte dela deveria ser partilhada com os que ajudaram a produzi-la. A tendência atual é de precarização geral e o ser humano indolente, com alma inativa, vai sendo reduzido a mero fator de produção e consumo, sem dedicar-se à compreensão do significado da vida. O desânimo vai avançado sobre o Planeta. Urge manter a serenidade com pensamentos sem ódio voltados para o bem. Falta a Luz da Verdade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

AS RELIGIÕES, O DINHEIRO E AS GUERRAS

O problema no capitalismo de livre mercado foi a predominância do controle monetário e do ganho financeiro em poucas mãos. A volúpia do ganho homogeneizou tudo através da linguagem do dinheiro: empresas, escolas profissionais em geral e especialmente a classe política e sua influência na economia e na legislação, o que provocou a estagnação do sistema. O Estado passou a interferir em várias atividades do livre mercado.

Veio o capitalismo de Estado que impôs normas rígidas e planejamento central focado na produção e obtenção de superávit na balança comercial. Muitas indústrias fecharam ou se transferiram para regiões de menor custo da mão de obra e outras regulamentações. Surgiram conflitos que se traduziram em guerra cambial, comercial e econômica. Provavelmente teremos guerra pelo controle do dinheiro e da tecnologia.

O Criador é Um só para o universo inteiro. Suas leis eternas são de ampla abrangência, na Terra e fora dela, podendo ser observadas na física, na química, na biologia, no equilíbrio. Os homens criaram religiões sem levar em consideração essas leis, gerando incompreensões, cisões e guerras. Nós fazemos parte do povo das criaturas humanas espirituais hospedadas na Terra para evoluir num tempo finito.

A religião também acabará servindo de pretexto para guerras para o domínio do grande ídolo dinheiro, e por controle e poder. Mas as leis da Criação falarão mais alto, cerceando o poder da vontade dos homens, destroçando a resistência e a mania de grandeza daqueles dominados pela arrogância.

Em vez de evoluir, a humanidade tem decaído como espécie que é apta a construir um mundo pacífico e em equilíbrio. Os mais fortes pressionam os mais fracos com retaliações econômicas, provocando aumento da miséria. O dinheiro se tornou a grande cobiça, e os ganhos de uns se fazem às custas das perdas de outros.

O projeto de Breton Woods transformou o dólar na moeda líder das transações. O FED emite dólares, os bancos americanos dispõem da reserva fracionária em dólar, as demais moedas conversíveis, sem paridades estabelecidas, flutuam ao sabor de interesses e manipulações, sendo a taxa de juros a mais empregada. Mas os países, mal geridos, descontrolam as contas internas e externas, e acabam ficando sem a moeda mãe mesmo com juros altos.

Instalou-se na Terra um desequilíbrio geral na economia, finanças, produção, comércio, educação e preparo para a vida, natureza e saúde. A ciência não pode continuar omissa quanto a essa calamidade e deveria contribuir para que o equilíbrio entre os povos fosse mantido. Estão surgindo novas teorias monetárias e experiências com as moedas digitais que eliminariam a moeda física, passando todo o dinheiro a ser rigidamente controlado pelos supercomputadores. O que vai surgir disso não se sabe, mas há intensos movimentos nos bastidores trabalhando na direção desse novo modelo que vai se delineando com o avanço da tecnologia.

Com seus recursos naturais, o Brasil poderá se tornar o refúgio num mundo em conflitos. Mas se for retaliado, quem poderá defendê-lo? Encerrada a fase das colônias dominadas fisicamente, veio o trunfo financeiro para dominar. Agora a tecnologia e as vacinas, desenvolvidas para debelar a maior pandemia que o planeta já enfrentou, também poderão ser empregadas como trunfo de dominação. Mesmo dispondo de petróleo e riquezas minerais, a boa qualidade de vida sempre dependerá de gestão pública idônea e da produção diversificada; sem isso, a precarização geral dos países será a tendência secular.

Cada pessoa deveria ser responsável por seus atos, mas com a permissão dos indolentes, o processo de emburrecimento avançou além do que se poderia imaginar, e muitas pessoas estão agindo como robôs, sem clareza, simplicidade e naturalidade. Sem ter se orientado para o bem, a humanidade ficou atrasada, usando energia atômica para destruição, assim como armas químicas e biológicas, mas nada poderá deter o dia em que a alma terá de se afastar do corpo transitório.

O ser humano desrespeitou as leis naturais da Criação, caminhou pelas trevas, mas agora tem de achar o caminho de volta para a Luz e a Verdade, pondo em prática o reconhecimento e a estreita cooperação com as leis da Criação, construindo e beneficiando tudo para alcançar o bem geral e evoluir em paz e alegria.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

A PRÓXIMA JOGADA

O mundo se defronta com uma deplorável situação na natureza, na economia, na educação. Em vez de evoluir, a espécie humana está decaindo e poucos enxergam essa realidade, optando por um viver de ilusões e procurando a falsa felicidade. Tudo se baseia no cérebro, o sistema neural, como se ele fosse o núcleo da vida, mas não é; é uma das mais sensacionais criações no mundo material, mas o que vivifica o corpo é o espírito. O cérebro pode criar o sentimentalismo e a fantasia, ser influenciado por alucinógenos, ou por cobiças, mas sem a energia do espírito, se decompõe em pouco tempo.

O Brasil pagou dívida externa emitindo e inflacionando; combateu a inflação com dólar tabelado, fragilizou a indústria, exportou empregos, aumentou a dívida, e agora na pandemia tem de subsidiar a população. Os EUA também, mas têm como diferencial o dólar, mas estão dando subsídios e realizando reformas na infraestrutura porque desistiram de fabricar, e estão buscando os avanços na tecnologia, o que no Brasil parou de evoluir junto com as fábricas fechadas. O que os brasileiros fizeram com o seu país?

O ocidente acobertou a inflação, tabelando o preço do dólar, deixando as indústrias minguar e eliminar empregos. A China deu ênfase na produção visando exportar com preço baixo em dólar, gerando efeito dinâmico na economia. Na crise, o ocidente só tem a opção de subsidiar os consumidores e aumentar a dívida, mas isso representa o aumento de procura que a China precisa para reativar sua grande fábrica e prosseguir capitalizando. O que deveria ser feito para reequilibrar a economia?

A economia real já vinha dando mostras de estresse e desequilíbrio. Em visita a São Paulo, em abril de 2014, o ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, fez uma advertência não só ao Brasil, mas também a outros emergentes: “O modelo econômico baseado em produção de bens que a China já produz não é mais sustentável”. Então o que fazer para alcançar sustentabilidade? Produzir o quê para evitar a precarização e desequilíbrio geral?

Não há mais equilíbrio entre os seres humanos, apenas busca de vantagens. O Brasil e o mundo enfrentam um problema super grave e os “caras” ficam procurando pelo em ovo como no tribunal de Pilatos e da inquisição? Em vez de ficarem espalhando venenos, deveriam trabalhar pelo Brasil e pelo aprimoramento da espécie humana.

O Estado foi inchando. Obras superfaturadas. Dívidas aumentando. Reserva em dólares baixando. Não há responsabilidade com o futuro e as novas gerações. Déficits internos e externos. As contas estouram. O crédito foi uma boa invenção para promover o desenvolvimento. O sistema levou séculos para chegar à forma atual. Poder e dinheiro desumanizaram a vida, eliminando os alvos elevados de aprimoramento, gerando decadência geral. Não há boa vontade. Mercado e Estado se afastaram do humanismo, do real objetivo da vida. É necessário combater a criminalidade.

Os cidadãos devem buscar o bom preparo para a vida, fortalecer as novas gerações, participar da condução das atividades humanas. Criou-se o liberalismo, a não intervenção do Estado. Os gananciosos foram ocultamente assumindo o controle, impondo rumos benéficos aos seus interesses visando absorver os fluxos de dinheiro do Estado. Outros diziam que o excesso de individualismo deu oportunidade para o avanço da ganância e concentração do poder, e por isso queriam maior influência do Estado. No extremo, surgiu o capitalismo de Estado que impõe os rumos, controla os fatores essenciais visando o acúmulo de capitais.

No geral, os cidadãos se tornaram indolentes sem bom preparo para a vida, presas fáceis do pão e circo. Agora chegamos ao desequilíbrio geral na economia, dívida pública, população elevada, limitação de recursos naturais, insatisfação social. Qual será a próxima jogada nesse complicado tabuleiro?

Há uma forte efervescência no mundo. No Brasil, ela é particularmente mais grave devido à displicência, indisciplina, falta de esforço em trabalho dedicado. Em grande parte da história, os governantes não cuidaram do desenvolvimento e fortalecimento da população, ensejando melhor preparo e melhores condições de vida. Todos tiveram oportunidades de agir e contribuir, muitos falharam levados pelas cobiças. Sabotadores, falsos líderes e corruptos atrasaram a nação e o povo em seu desenvolvimento consentâneo com as leis naturais da Criação.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br