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CRISE FINANCEIRA MUNDIAL

O viver vai se tornando cada vez mais rasteiro e medíocre sem as aspirações nobres que dignificam o homem. O planeta enfrenta situações de extrema gravidade e penúria para a população em geral. A humanidade não se preparou adequadamente para a vida. Hora de abrir os olhos e ver o que é realmente essencial.

A pós-pandemia está apresentando as incoerências do sistema, mas como será o futuro? Quanto mais a população emburrece, mais o Estado vai concentrando o poder. Quanto maior a concentração de poder, maior o desperdício e despotismo. A indolência dos seres humanos está gerando o Estado que tudo abrange e tudo determina para a massa que esqueceu a que veio, qual a finalidade da vida.

A elite mandante não dorme. Substituições no exercício do poder têm sido a norma. Assim como aconteceu com o poder religioso, da nobreza, dos reis com poder absoluto, tudo foi sendo alterado, passado para outras mãos. Chegou-se ao Estado-nação, com a classe efetivamente mandante meio oculta e poucas melhoras nas condições gerais de vida da humanidade. Já no século 20 percebeu-se que o Estado-nação possibilitou o ingresso de máfias no controle. A atual elite no poder formal poderá ser a próxima a ser recolhida através da eliminação das fronteiras. A classe mandante poderá sair do refúgio oculto mostrando a sua cara com a promessa de construir um mundo melhor; mas sem que haja respeito às leis da Criação, isso não será possível.

No passado, Pedro II tinha um plano de progresso para o Brasil, mas foi deportado. Com raros momentos de evolução, a nação permaneceu no atraso. Atualmente, as desgraças apontadas são efeitos da displicência governamental e empresarial. As fábricas foram detonadas. As contas públicas ficaram deficitárias. A educação decaiu. A globalização fortaleceu o setor primário da economia criando novo tipo de colônia. O mundo se contorce nos desequilíbrios. Faltam produção, empregos, educação, progresso.

Nos anos 1960, o pós-guerra estava mudando tudo; as novas gerações estavam descontentes com Tio Sam, pois queriam algo mais além do rock & rol de Elvis. A criatividade de Zé Celso em Os Pequenos Burgueses; a nostalgia das canções de Chico Buarque; tudo bem montado. Semearam descontentamento e insatisfação. Veio a crise da dívida externa e o plano real. O Brasil afundou na ignorância e miséria. O que querem as novas gerações do século 21?

Atualmente no Brasil os estados e municípios arrecadam os tributos de sua competência, exercendo diretamente fiscalização e acompanhamento. Como isso vai funcionar com o novo modelo de tributação em tramitação no Congresso? No que tange aos empregos, uma parcela já se sente fora do mercado, especialmente a composta pelos jovens entre 15 e 25 anos, isto é, aqueles que nasceram em torno do ano 2000. Mas a displicência dos governantes é anterior, descuidaram do bom preparo das novas gerações, deixando de criar oportunidades de trabalho e adequadas condições de vida em conjunto com a iniciativa privada. Sem isso, a população vai caindo na humilhante pensão proposta pelos governos, sem progredir e evoluir como deveria ser esperado.

Muito se fala da crise financeira de crédito que está chegando. Que consequências poderá provocar? Dentre os fatores de dificuldades apontados pelas empresas, o mais grave e sintomático é a queda nas vendas, o que aumenta o risco, elevando juros e reduzindo os prazos. É necessária uma investigação para buscar a causa da queda nas vendas, pois o sistema está encolhendo, empresas desaparecendo, empregos diminuindo, a classe média se reduzindo, permanecem só os grandes que operam em escala mundial.

O Criador enviou Jesus, essência divina, num corpo humano para auxiliar e orientar a humanidade que afundava nos erros e ignorância, trazendo a lei do Amor, a de não causar sofrimentos ao próximo para satisfazer a própria cobiça. Jesus teve como principal opositor a classe sacerdotal que temia a perda de privilégios, pois o Filho de Deus esclarecia que não há necessidade de intermediários entre a criatura humana e seu Criador, devendo, para evoluir e ser feliz, permanecer com o espírito desperto, atenta a tudo, refletindo e examinando os fatos objetivamente para compreender amplamente o funcionamento das Leis da Criação que regem a vida e tudo o que foi criado.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O ALVO DA HUMANIDADE

A obra da Criação foi ofertada aos seres humanos para o seu desenvolvimento espiritual em paz e progresso, mas estes acorrentaram-se ao mundo material julgando-se seus donos. O que a humanidade deveria ter aprendido com a pandemia iniciada em 2020? O homem perdeu a naturalidade, ou seja, a própria essência, tornando-se artificial, do jeitão que construiu a máquina Inteligência Artificial (IA), artificial como ele próprio.

No terreno material, com certeza a IA vence o jogo, mas em confronto com o espiritual humano o que a máquina poderá fazer? Talvez a mesma coisa, isto é, continuar trabalhando para apagar a essência humana e dominar a sociedade que perdeu simplicidade, clareza e naturalidade – atributos essenciais do ser humano. As pessoas falam do espírito esclarecido, que são os dotados de bom senso e gratidão. Seria ingenuidade achar que muitas pessoas que falam desembaraçadamente sobre a vida prontamente acolheriam a Luz da Verdade com alegria na alma e sinceridade.

Estamos enfrentando uma fase de muitos abalos emocionais. As primeiras 24 horas são muito difíceis, mas há abalos que persistem no tempo, que deixam as pessoas sem vontade, sem iniciativa. É preciso ter um alvo, ir em frente, observar o querer interior que às vezes fica tão fraco que nem o percebemos. Sair do marasmo, ter um querer forte e ir atrás logo, ou seja, pôr-se em movimento em busca de um alvo, e assim ir caminhando pelos dias. Quanto mais para, mais parado fica. Às vezes é uma simples vontade, fraquinha, que a pessoa deixa passar. A vontade é expressão do querer, tem de ser examinada e gerar ação e alegria.

Fim de uma era? As livrarias não atraem as novas gerações. Acabou o encanto da transformação do homem que buscava saberes com independência. Hoje os caminhos rígidos que o cérebro percorre são inflexíveis como trilhas de circuitos eletrônicos. Qual será o futuro da espécie humana que caminha desanimada por ruas sujas com detritos?

As cidades americanas mostradas nos filmes são o sonho dos brasileiros, com ruas arborizadas, jardins sem muros, crianças nas escolas. Mas a desgraça é mundial, pois a espécie humana em vez de evoluir está regredindo; isso tem a ver com economia, cultura, espiritualidade. A prefeita de São Francisco, London Nicole Breed, fala sobre os problemas de sua cidade que ainda não voltou ao normal na pós-pandemia, com muitos moradores de rua e uso de drogas. “O vício precisa ser tratado sem leniência. Requer força, não tolerância”. Mas se ela visse o centro velho de São Paulo teria um choque. O materialismo, a crença no poder do dinheiro afastaram os seres humanos de sua essência, e aí o abismo se abre sem piedade.

O alvo econômico das nações é deter o poder econômico e militar. Tudo visa o acúmulo de riqueza, dinheiro corrente, ouro, empresas e papéis lucrativos, monopólio de produção e de tecnologia. Isso produz desequilíbrios, pois a economia deixou de estar voltada para o bem-estar e aprimoramento da espécie humana, e quando isso é deixado de lado o declínio é inevitável, seja na moralidade e ética e até no próprio ser humano, na sua imunidade, e no funcionamento do cérebro cujas engrenagens estão emperrando, uniformizando o pensamento das novas gerações, eliminando a individualidade e criatividade.

Através das teorias econômicas, as nações falam em “vantagens comparativas” para comparar diferenças de produção e comércio, baseando-se em um mesmo produto, o que parece razoável dada as diversidades regionais. No entanto, cada nação deve organizar oportunidades e o atendimento das necessidades básicas de seu povo, o que torna natural a troca, o comércio de bens diferentes, por exemplo, como sal ou açúcar.

Mesmo supondo que sejam bem administradas, é nesse contexto que se instalou o grande desequilíbrio entre as nações, enquanto algumas mal conseguem o equivalente para pagar o que importam, tendo até de contrair empréstimos para isso; outras produzem um excedente financeiro que as capacita a financiar e investir em outras nações, tornando-se dominadoras e impositivas. Como solucionar o impasse de forma que cada nação que se esforça tenha possibilidade de progredir e não ficar para sempre dependente de outras? Então, não seria isso o alvo adequado para a humanidade?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

A TRANSFORMAÇÃO UNIVERSAL

Há muitas questões que preocupam a humanidade: mudanças climáticas, água potável, alimentos, empregos. Agora também o dólar, as notas verdes que azularam. São problemas criados ao longo do tempo que foram sendo remendados e que agora repercutem gerando inquietação e instabilidade, evidenciando que não é fácil encontrar soluções duradouras, o que preocupa as novas gerações sobre como será o seu futuro, já que as condições gerais são bem mais complicadas que no tempo de seus pais.

No século passado, duas grandes guerras consolidaram o poder dos EUA e do dólar.  Consolidado o Estado-nação os governantes deveriam ter promovido o aprimoramento da espécie humana e das condições gerais de vida de forma continuada. A esperada paz não foi alcançada. Passados 78 anos o mundo se defronta com graves desequilíbrios econômicos. O que acontecerá desta vez? Como ficará o atual embate entre Estados Unidos e China?

Os abusos criaram a insatisfação. O povo cansou das promessas dos políticos. O fato é que o problema maior está nos próprios indivíduos e no seu viver displicente, sem respeito às leis naturais da Criação, e que sempre trazem de volta as consequências das ações dos homens. A educação deve formar seres humanos verdadeiros, bem-preparados para a vida, aptos a contribuir para o aprimoramento da espécie. Fora disso, será a coisificação do indivíduo.

O futuro da humanidade está ameaçado. Não se deve usar de rigidez, mas as crianças têm de aprender que retribuir pelo que recebem é lei da vida. Os pais não são escravos dos filhos. Nascer é uma graça inimaginável que tem de ser aproveitada para o bem e o autoaprimoramento.

A Terra, com seus 5 bilhões de anos, foi organizada com perfeição pelo funcionamento automático das leis da natureza. Cabia ao homem reconhecer e respeitar os mecanismos naturais. No século 21, a Terra está em desequilíbrio, na natureza, na economia, no relacionamento entre os povos. As epidemias e outras doenças resultam do desequilíbrio. As causas têm de ser examinadas e adotadas as soluções corretas. A humanidade tem de reconhecer que ela é a causadora desses desequilíbrios.

A cegueira é geral e está aumentando. Como ampliar a visão? A nossa origem é a importante questão que deve ser estudada desde a juventude em todo o planeta, pois a humanidade ainda não se aplicou o suficiente para conhecer as leis da Criação e o significado da vida, que deveria se desenvolver em paz, progresso e felicidade.

As dificuldades pelas quais passam as pequenas empresas geradoras de empregos revela que a economia requer mudanças, seja no capitalismo de mercado, ou no de Estado. A transformação do trabalho em mercadoria gerou miséria. Algo não funciona a contento num planeta com 8 bilhões de almas encarnadas e recursos limitados. Qual seria a fórmula apropriada?

O Fórum Econômico Mundial fala no Grande Reset. Será que uma nova regulamentação sobre atividades e lucros e a centralização das decisões trarão a solução? O fato é que os sistemas em geral podem conter vícios e serem astutamente burlados, pois o problema está no ser humano e suas cobiças que adulteram os fins de qualquer sistema.

Na Terra tumultuada por variados acontecimentos, frequentemente se fala numa iminente transformação universal. Mas no que consiste essa transformação? O fundamental fica omitido na suposição de que os homens introduzirão grandes transformações, pois as condições de sobrevivência se revelam insuportáveis diante de tantas coisas erradas que dificultam o viver. A grande transformação tem de se processar na espécie humana que não age da forma como era esperado dela que deveria construir, beneficiar e embelezar tudo onde põe as mãos. Como bem enfatizou Abdruschin, no livro Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, “A sabedoria de Deus governa o universo! Lutai, criaturas humanas, para pressentir no reconhecimento a sua grandeza!”.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

O MUNDO PRECISA DE PAZ E TRABALHO

Na seleção de livros sobre economia feita por Martin Wolf, jornalista britânico especializado em economia, consta India Is Broken: A People Betrayed, Independence to Today (A Índia está quebrada: um povo traído, da independência aos dias atuais), de Ashoka Mody, da Stanford University Press, que fez a seguinte análise: “A amarga realidade é que, para empregar todos os indianos em idade de trabalho, a economia precisa criar 200 milhões de empregos ao longo dos próximos dez anos, uma tarefa impossível depois dos últimos dez de declínio nos números do emprego.”

Não só na Índia, mas no mundo todo, pouco se fala sobre a questão dos empregos que enfrentam tendência de redução e desaparecimento. A população cresce, as pessoas precisam de trabalho e renda, mas o sistema depende da criação de empregos, algo complicado, mais ainda nas crises quando há uma luta feroz para a redução de custos. Se a realidade é amarga, isso indica que devem ser buscados outros caminhos, pois o ser humano tem de produzir, através dos recursos da natureza, os meios para sua adequada sobrevivência. As teorias econômicas têm de focar nisso. O trabalho faz parte da vida, mas a humanidade o tem transformado em castigo.

O dinheiro, de tanto ser abusado, mostra as duras consequências. Na Argentina, a taxa de juros está beirando a 100%. Como chegou a isso? No Brasil, cuja taxa de juros é de 13,75 % há uma gritaria geral. Os empregos estão sofrendo as consequências das escolhas econômicas que vem sendo feitas desde a época super-inflacionária da crise da dívida externa. De lá para cá o Brasil desandou. Se não fosse o agro e a atividade extrativa, o país estaria na cola do trágico peronismo econômico. Não basta gritar contra a Selic, é preciso dar ao país e às novas gerações a oportunidade de bom preparo para a vida e progresso real.

No mundo há muitas tensões, difícil é saber o que poderá se agravar primeiro. Taiwan é um ponto crítico por envolver interesses econômicos e estratégicos. Na China e Índia há uma tensão alimentada por conflitos fronteiriços. África e América do Sul contêm reservas naturais fundamentais, Brasil incluso com governança pífia incapaz de defender os interesses da população e seu desenvolvimento. Acima de tudo, há interesses econômicos e financeiros de grupos e nações. O mundo perdeu a esperança. A grande falha das nações foi a escolha dos governantes incompetentes. O estado-nação perdeu o brio e segue trajetória de desmanche. O que poderá vir depois? O Estado-Mundo sem fronteiras?

A Terra foi criada com todo aparato para propiciar às pessoas um viver condigno, mas o que aconteceu de errado? Somos mais de oito bilhões, dos quais 800 milhões estão desnutridos e 800 milhões são analfabetos. Grande parcela sem adequado preparo para a vida, com saúde baixa. Como vive a humanidade? Como deveria viver? Segundo Joel E. Cohen, autor de How Many People Can the Earth Support (Quantas pessoas a Terra pode aguentar), o viver tem sido de forma errada, gerando problemas de tal monta que comprometem a sustentabilidade da vida. É preciso reconhecer os erros e corrigi-los antes que seja tarde demais.

Marcada para agosto, na África do Sul, a reunião dos Brics certamente debaterá a questão monetária que tem agitado as nações, mas se trata de questão que envolve muitos interesses para ser discutida de forma isolada. Vamos ver quais serão as propostas e como serão recebidas no G7 que reúne as potências.

Quem busca o caminho certo do viver? O homem é predador ganancioso. Em sua curta passagem na Terra se agarra ao dinheiro sem querer conhecer o significado da vida. Os jovens têm de receber bom preparo para que se tornem fortes, lúcidos, dotados de bom senso, aptos a contribuir para o aprimoramento da espécie humana.

O mundo precisa de paz e da correção dos desequilíbrios causados pelo homem, que estão dificultando a sobrevivência da espécie humana. A situação é difícil, mas é preciso ir em frente fazendo o que for necessário, caprichando sempre para construir melhor futuro com a certeza que as coisas vão melhorar para quem semear o bem.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

CRIATURA COM ALMA

O ser humano é dotado de alma, corpo e mente. A alma capacita a mente a pesquisar a verdade das leis universais que regem a vida. Quanto mais a alma evoluir, mais sábio o ser humano se tornará. E se a mente subjuga a alma, o cérebro assume o comando, mas por ser manipulável e influenciável, e sem visão clara e ampla sobre o significado da vida, passa a criar leis terrenas. Quanto mais leis são criadas, mais confusão vai sendo gerada, pois a essência esconde objetivos de cobiças e logro. Restabeleça-se a vontade para o bem e tudo se tornará simples e natural. A criatura humana é a única que permanece fora do lugar que deveria ocupar na Criação, pois está sufocando a sua essência que lhe possibilita tornar-se um verdadeiro ser humano.

Há a expectativa de que a Inteligência Artificial (AI) venha absorver uma série de atividades profissionais, afetando o mercado de trabalho, mas a máquina jamais conseguirá trabalhar com a alma, característica dos seres humanos. A humanidade está fora do lugar que lhe cabe, pois se tornou displicente com o aprimoramento da própria espécie, deixando de exercer plenamente sua capacitação emocional, comportamental e de assimilação da cultura terrena.

Os seres humanos estão abdicando de suas capacitações de examinar, ponderar, refletir de forma intuitiva, o que permite a ampliação e dominação da manipulação agora facilitada pelos novos recursos tecnológicos. Enquanto as espécies em geral seguem a trajetória do autoaprimoramento, a espécie humana tem feito o inverso e tem se deixado mecanizar e retroceder.

Mais de bilhão de pessoas vivem com algum transtorno mental, segundo a Organização Mundial da Saúde. A depressão e outros sintomas desagradáveis também se manifestam na falta de motivação, num fraco querer. Isso está ocorrendo na vida pessoal e profissional, uma dose de desânimo que precisa ser combatida com força de vontade e propósitos enobrecedores na forma como agimos, como fazemos as coisas, dando vida com a atividade da intuição, pois é isso o que diferencia o ser humano do animal e da máquina, que pode substituir o trabalho com eficiência e menor custo, mas jamais dará vida ao trabalho com a energia do espírito. Serão obras efêmeras, frias, sem calor, feitas para seres humanos cuja alma dormita e não está participando da vida como é esperado.

Embora muitas pessoas não queiram acreditar, a Criação segue uma linha coerente, justa e lógica, mas há muitas lacunas no saber. O ser humano tradicional que ouvia a alma está surdo. Não ouve mais, não lê, não examina, não analisa. Cada indivíduo, cada povo, a humanidade inteira, sempre colhem o que semeiam. A fase é a da colheita geral, tudo de uma vez, sem trégua, num período relativamente curto, onde terão melhor colheita aqueles que buscarem reconhecer e viver de acordo com as leis do Criador.

A atividade sexual faz parte da natureza humana, mas a finalidade do casamento vai além da satisfação sexual. Homens e mulheres são dotados de características diferentes, mas juntos deveriam ter construído um viver paradisíaco na Terra. Em vez disso entraram em intermináveis desentendimentos e conflitos que dificultam a vida e acabam se refletindo nos filhos, que deveriam ser gerados com toda responsabilidade e cuidados com carinho e severidade para que se tornem fortes, aptos a conduzir a própria vida ao se tornarem adultos.

No passado distante, a mulher recebia toda consideração por ser a cuidadora do lar e a grande conselheira que, com sua delicada intuição, indicava caminhos para o homem, o grande defensor da feminilidade, que queria viver voltado para o bem geral. Mas isso era uma vez; homens e mulheres foram embrutecendo deixando que o egoísmo, vaidades e cobiças determinassem os seus caminhos.

Os fios de nossos destinos são invisíveis, estão além de nossa capacidade de ver, compreender e controlar. Tudo na vida é regido pelo funcionamento automático das leis da Criação, que expressam a perfeição da Vontade do Criador, trazendo para cada criatura humana a colheita de tudo que semeou com o seu querer, pensamentos, palavras e ações, podendo assim sempre dirigir o destino para o progresso e a felicidade, e tornar-se verdadeiro ser humano com a alma atuante.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DINHEIRO E DIFICULDADES

Estamos vivendo num mundo desequilibrado e em declínio. Há muito dinheiro circulando, mas permanece a miséria. As dificuldades estão aumentando, pois a humanidade persiste em introduzir erros no seu modo de viver afastado das leis da Criação, estragando o mundo. Há um pessimismo geral. Em vez de se fazer o diagnóstico correto e buscar soluções, há uma enxurrada de negativismo. Faltam objetivos, falta esperança; enquanto isso, o declínio vai caminhando.

A questão da taxa de juros é complicada, mas todos sabem que juros compostos são bola de neve. O dinheiro tem os seus mecanismos, sempre vai inflando, a produção nem tanto, e ultimamente tem minguado. O lamentável tem sido a displicência do governo com o controle e qualidade dos gastos. Parece que jogam fora o dinheiro conseguido com o sacrifício geral nas elevadas taxas dos impostos. Além da taxa de juros, a instabilidade no câmbio também tem provocado perdas e ganhos especulativos.

Longe vai o tempo em que os seres humanos viviam em paz e alegria, pois estavam integrados à natureza, seus entes e suas leis. Muitos indivíduos estão perdidos, poucos estão buscando um rumo adequado de construção benéfica e progresso. Sem um bom preparo para a vida, não poderá haver inclusão num objetivo maior, permanecendo essa confusa vida sem propósito.

O Brasil “do futuro” corre o risco de ficar sem futuro. A educação de qualidade das novas gerações para a vida requer disciplina, esforço perseverante, dedicação, equilíbrio na retribuição por tudo o que recebem, ou seja, o oposto do que está sendo oferecido aos jovens que se tornam indolentes, exigentes, sem vontade de aprender, sem força de vontade.

As novas gerações estão se acomodando na lei do menor esforço. Pouco fazem, pouco querem aprender. O problema está na falta de automotivação e na fraca força de vontade para abrir os olhos e se esforçarem de forma perseverante. O Brasil precisa de pessoas fortes com propósitos enobrecedores, clareza no pensar, bom senso e força de vontade para o bem, aptas a decidir com discernimento próprio.

O ser humano se julga o centro de tudo. Na realidade, é espírito encarnado em um corpo constituído de água e matéria para alcançar a autoconsciência e a compreensão da Criação e suas leis. O corpo tem prazo de validade, mas em vez de aproveitar essa fase para se fortalecer e evoluir, cada indivíduo se considera dono da hospedaria sem querer respeitá-la. Quando chegar a hora, deixará o corpo e seguirá de acordo com a lei da reciprocidade para a planície que fez por merecer. A alma vivifica o ser humano. Se a alma dorme, o espírito não atua, o corpo perambula pela vida perdendo tempo. Colherá tudo que semeou, podendo chegar à autodestruição de sua identidade, ou plenamente desenvolvido, alcançar o reino espiritual.

Muitas coisas afetaram a sustentabilidade do planeta torpedeada pela ganância. Trágicos eventos internos arrebentaram mecanismos naturais que deveriam ter recebido todos os cuidados. Eventos externos, como o aumento da temperatura do Sol, não podem ser descartados. A conciliação do homem com a natureza tem de ser feita no planeta todo, de norte a sul.

O livro Covid – 19 O Grande Reset (Schwab e Malleret, Editora Videeditorial) apresenta mapa das interconexões de riscos atuais, com ênfase na economia. Podemos também enxergá-lo como pontos de acumulação ou mapa dos fios do destino tecidos pelas ações dos seres humanos, o semear. A interdependência, a velocidade e a complexidade estão presentes nos acontecimentos em aceleração que podem causar distúrbios; no entanto, os pesquisadores não sabem prever exatamente quando ocorrerão eventos críticos, ou seja, a colheita boa ou má. O que chamamos de mundo mutável resulta da pressão aumentada da força natural que está acelerando as consequências das decisões dos seres humanos com desencadeamento rápido, o que atua como higienização e advertência para eliminar o superficialismo e imediatismo.

Algo novo deve surgir. Um novo mundo terá de respeitar as leis da Criação, colocando de lado as leis erradas inventadas pelos homens para atender a seus propósitos egoísticos. A Luz da Verdade há de brilhar como sempre deveria ter brilhado sobre a humanidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

ALGO VAI ACONTECER?

Os seres humanos receberam a Terra para um tempo de aprendizado, para fortalecer o espírito. Reconheciam a natureza como doadora e os entes da natureza, servos do Criador. Predaram a natureza, fonte da riqueza, criaram o dinheiro de papel e dominaram o planeta achando que estavam no comando, mas a natureza e seus entes agora mostrarão a sua força.

A situação mundial é grave, pois estamos diante de uma fase de transformações aceleradas e é triste ver o despreparo de grande parte da população induzida a um viver puramente instintivo: comer, beber, se divertir, afastado da verdadeira essência humana. Falta o preparo para um viver compatível com a espécie humana, situação que vem se agravando, uma vez que as pessoas estão se afastando da realidade da vida. “Os maus, sem dúvida, compreenderam algo que os bons ignoram”, segundo o cineasta Woody Allen. Mas isso não os livrará da colheita de tudo que semearem.

Ao antigo sistema de trocas foi introduzido o dinheiro intermediando, dando impulso ao comércio e produção visando ganhos. Moedas metálicas e papel moeda. Se o metal limitava a produção de moedas, o papel moeda é maleável em sua fácil impressão. Aqui o diabo fez a festa ao se produzir dinheiro do nada, um maravilhoso privilégio. Mas, por conta disso, surgiram vários inconvenientes, a começar pela inflação que é a perda do valor de compra, e a ampliação na desigualdade de participação no bolo, dando margem ao surgimento da pobreza absoluta e ao desequilíbrio monetário. O instrumento empregado para corrigir é a taxa de juros, que inibe o aumento da inflação, mas também causa desequilíbrios. Vamos tentando até encontrar melhor solução.

Quando se abate uma desgraça, geralmente rola o dinheiro público. Um maná de riqueza que vai para mãos duvidosas. O que farão? Atenderão às necessidades prementes da população, ou darão um jeito? Demonstrativos, comprovantes, podem ser obtidos. Quando há dinheiro extra tudo se facilita, gerando o desapontamento com gestões maldosas e oportunistas.

Irresponsavelmente os seres humanos querem levar vantagens causando prejuízos a outros. Um acúmulo de erros que ocorre não só no Brasil, ou seja, a secular displicência com as contas públicas, falta de seriedade, gastos inúteis não prioritários, desperdícios e desvios. Chegou no ponto crítico, já que a dívida se sobrepõe e não cede. Esse é o ponto a ser tratado objetivamente. Muita teoria nada resolve. O mundo está cheio de defeitos criados pelos homens. Por quê? Porque não percebem como a nossa passagem é efêmera, e como as condições do corpo e da mente se alteram com o passar do tempo; mesmo assim raramente buscam se inteirar do real significado da vida e das leis que a regem.

O futuro sempre deveria ter sido de progresso pacífico e evolução. A paz entre os homens depende da boa vontade, aquela que quer viver respeitando a lei máxima de não causar danos a outros seres humanos para satisfazer as próprias cobiças. Somos todos peregrinos em busca da Luz, algo esquecido pelos milênios de vaidades.

Uma das consequências desse modo de agir e pensar é o conflito entre Ucrânia e Rússia que se alonga mais do que se podia esperar. Além disso, há várias questões pendentes: o dinheiro, o trabalho, a educação, o sistema eleitoral. Na confusão existente parece que há uma perda de controle. Tudo no mundo ocorre de forma imprevista. O que será que vai acontecer no sistema eleitoral? E com o dinheiro, a renda, o trabalho?

O Brasil está recebendo uma enxurrada de dólares, seja pela taxa de juros, ou pela especulação com ativos que ficaram abaixo do valor, mas será terrível se resolverem ir embora todos ao mesmo tempo. Há muito burburinho sobre o dólar americano, a moeda reserva. O que vai acontecer com ele? Será confrontado por alguma moeda nova? Será substituído pela implantação da moeda mundial? Resistirá e permanecerá como a moeda que faz girar a economia mundial desde o pós-guerra?

Vale lembrar que o dólar de prata foi instituído pelo governo americano em 1792. Depois veio o FED, em 1913. No pós-guerra, a libra foi substituída pelo dólar Breton Woods, que permaneceu dominante pelo mundo mesmo após a ruptura de 1971. O dólar americano poderia ser uma moeda permanente, mas abusos do governo ocorreram pelo relaxamento com o crescimento da dívida e formação de bolhas especulativas que fizeram tremer os alicerces. Falam em nova moeda, mas com isso os Estados Unidos passariam a ser uma nação dependente como as demais? Quem controlaria a moeda a ser criada? Que condições imporiam à humanidade? Seja como for, o que todos necessitamos é de uma visão de melhor futuro compartilhada por todos os povos.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O DINHEIRO E OS BOMBEIROS

Tudo caminhava, embora aos trancos e barrancos. A pandemia deu uma travada. Dois anos depois começaram a aparecer os buracos que foram se desenvolvendo no setor imobiliário, nas bolsas, no comércio. A pandemia acarretou um choque de realismo eliminando superficialidades. Com isso, muitas famílias aproveitaram para planejar melhor os gastos. A economia ainda vive uma fase de ilusões que se opõe à necessidade de poupar, de fazer uma reserva. Restou um certo desânimo na população e nos empresários que tiveram redução de vendas e lucros.

Como atravessar os abismos abertos? Os governantes do Brasil têm imposto o imediatismo em tudo e o país não evoluiu como poderia, nem as famílias, e o PIB ficou inconsistente. Necessitamos de um PIB satisfatório para o atendimento das necessidades e para favorecer o progresso. Teria o abismo econômico ficado maior do que o esperado?

O dólar tinha boas condições de ser a moeda mundial, mas a interferência das ações especulativas minaram a sua imagem, gerando descontentamentos gerais, surgindo a percepção de se tratar de um privilégio exorbitante, um enorme poder que exige responsabilidade e bom senso para evitar ações unilaterais de confisco e descrédito. As divergências devem ser aparadas para que o conflito econômico-financeiro não avance para outras esferas. No entanto, diante das moedas existentes, o dólar está situado como a mais adequada para as finanças internacionais.

O dinheiro se tornou o componente básico da economia e da vida. Os bens em geral, para se transformarem em dinheiro, requerem uma fase de preparação e da reunião de componentes e montagem para estarem disponíveis. O dinheiro tem produção instantânea com influência imediata sobre a economia, por isso mesmo exige bom senso e responsabilidade para assegurar o equilíbrio e o bom funcionamento econômico. A displicência e demagogia com o dinheiro tem acarretado muitos problemas para a humanidade e miséria também. Os homens querem o privilégio de ter o controle do dinheiro para poderem controlar tudo.

O capitalismo de estado introduziu um forte dirigismo da produção de bens. O capitalismo financeiro democrático está fortalecendo os Bancos Centrais que aumentam sua influência no mercado financeiro através de sua capacitação de criar dinheiro, mas devem ser cautelosos para não se enredarem com o aumento dos riscos. O capitalismo de estado conseguirá atuar no dirigismo monetário? O que poderá surgir desse confronto? Os BCs são como os bombeiros que apagam os incêndios e devem ser cautelosos com o uso de combustível. Quem poderia imaginar que o dinheiro se tornaria essa coisa com volatilidade diária?

Os reis não precisam seduzir os eleitores para assumir o posto. Será que precisam convencer alguém que estão aptos? Atualmente, as eleições se tornaram circo, vence quem consegue fisgar os eleitores usando de todos os meios que o dinheiro possibilitar, apelando para o lado emocional para arrebatar sentimentos, mantendo a distração com mentiras e invencionices.

O reinado vem do berço, qual o fundamento? Monarquia ou república, qual a diferença? Em qual delas a população evolui continuamente vivendo em paz e felicidade? Cada povo tem o governo que merece. Estaria ocorrendo uma transformação mundial que eliminaria a soberania interfronteiras acabando com os sistemas eleitorais?

Os indivíduos têm de se tornarem verdadeiros seres humanos, não se restringindo ao básico: comida, bebida, prazeres e procriação. Poder e dinheiro formam a base onde se apoia a sociedade, e para distrair a atenção tudo é intermeado por relações sexuais. O sexo é o enigma, a motivação, que mantém muitos seres humanos obcecados, como se fosse a única finalidade da vida. O animal cumpre o seu papel, mas o homem, em vez de evoluir está regredindo.

O estudo da economia tem de levar em conta a história econômica, o que aconteceu e por quê. O mesmo vale para o tempo presente, o que está acontecendo nas questões essenciais, como produção, comércio, mão de obra, consumo, dinheiro e sua criação, juros e câmbio, bolsas, especulações, e o equilíbrio entre as nações. Não bastam os modelos matemáticos, é preciso entender por que há tanta miséria pelo mundo, fome, inflação. E então, usar a intuição e o cérebro para projetar um futuro melhor e evolução para a humanidade hospedada no planeta.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A JORNADA DA HUMANIDADE

As sementinhas – os germes espirituais – haviam se formado no limite da Irradiação da Luz. Não dispunham de forças para ir em frente, mas tomava corpo o impulso inconsciente para o despertar. Naquele local em que se encontravam eram frágeis, não tinham força, teriam de ser afastados para longe para o fortalecimento, pois só assim poderiam retornar para casa fortes e autoconscientes.

A irradiação da Luz ia até ao extremo da região espírito-enteal e retornava. Teve início o grande processo do Faça-se a Luz, a Criação Posterior, o Amor de Deus possibilitando a grande jornada das sementes espirituais. Para isso a força da Luz teria que avançar além dos limites, dando origem à Criação. Assim surgiram os sóis e os planetas tendo como patrono o Filho do Homem.

As sementes com forte impulso próprio eram expelidas para além, para outros ambientes onde iam recebendo os presentes das fadas que ofertavam as vestimentas adequadas. No trajeto, seguiam o impulso, definindo sua forma de atividade, positiva masculina, ou passiva feminina. Ambas fortes, porém, diferentes na forma de atuação.

Enquanto isso formava-se a estrela Terra, onde pela força da irradiação toda matéria evoluía preparando a vestimenta, a alma e o corpo terreno. Surgiram os primeiros seres humanos encarnados para evoluírem, dotados de livre resolução, intuição, intelecto e cérebro para raciocinar, dando início à grande jornada. Tinham a tarefa de captar energia espiritual e aplicá-la em suas realizações.

Milênios se passaram, o espírito foi moldando o corpo humano belo e sadio, até chegar o momento em que o raciocínio alcançaria o estágio de amplo funcionamento para auxiliar a realização de seu puro querer no mundo material. O intelecto é algo espantoso que concede o poder de raciocinar, planejar, reunir os recursos, construir, embelezar e beneficiar a Terra, o lar no mundo material.

Afastados do saber das leis da Criação formadas pela Vontade de Deus, os seres humanos transformaram o maravilhoso planeta numa panela de pressão que vai aumentando, tendendo para o limite. Medo, ódio e revolta são sentimentos que vão ganhando corpo. Os servidores das trevas se aproveitam, semeando caos, o dia explosivo da desforra.

A Jornada da humanidade se iniciou com a descida dos germes espirituais para a matéria. Milhões de anos se passaram. A jornada saiu da rota, mas está se aproximando do ponto de ruptura. Os germes espirituais deveriam estar desenvolvidos, fortes e luminosos. Muitos se perderam no mundo material, não dando chance para que o espírito pudesse se fortalecer, acorrentando-se ao perecível mundo material.

Quando chegar ao ponto de ruptura, aqueles que saíram da rota por vontade própria e sem terem aproveitado o tempo concedido, serão separados. Não poderão passar para a fase seguinte, mas a matéria na qual estão aderidos será triturada, retirando a individualidade e autoconsciência alcançadas pelo germe espiritual, que será recolhido à sua origem e desprovido da forma humana. A ruptura está no ar, mas poucos querem saber qual é o seu gravíssimo significado. Havia muitas esperanças. Muitos seres humanos buscavam algo mais do que prazeres e o atendimento das necessidades básicas. Mas, ao mesmo tempo, crescia a mania de grandeza e a cobiça por poder.

“Vigiai e orai”. Cada novo dia traz a oportunidade para um novo movimento espiritual na direção do progresso. Com Amor e Justiça a Luz cumpriu! No entanto os seres humanos se mantêm na dormência. Nem duas guerras mundiais conseguiram o despertar da indolência espiritual. Estamos vivendo num ambiente saturado de coisas ruins. Sem gratidão pelo pão, não pode haver felicidade. Nos anos 1930, Abdruschin apresentou a Palavra de Deus, trazida anteriormente por Jesus, sob nova forma, na obra “Mensagem do Graal”, ofertando para a humanidade a explicação sobre a Criação e suas leis, e o significado da vida, com novas revelações. “Procurai, e encontrareis! Pedi, e vos será dado! Batei, e vos será aberto!” (Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, Abdruschin -Não se trata de nova religião).

FIM DO TEMPO

Os seres humanos foram perdendo a percepção de que não passam de simples criaturas com a permissão de viver para evoluir. Deveriam ter alcançado o saber dos princípios universais, isto é, as imutáveis e perfeitas leis da Criação que regem a vida e o aprimoramento do espírito para que, voltados para o bem, se elevem. Alma, intuição, cérebro e raciocínio, tudo integrado e voltado para a melhora das condições gerais de vida e aprimoramento espiritual da espécie humana.

Por que a população não para de crescer, estando em torno de oito bilhões de almas encarnadas necessitando de alimentos e das coisas essenciais para viver no planeta? Poucos pensam no Criador com gratidão. O principal inimigo do homem é o próprio homem por ter se afastado do saber e respeito às leis da Criação.

As nações foram perdendo espaço na economia globalizada com o endividamento e desvalorização das moedas. A produção industrial foi sendo centralizada na Ásia, principalmente na China. O caos vai se instalando nas cidades superpovoadas com aumento da pobreza, doenças, desemprego e problemas no abastecimento de água potável e alimentos. As cidades vão inchando, tornando-se inviáveis para todos. A liberdade de poder fazer o que bem quiser está findando para o ser humano, sendo substituída pela introdução de rígidos regulamentos.

Mais de quatro milhões de anos foi o tempo necessário para que o planeta adquirisse as condições de vida e sustentabilidade, o mundo perfeito, através do funcionamento das leis naturais da Criação, ainda pouco conhecidas pela humanidade. O que prevalece hoje em dia é o domínio do materialismo e a negação do espírito e das imutáveis leis espirituais, seja no capitalismo ou no socialismo, ou mesmo nas diversas correntes religiosas. Romper a rigidez da lógica materialista e sua pressão avassaladora sobre a consciência, e os conflitos gerados por ela, depende de cada indivíduo e de sua vontade de se tornar consciente da realidade espiritual.

Foi interposta uma densa cortina, dificultando a visão clara da vida e seu significado para que os indivíduos sejam mantidos espiritualmente estagnados. Há no mundo um ordenamento geral. São as leis naturais da Criação: gravidade, atração da igual espécie, reciprocidade, equilíbrio e movimento. Tudo funciona harmoniosamente. O ser humano dispõe de livre resolução, mas deveria reconhecer e se enquadrar no movimento geral para construir progresso e evolução, mas insiste em agir puerilmente em oposição, semeando desordens e destruição para onde quer que se olhe.

Nos últimos 200 anos, os humanos tomaram muitas decisões inadequadas. As potências dispõem de armas modernas destrutivas. Mas as consequências das decisões vão surgindo de forma avassaladora. Os resultados são imprevisíveis, pois os homens podem tomar decisões, mas quando surgem os resultados pouco podem fazer, tendo de arcar com as consequências de seus atos. Já há uma guerra perigosa na Europa, além disso há uma guerra verbal entre os dirigentes dos EUA, Ucrânia, Rússia e China. O tom e agressividade das palavras assustam, a língua afiada também poderá se tornar um detonador. Por mais planejamento que possa ser feito, as consequências são imprevisíveis, mas a humanidade continua sem atentar para o que se passa à sua volta.

Há longo tempo os seres humanos vêm se enredando no mundo material, deixando o espírito estagnado e incapacitado para prosseguir sua jornada, sendo obrigados a sucessivas encarnações em corpos terrenos para que pudessem corrigir os erros e se elevarem, mas como consequência as condições gerais de vida vão ficando piores a cada nova geração. Ocorre que a possibilidade de receber um novo corpo está terminando com o Final do Tempo concedido para a evolução do espírito, ou seja, de um determinado momento em diante não mais poderão voltar para a Terra num corpo, rumando para o desconhecido Dia do Julgamento Final. Mas não será o fim de tudo e sim um processo natural de restauração e recomeço para os seres humanos que perceberem, enfim, que sua essência é espírito e não a matéria perecível na qual se aprisionaram. O mundo precisa da paz e boa vontade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br