O PARQUE DE DIVERSÕES

Este é um momento decisivo da humanidade que pouco se esforçou para conhecer o significado da vida e sua finalidade principal, e agora entrou num labirinto onde não encontra a saída. Mas quantos querem realmente achar a saída? Quantos só pensam em um regresso à forma frouxa de viver, só buscando comida, bebida e prazeres, como se a vida não fosse nada mais que um passeio num parque de diversões.

O ser humano não é como os animais sem livre-arbítrio; embora seu corpo seja de origem animal com órgãos reprodutores, é espírito. No pós-guerra surgiram as grandes instituições criando esperanças de um mundo mais humano, mas as guerras prosseguiram, os países se endividaram, a especulação tomou conta, fecharam as fábricas e foram produzir na China, pagando uma fração do salário do ocidente e promovendo a precarização geral. Cada indivíduo tem de se tornar verdadeiro ser humano, pois sem isso o caos nos aguarda.

É preciso verificar a realidade. Para o lobo homem, geralmente em pele de cordeiro, o que vale é obter o que ele cobiça. Em décadas de desfaçatez, engessaram o gigante. O Brasil tem de dar uma guinada através do querer, da força de vontade e ações de seu povo e governantes. É preciso encontrar a fórmula de produzir mais, empregar mais, educar mais; sem isso a pobreza só aumentará.

Reis e sacerdotes falharam na condução dos seres humanos, e veio a república que foi contaminada pela corrupção e cobiça de poder. Na falta de estadistas sérios, empenhados na melhora das condições gerais de vida no planeta e no bom preparo das novas gerações para a vida, o Estado cai na mão dos corruptos que arruínam tudo, ou na dos tiranos que acabam com a liberdade e a força de vontade da nação, e tudo vai estagnando pela falta do movimento voltado para o bem geral, para um viver sadio e alegre, em atividades construtivas e beneficiadoras.

Uma questão que tem mobilizado a opinião publica é a aprovação do fundo eleitoral elevado pelo Congresso para R$5,7 bilhões para financiamento da campanha eleitoral de 2022. Seria isso a busca de compensação pelas perdas havidas com o crescente cerceamento de negociatas nos ministérios e nas estatais? Se o governo vai fechando as torneiras do dinheiro fácil na administração do país, logo surgem outras de larga vazão do dinheiro público, para benefício da casta que se aboleta no poder para obter o máximo de vantagens, deixando de cumprir seu dever para com o Brasil e sua população.

A natureza é o mais belo presente que a humanidade recebeu. Dela obtém-se a água que a tudo sustenta e os alimentos para conservação do nosso corpo. Com inteligência e capacidade de transformação, conseguimos grandes avanços, mas a um custo muito grande para o planeta. A forma como exploramos as riquezas naturais, a falta de consideração para com o semelhante, e a quantidade de lixo que geramos chegaram a um limite perigoso, ameaçando não apenas as várias espécies animais e vegetais, como também a nossa própria sobrevivência. Os homens no poder e a humanidade em geral têm subestimado a força da natureza, julgando-se superiores, sem atentarem para as leis naturais.

A natureza está enviando seus recados em forma de catástrofes. De todas as formas chegam os sinais de que o viver na Terra seguiu por caminhos errados. Acontecimentos drásticos apontam para a necessidade de reconhecimento e mudanças. As leis naturais ou leis cósmicas do Criador, que a tudo regem, trazem de volta a colheita do uso do livre-arbítrio e dos talentos inerentes ao espírito humano, destinados ao aprimoramento da espécie humana. São o balanço contábil; a verificação do resultado das ações, e assim, naturalmente, as leis do Criador recebem um reforço, e tudo vai acontecendo cada vez mais aceleradamente.

O espírito foi encaminhado para a matéria grosseira para reconhecer a sua origem e se tornar forte, mas tinha de domesticar a vontade egocêntrica que se forma em seu cérebro, pois se não fizer isso se torna fraco e dominado, cego e surdo, para que não procure seriamente a Verdade e o reconhecimento do Criador e suas leis e, fatalmente, caminhará para ruína por vontade própria em vez de alcançar um viver abençoado.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *