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DECADÊNCIA OCIDENTAL OU MUNDIAL?

Há muitos fatos que atestam a decadência do ocidente que está perdendo espaço na luta pelo poder. Mas todo o nosso mundo se transformou no vale de lágrimas da decadência humana. É o mundo construído após a voz do espírito ter sido deixada de ser ouvida, assinalando a erosão dos valores espirituais, morais e culturais. Querem restabelecer a ordem à força, cortando a liberdade e a individualidade; mas sem o reconhecimento da realidade espiritual da vida o declínio não será detido. O ser humano nasce para evoluir e ser um beneficiador do mundo.

O final da sangrenta segunda guerra acenou com a promessa de paz, mas as cobiças dos homens permaneceram. O mundo vive a nova tragédia transformada em circo. A questão básica é que as nações possam gerar emprego, renda e condições gerais de vida satisfatórias sem se tornarem reféns das dívidas.

Com a globalização, o Brasil voltou a ser fornecedor de commodities e as condições de vida caíram no caos. Que o país não se transforme amanhã na caótica Argentina. Dá para evitar? Enquanto os EUA se defrontam com déficits extrapolando os limites de endividamento, a China ostenta volumosa reserva de mais de três trilhões de dólares como trunfo geopolítico.

O cenário econômico foi desbalanceado. Os povos deveriam ter equilíbrio em suas relações. As riquezas naturais ficaram concentradas quando deveriam ter permitido a melhora das condições gerais de vida. Veio o dinheiro em papel e com ele as bolsas que, antes de olharem para os investimentos, deixaram os ativos em continuada inflação que atraem aplicações especulativas. Os investimentos estão paralisados. O desequilíbrio vai agravar tendendo para a estagnação secular. Os Estados-nação endividados terão dificuldade para superar as pressões financeiras, de segurança, sanitária, alimentação e outras. Faltarão gestores a altura dos desafios. É essa a realidade a enfrentar.

Pessoas simples confiavam no dinheiro, mas em muitas oportunidades foram desapontadas vendo seu capital ser corroído por medidas que visavam sanear os abusos, os quais beneficiaram alguns. O dinheiro e o poder se tornaram a prioridade. A atividade sexual desenfreada se tornou o escapismo das massas aflitas com baixo poder aquisitivo. Agora há o cansaço, a superpopulação, a crescente necessidade de alimentos, a luta pelo domínio das riquezas naturais. O dinheiro controlado digitalmente em seus movimentos cria, na prática, a fase final do processo desenvolvido há dois séculos. Haverá ganhadores? Quem serão os perdedores?

O Brasil está criando o DREX, o dinheiro digital com nome estranho. O X já substituiu o engraçadinho pássaro do Twitter. Vamos buscar um nome melhor, pois o X não carrega boas impressões. Os Bancos Centrais, além de controlarem o dinheiro, vão controlar tudo que o cidadão comum fizer com ele? Democrático? Com pouco dinheiro o pessoal já está “Durex”.

Estamos enfrentando a grave questão da saúde psíquica e mental. No passado, os pais tinham tempo para dar esclarecimentos às crianças, mas hoje está difícil. Sem esperanças no mundo, sem uma base firme e propósitos de vida, os jovens vão decaindo, perdendo a fibra. São seres humanos que precisam se fortalecer e estarem aptos para enfrentar o futuro. Um drama de segurança pessoal e nacional.

São sintomas da decadência geral. Aumentam os crimes e outras ações maldosas, isso em grande parte decorre devido à falta de bom preparo para a vida. As mães e avós faziam isso, mas hoje as crianças ficam sujeitas ao que a escola ensina. Pelo visto pouco ensinaram. As pessoas estão ansiosas, sem paciência, sem bom senso, o que se reflete na forma de agir e de dirigir. Falta consideração e respeito às mínimas regras de boa convivência.

As novas gerações estão desaprendendo a fazer uso das palavras da língua mãe. Que pobreza de vocabulários! Que raciocínio confuso! Que pensamentos desordenados. E as continhas elementares, mal sabem somar algarismos representativos de dezenas. Que futuro terão esses jovens estudantes? Que tipo de cidadãos estão sendo formados? Que futuro terá a nação e o mundo?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A FANTASIA SE DESFAZ

Para onde caminha a humanidade? Crise financeira. crise nos empregos, na energia e nos alimentos. Há muitas dificuldades graves que tendem a aumentar e uma desordem geral. Não sabemos para onde a coisa vai. Os Estados-nação não vão aguentar as pressões financeiras, de segurança, sanitária, alimentação e outras. No mundo faltarão gestores a altura dos desafios. O mundo da fantasia e ilusões tende a se desmanchar. Algo vai acontecer. O que será e quando?

As pessoas estão simplificando o seu modo de viver. Está ficando difícil para quem depende do salário. Vamos ter uma remodelação econômica mundial? Ou a vida ficará mais difícil? Como dar vazão à produção de bens que acena com encalhes, enquanto a de alimentos ameaça cair?

A Inteligência Artificial (IA) poderá acelerar o processo destrutivo iniciado pelo homem. Esse é o grande temor daqueles que estão vendo a realidade. Na IA falta o sentimento intuitivo orientador proveniente da alma que deu vida a tantas obras de arte. Hoje procura-se atender aos anseios do cérebro e nisso a IA será imbatível, e de resto estará contribuindo para o engessamento da intuição daqueles que não se esforçam por mantê-la ativa.

A cobiça e a inveja pelo que o outro tem e aparenta ser deixam muitas pessoas aflitas por acharem que isso não é justo, argumentando que elas próprias é que deveriam estar naquele lugar festivo. Então permitem que o mal as domine com pensamentos de medo e ódio, e se aprisionam aos erros. Assim vão gerando conflitos e guerras pelo mundo, mas tais pensamento não ficarão impunes.

O final da sangrenta segunda guerra acenou com a promessa de paz mundial, mas as cobiças dos homens permaneceram. No século 21 o mundo vive a nova tragédia da humanidade transformada em circo.

O dinheiro e o poder se tornaram a prioridade. A atividade sexual desenfreada se tornou o escapismo das massas aflitas. Agora há o cansaço, a superpopulação, a crescente necessidade de alimentos, a luta pelo domínio das riquezas naturais. Os avanços na tecnologia se prestaram à manipulação das massas e para a destruição. Como diria Cassandra: “Aí de ti humanidade que não soubeste administrar a casa que o Senhor vos concedeu para o aprimoramento espiritual. Semeaste decadência, matança e destruição”. O que poderemos esperar da colheita?

O homem tem destruído muitas coisas, poluído rios, secando mananciais, derrubado as matas, transformando tudo num áspero chão de concreto, ou aglomerados de moradias precárias. Toneladas de gás carbônico são lançadas; a energia nuclear foi aperfeiçoada como arma. Distante, o Sol escapa da sanha destruidora. Sobre ele não temos nenhum controle, e quando a situação está ruim ele lança chamas de hidrogênio em elevadas temperaturas esquentando tudo mesmo.

O que é o ser humano? De onde veio? O que é a vida? Dada a transitoriedade do corpo material animado pela alma, a resposta certa é: espírito que, através da alma, é encarnado no corpo humano no meio da gestação. A finalidade da vida é adquirir autoconsciência, ser um beneficiador da Criação como intermediário entre o espiritual e o material. Mas há muito tempo isso foi abandonado. Se não cumprirmos o nosso papel, perderemos a condição de ser humano porque o espírito não atua como deveria e ao contrário de beneficiar, produz o caos.

O nascimento é a reencarnação para sanar falhas, evoluir, ascender ao reino espiritual. Presos à Terra vão encontrando condições cada vez mais difíceis e se desanimam da vida. Muitos não se incomodam, pois no além é ainda pior. A vida num corpo é para ser aproveitada e descobrir a causa dos sofrimentos, evoluir, ser feliz. A vida tem elevada finalidade, não a desperdice com erros e ignorância, busque a Luz da Verdade, aprenda, seja feliz!

Para produzir bons frutos, os pensamentos devem estar voltados para o bem geral. Diz o versículo (8.32) em João: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará!” Os fios do destino nos trouxeram para este maravilhoso Brasil nesta época de transformações universais. Os seres humanos têm de sair das fantasias e passar a viver a realidade. Eis o nosso brado de alerta com plena convicção: “Conhecereis a Luz da Verdade e Ela vos libertará!

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

GANÂNCIA E PREPOTÊNCIA

Os chefes de Estado presentes à Cúpula Celac – União Europeia 2023, realizada na Bélgica, reconheceram e lamentaram profundamente o sofrimento incalculável infligido a milhões de homens, mulheres e crianças como resultado do comércio transatlântico de escravos. A escravidão e o tráfico de escravos foram tragédias terríveis na história não apenas por causa de sua barbárie abominável, mas também em termos de sua magnitude, natureza organizada e, especialmente, sua negação da essência das vítimas, e que essas práticas são um crime contra a humanidade.

No geral, os ganhos com o trabalho escravo foram transferidos para a Europa, praticamente nem permaneceram na América Latina. A fidelidade ao solo do nascimento implica ligação afetiva com a terra e, consequentemente, com contribuições espontâneas para a melhora das condições gerais de vida, mas isso não significa comunismo ou coletivismo.

As empresas passaram a operar em escala mundial, quer dizer, sem pátria, e muitas pessoas fazem o mesmo. Aqueles que deveriam cuidar do seu pedaço se mostram displicentes; os que estão distantes não têm empatia. Mas o planeta é um, composto de vários povos e regiões que apresentam diversidade; a uniformidade suprime isso. Como consequência, a riqueza auferida numa região traz poucos benefícios a ela e a seu povo.

A tragédia de um povo é quando as pessoas, em vez de receberem aprimoramento, são deixadas ao abandono, sem bom preparo para a vida, sem vontade forte para progredir como ser humano, sem capacidade para interpretar textos simples e fazer pequenos cálculos. Dessa forma está feito o declínio tipo colonial que resulta num povo atrasado e a serviço de interesses externos, repositor de commodities para os povos desenvolvidos de melhor renda, e nisso os governantes têm grande parcela de responsabilidade.

Assim como um prédio que tem um andar sobre o outro, a economia segue o mesmo impulso dinâmico levando à produção agropecuária, criação de fábricas, lojas, escritórios e moradias que ampliam a arrecadação. Agora se dá o contrário; cada coisa desativada provoca efeitos em outras, num impulso reverso. É um grande desafio que atinge empresas, governantes e pessoas em geral, requerendo ações especiais que possam deter a estagnação. Os EUA tinham o modelo que colocavam o homem como objetivo. A coisa desandou. Hoje a máquina vai tomando o lugar do homem. Como será a vida e o trabalho de mais de 90% da população?

O aumento da produção em uma região tem a ver com a competição globalizada. Quando uma região aumenta a produção, reduzindo o preço, acarreta um encalhe na produção de outra que não consegue competir. No passado distante, a prioridade era a melhora das condições de vida, o que se refletia nas ciências que se mantinham mais próximas da natureza. Hoje se abstraíram do ser humano. Kishore Mahbubani, ex-presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, destaca que “enquanto o ocidente dormia acalentando a sensação de comando global, a China acordou e revolucionou a economia.”

A China se tornou a fábrica do mundo e tem a sua economia fundada nas exportações; acumulou caixa alta e agora está investindo em outras nações. O que aconteceria se o processo de globalização com portas abertas e tarifas baixas sofresse uma parada e retrocesso?

O mundo da fantasia e ilusões tende a se desmanchar na pós-pandemia. Isso já está afetando o comércio de ostentação. As pessoas estão simplificando o seu modo de viver. O que virá pela frente? Vamos ter uma remodelação econômica mundial? A vida está ficando difícil para quem depende do salário. Que alterações essas mudanças poderão provocar? A vida ficará mais fácil ou o aperto tende a ser maior? Como dar vazão à produção de bens que acena com encalhes, enquanto a de alimentos ameaça cair?

Para produzir bons frutos, os pensamentos têm de estar voltados para o bem geral. Os espíritos humanos foram encarnados em diferentes raças. A escravidão foi o terrível exercício da ganância e prepotência. O irônico é que um branco astuto e de mau caráter poderá ser reencarnado em uma atrasada tribo africana e vice-versa. Com certeza, as populações arrancadas da África teriam tido melhor evolução se lá tivessem permanecido.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

CRISE FINANCEIRA MUNDIAL

O viver vai se tornando cada vez mais rasteiro e medíocre sem as aspirações nobres que dignificam o homem. O planeta enfrenta situações de extrema gravidade e penúria para a população em geral. A humanidade não se preparou adequadamente para a vida. Hora de abrir os olhos e ver o que é realmente essencial.

A pós-pandemia está apresentando as incoerências do sistema, mas como será o futuro? Quanto mais a população emburrece, mais o Estado vai concentrando o poder. Quanto maior a concentração de poder, maior o desperdício e despotismo. A indolência dos seres humanos está gerando o Estado que tudo abrange e tudo determina para a massa que esqueceu a que veio, qual a finalidade da vida.

A elite mandante não dorme. Substituições no exercício do poder têm sido a norma. Assim como aconteceu com o poder religioso, da nobreza, dos reis com poder absoluto, tudo foi sendo alterado, passado para outras mãos. Chegou-se ao Estado-nação, com a classe efetivamente mandante meio oculta e poucas melhoras nas condições gerais de vida da humanidade. Já no século 20 percebeu-se que o Estado-nação possibilitou o ingresso de máfias no controle. A atual elite no poder formal poderá ser a próxima a ser recolhida através da eliminação das fronteiras. A classe mandante poderá sair do refúgio oculto mostrando a sua cara com a promessa de construir um mundo melhor; mas sem que haja respeito às leis da Criação, isso não será possível.

No passado, Pedro II tinha um plano de progresso para o Brasil, mas foi deportado. Com raros momentos de evolução, a nação permaneceu no atraso. Atualmente, as desgraças apontadas são efeitos da displicência governamental e empresarial. As fábricas foram detonadas. As contas públicas ficaram deficitárias. A educação decaiu. A globalização fortaleceu o setor primário da economia criando novo tipo de colônia. O mundo se contorce nos desequilíbrios. Faltam produção, empregos, educação, progresso.

Nos anos 1960, o pós-guerra estava mudando tudo; as novas gerações estavam descontentes com Tio Sam, pois queriam algo mais além do rock & rol de Elvis. A criatividade de Zé Celso em Os Pequenos Burgueses; a nostalgia das canções de Chico Buarque; tudo bem montado. Semearam descontentamento e insatisfação. Veio a crise da dívida externa e o plano real. O Brasil afundou na ignorância e miséria. O que querem as novas gerações do século 21?

Atualmente no Brasil os estados e municípios arrecadam os tributos de sua competência, exercendo diretamente fiscalização e acompanhamento. Como isso vai funcionar com o novo modelo de tributação em tramitação no Congresso? No que tange aos empregos, uma parcela já se sente fora do mercado, especialmente a composta pelos jovens entre 15 e 25 anos, isto é, aqueles que nasceram em torno do ano 2000. Mas a displicência dos governantes é anterior, descuidaram do bom preparo das novas gerações, deixando de criar oportunidades de trabalho e adequadas condições de vida em conjunto com a iniciativa privada. Sem isso, a população vai caindo na humilhante pensão proposta pelos governos, sem progredir e evoluir como deveria ser esperado.

Muito se fala da crise financeira de crédito que está chegando. Que consequências poderá provocar? Dentre os fatores de dificuldades apontados pelas empresas, o mais grave e sintomático é a queda nas vendas, o que aumenta o risco, elevando juros e reduzindo os prazos. É necessária uma investigação para buscar a causa da queda nas vendas, pois o sistema está encolhendo, empresas desaparecendo, empregos diminuindo, a classe média se reduzindo, permanecem só os grandes que operam em escala mundial.

O Criador enviou Jesus, essência divina, num corpo humano para auxiliar e orientar a humanidade que afundava nos erros e ignorância, trazendo a lei do Amor, a de não causar sofrimentos ao próximo para satisfazer a própria cobiça. Jesus teve como principal opositor a classe sacerdotal que temia a perda de privilégios, pois o Filho de Deus esclarecia que não há necessidade de intermediários entre a criatura humana e seu Criador, devendo, para evoluir e ser feliz, permanecer com o espírito desperto, atenta a tudo, refletindo e examinando os fatos objetivamente para compreender amplamente o funcionamento das Leis da Criação que regem a vida e tudo o que foi criado.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O ALVO DA HUMANIDADE

A obra da Criação foi ofertada aos seres humanos para o seu desenvolvimento espiritual em paz e progresso, mas estes acorrentaram-se ao mundo material julgando-se seus donos. O que a humanidade deveria ter aprendido com a pandemia iniciada em 2020? O homem perdeu a naturalidade, ou seja, a própria essência, tornando-se artificial, do jeitão que construiu a máquina Inteligência Artificial (IA), artificial como ele próprio.

No terreno material, com certeza a IA vence o jogo, mas em confronto com o espiritual humano o que a máquina poderá fazer? Talvez a mesma coisa, isto é, continuar trabalhando para apagar a essência humana e dominar a sociedade que perdeu simplicidade, clareza e naturalidade – atributos essenciais do ser humano. As pessoas falam do espírito esclarecido, que são os dotados de bom senso e gratidão. Seria ingenuidade achar que muitas pessoas que falam desembaraçadamente sobre a vida prontamente acolheriam a Luz da Verdade com alegria na alma e sinceridade.

Estamos enfrentando uma fase de muitos abalos emocionais. As primeiras 24 horas são muito difíceis, mas há abalos que persistem no tempo, que deixam as pessoas sem vontade, sem iniciativa. É preciso ter um alvo, ir em frente, observar o querer interior que às vezes fica tão fraco que nem o percebemos. Sair do marasmo, ter um querer forte e ir atrás logo, ou seja, pôr-se em movimento em busca de um alvo, e assim ir caminhando pelos dias. Quanto mais para, mais parado fica. Às vezes é uma simples vontade, fraquinha, que a pessoa deixa passar. A vontade é expressão do querer, tem de ser examinada e gerar ação e alegria.

Fim de uma era? As livrarias não atraem as novas gerações. Acabou o encanto da transformação do homem que buscava saberes com independência. Hoje os caminhos rígidos que o cérebro percorre são inflexíveis como trilhas de circuitos eletrônicos. Qual será o futuro da espécie humana que caminha desanimada por ruas sujas com detritos?

As cidades americanas mostradas nos filmes são o sonho dos brasileiros, com ruas arborizadas, jardins sem muros, crianças nas escolas. Mas a desgraça é mundial, pois a espécie humana em vez de evoluir está regredindo; isso tem a ver com economia, cultura, espiritualidade. A prefeita de São Francisco, London Nicole Breed, fala sobre os problemas de sua cidade que ainda não voltou ao normal na pós-pandemia, com muitos moradores de rua e uso de drogas. “O vício precisa ser tratado sem leniência. Requer força, não tolerância”. Mas se ela visse o centro velho de São Paulo teria um choque. O materialismo, a crença no poder do dinheiro afastaram os seres humanos de sua essência, e aí o abismo se abre sem piedade.

O alvo econômico das nações é deter o poder econômico e militar. Tudo visa o acúmulo de riqueza, dinheiro corrente, ouro, empresas e papéis lucrativos, monopólio de produção e de tecnologia. Isso produz desequilíbrios, pois a economia deixou de estar voltada para o bem-estar e aprimoramento da espécie humana, e quando isso é deixado de lado o declínio é inevitável, seja na moralidade e ética e até no próprio ser humano, na sua imunidade, e no funcionamento do cérebro cujas engrenagens estão emperrando, uniformizando o pensamento das novas gerações, eliminando a individualidade e criatividade.

Através das teorias econômicas, as nações falam em “vantagens comparativas” para comparar diferenças de produção e comércio, baseando-se em um mesmo produto, o que parece razoável dada as diversidades regionais. No entanto, cada nação deve organizar oportunidades e o atendimento das necessidades básicas de seu povo, o que torna natural a troca, o comércio de bens diferentes, por exemplo, como sal ou açúcar.

Mesmo supondo que sejam bem administradas, é nesse contexto que se instalou o grande desequilíbrio entre as nações, enquanto algumas mal conseguem o equivalente para pagar o que importam, tendo até de contrair empréstimos para isso; outras produzem um excedente financeiro que as capacita a financiar e investir em outras nações, tornando-se dominadoras e impositivas. Como solucionar o impasse de forma que cada nação que se esforça tenha possibilidade de progredir e não ficar para sempre dependente de outras? Então, não seria isso o alvo adequado para a humanidade?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

A TRANSFORMAÇÃO UNIVERSAL

Há muitas questões que preocupam a humanidade: mudanças climáticas, água potável, alimentos, empregos. Agora também o dólar, as notas verdes que azularam. São problemas criados ao longo do tempo que foram sendo remendados e que agora repercutem gerando inquietação e instabilidade, evidenciando que não é fácil encontrar soluções duradouras, o que preocupa as novas gerações sobre como será o seu futuro, já que as condições gerais são bem mais complicadas que no tempo de seus pais.

No século passado, duas grandes guerras consolidaram o poder dos EUA e do dólar.  Consolidado o Estado-nação os governantes deveriam ter promovido o aprimoramento da espécie humana e das condições gerais de vida de forma continuada. A esperada paz não foi alcançada. Passados 78 anos o mundo se defronta com graves desequilíbrios econômicos. O que acontecerá desta vez? Como ficará o atual embate entre Estados Unidos e China?

Os abusos criaram a insatisfação. O povo cansou das promessas dos políticos. O fato é que o problema maior está nos próprios indivíduos e no seu viver displicente, sem respeito às leis naturais da Criação, e que sempre trazem de volta as consequências das ações dos homens. A educação deve formar seres humanos verdadeiros, bem-preparados para a vida, aptos a contribuir para o aprimoramento da espécie. Fora disso, será a coisificação do indivíduo.

O futuro da humanidade está ameaçado. Não se deve usar de rigidez, mas as crianças têm de aprender que retribuir pelo que recebem é lei da vida. Os pais não são escravos dos filhos. Nascer é uma graça inimaginável que tem de ser aproveitada para o bem e o autoaprimoramento.

A Terra, com seus 5 bilhões de anos, foi organizada com perfeição pelo funcionamento automático das leis da natureza. Cabia ao homem reconhecer e respeitar os mecanismos naturais. No século 21, a Terra está em desequilíbrio, na natureza, na economia, no relacionamento entre os povos. As epidemias e outras doenças resultam do desequilíbrio. As causas têm de ser examinadas e adotadas as soluções corretas. A humanidade tem de reconhecer que ela é a causadora desses desequilíbrios.

A cegueira é geral e está aumentando. Como ampliar a visão? A nossa origem é a importante questão que deve ser estudada desde a juventude em todo o planeta, pois a humanidade ainda não se aplicou o suficiente para conhecer as leis da Criação e o significado da vida, que deveria se desenvolver em paz, progresso e felicidade.

As dificuldades pelas quais passam as pequenas empresas geradoras de empregos revela que a economia requer mudanças, seja no capitalismo de mercado, ou no de Estado. A transformação do trabalho em mercadoria gerou miséria. Algo não funciona a contento num planeta com 8 bilhões de almas encarnadas e recursos limitados. Qual seria a fórmula apropriada?

O Fórum Econômico Mundial fala no Grande Reset. Será que uma nova regulamentação sobre atividades e lucros e a centralização das decisões trarão a solução? O fato é que os sistemas em geral podem conter vícios e serem astutamente burlados, pois o problema está no ser humano e suas cobiças que adulteram os fins de qualquer sistema.

Na Terra tumultuada por variados acontecimentos, frequentemente se fala numa iminente transformação universal. Mas no que consiste essa transformação? O fundamental fica omitido na suposição de que os homens introduzirão grandes transformações, pois as condições de sobrevivência se revelam insuportáveis diante de tantas coisas erradas que dificultam o viver. A grande transformação tem de se processar na espécie humana que não age da forma como era esperado dela que deveria construir, beneficiar e embelezar tudo onde põe as mãos. Como bem enfatizou Abdruschin, no livro Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, “A sabedoria de Deus governa o universo! Lutai, criaturas humanas, para pressentir no reconhecimento a sua grandeza!”.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

O MUNDO PRECISA DE PAZ E TRABALHO

Na seleção de livros sobre economia feita por Martin Wolf, jornalista britânico especializado em economia, consta India Is Broken: A People Betrayed, Independence to Today (A Índia está quebrada: um povo traído, da independência aos dias atuais), de Ashoka Mody, da Stanford University Press, que fez a seguinte análise: “A amarga realidade é que, para empregar todos os indianos em idade de trabalho, a economia precisa criar 200 milhões de empregos ao longo dos próximos dez anos, uma tarefa impossível depois dos últimos dez de declínio nos números do emprego.”

Não só na Índia, mas no mundo todo, pouco se fala sobre a questão dos empregos que enfrentam tendência de redução e desaparecimento. A população cresce, as pessoas precisam de trabalho e renda, mas o sistema depende da criação de empregos, algo complicado, mais ainda nas crises quando há uma luta feroz para a redução de custos. Se a realidade é amarga, isso indica que devem ser buscados outros caminhos, pois o ser humano tem de produzir, através dos recursos da natureza, os meios para sua adequada sobrevivência. As teorias econômicas têm de focar nisso. O trabalho faz parte da vida, mas a humanidade o tem transformado em castigo.

O dinheiro, de tanto ser abusado, mostra as duras consequências. Na Argentina, a taxa de juros está beirando a 100%. Como chegou a isso? No Brasil, cuja taxa de juros é de 13,75 % há uma gritaria geral. Os empregos estão sofrendo as consequências das escolhas econômicas que vem sendo feitas desde a época super-inflacionária da crise da dívida externa. De lá para cá o Brasil desandou. Se não fosse o agro e a atividade extrativa, o país estaria na cola do trágico peronismo econômico. Não basta gritar contra a Selic, é preciso dar ao país e às novas gerações a oportunidade de bom preparo para a vida e progresso real.

No mundo há muitas tensões, difícil é saber o que poderá se agravar primeiro. Taiwan é um ponto crítico por envolver interesses econômicos e estratégicos. Na China e Índia há uma tensão alimentada por conflitos fronteiriços. África e América do Sul contêm reservas naturais fundamentais, Brasil incluso com governança pífia incapaz de defender os interesses da população e seu desenvolvimento. Acima de tudo, há interesses econômicos e financeiros de grupos e nações. O mundo perdeu a esperança. A grande falha das nações foi a escolha dos governantes incompetentes. O estado-nação perdeu o brio e segue trajetória de desmanche. O que poderá vir depois? O Estado-Mundo sem fronteiras?

A Terra foi criada com todo aparato para propiciar às pessoas um viver condigno, mas o que aconteceu de errado? Somos mais de oito bilhões, dos quais 800 milhões estão desnutridos e 800 milhões são analfabetos. Grande parcela sem adequado preparo para a vida, com saúde baixa. Como vive a humanidade? Como deveria viver? Segundo Joel E. Cohen, autor de How Many People Can the Earth Support (Quantas pessoas a Terra pode aguentar), o viver tem sido de forma errada, gerando problemas de tal monta que comprometem a sustentabilidade da vida. É preciso reconhecer os erros e corrigi-los antes que seja tarde demais.

Marcada para agosto, na África do Sul, a reunião dos Brics certamente debaterá a questão monetária que tem agitado as nações, mas se trata de questão que envolve muitos interesses para ser discutida de forma isolada. Vamos ver quais serão as propostas e como serão recebidas no G7 que reúne as potências.

Quem busca o caminho certo do viver? O homem é predador ganancioso. Em sua curta passagem na Terra se agarra ao dinheiro sem querer conhecer o significado da vida. Os jovens têm de receber bom preparo para que se tornem fortes, lúcidos, dotados de bom senso, aptos a contribuir para o aprimoramento da espécie humana.

O mundo precisa de paz e da correção dos desequilíbrios causados pelo homem, que estão dificultando a sobrevivência da espécie humana. A situação é difícil, mas é preciso ir em frente fazendo o que for necessário, caprichando sempre para construir melhor futuro com a certeza que as coisas vão melhorar para quem semear o bem.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

ECONOMIA E VIOLÊNCIA

Com os desequilíbrios mundiais, cresce a violência. Dentre os inúmeros desequilíbrios, o econômico é fundamental. Mexe com todas as coisas. A desigualdade tende a aumentar, seja no bom preparo para vida, assim como na renda. A pressão vai aumentando: desemprego, catástrofes naturais, tensões sociais, alimentos caros e escassos. A falta de bom preparo para a vida e o aumento da desigualdade são questões que podem levar à agitação social e atos de violência. A precarização da renda poderá se tornar fator desencadeante.

Como surgiram tantos fatores contrários à melhora geral das condições de vida? Surgiram com a falta de consideração entre as pessoas que se afastaram do real significado da vida. Empresas, governos e população em geral têm de examinar isso e buscar soluções apropriadas a bem da espécie humana.

Os jovens vulneráveis perdem espaço no mercado de trabalho, o que aumenta a desigualdade, algo que ficou bem difícil de resolver pela falta de escolaridade e de bom preparo para a vida, e isso poderá trazer consequências danosas para a segurança. Falta trabalho e renda estável; importantes tarefas são remuneradas precariamente. O trabalho deveria ser atividade prazerosa para o bem pessoal e geral, mas acabou se tornando mercadoria, perdendo o aspecto humano. Quem quer trabalhar?

Muitas nações exportam as matérias-primas, mas não melhoram as condições de vida da população; aumentam o PIB, mas reduzem a participação daqueles que trabalham nos resultados. No Brasil, pouca coisa evoluiu desde a abolição do regime de trabalho escravo e atualmente mais de 10 milhões de jovens estão sem estudo, sem trabalho; são pessoas vulneráveis com baixo preparo, o que é uma lamentável situação que requer programas especiais para melhora das condições gerais de vida e que ataquem a raiz do atraso. Fica bem claro a causa: administração displicente, oportunistas sugando o dinheiro público, déficits nas contas internas e externas forçando a elevação da taxa de juros.

Faltam oportunidades. Os jovens não evoluem. Máquinas vão assumindo as tarefas. Empregos desaparecem. Trata-se de uma situação complexa que exige soluções apropriadas. O que fazer com essa população, que soluções adotar? São pessoas que têm de sair da indolência e a sociedade precisa encontrar atividades produtivas que possibilitem uma sobrevivência adequada, humanamente condigna.

Havia na periferia de São Paulo várias indústrias que tinham conseguido sobreviver, mas nos anos 1990 tombaram, já que o preço dos importados bateu no custo; assim, uma a uma, todas foram fechando, e o consumo das famílias caindo, atingindo inclusive as pizzarias. O economista Bresser Pereira critica a valorização artificial do real como responsável pelo declínio.

Além disso, continua difícil o transporte público; na hora do aperto, a condução própria se torna o grande anseio, mas as ruas e avenidas travam com o mar de carros e caminhões como na Rodovia Regis Bittencourt, na proximidade do Rodo Anel, em que se verifica um mar de veículos em dados momentos. As crises vão avançando pelo mundo. São as consequências de governos anteriores. No Brasil, há muitos problemas. A maioria dos municípios estão deficitários.

Em meio às turbulências, cansadas com a luta pela sobrevivência, ao chegar em casa as pessoas precisam de momentos leves de distração benéfica. O cinema se tornou a integração das artes, com imagens, sons, cores, beleza, palavras, histórias. Exerce forte influência sobre as pessoas. Tanto pode motivar para o bem como criar revolta. Das grandes salas pelo mundo, o cinema agora tem lugar nas salas das moradias ou em qualquer lugar nos portáteis. Onde está a responsabilidade pelas imagens? As pessoas se habituam, se viciam. Antes, novelas de trocentos capítulos. Agora, seriados. Antes, ações íntimas levemente insinuadas; agora, escancaradas. E a violência? Cerca de 80% estão nas categorias: sexo, violência, palavreado baixo, uso de drogas.

Apesar de tantas cacetadas, o touro da economia brasileira tenta reagir. Um desperdício geral do capital natural e do humano. As nações se digladiam. Não está dando para aguentar; o essencial é assegurar que possamos sair dessa situação que está conduzindo as novas gerações para o cadafalso. É preciso substituir a corda da morte pela corda do resgate.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

A GRANDE VIRADA DA HUMANIDADE

No início dos anos 1990, o mundo olhava para a economia mundial e via Japão e Europa se posicionando frente aos Estados Unidos. Especialistas temiam que os EUA pudessem perder a posição de comando geral. O Japão avançava na tecnologia produzindo para o mercado mundial o que a Europa chamava de seu. Em todo esse alvoroço, não vislumbravam que a China poderia, em poucas décadas, se tornar a grande fábrica mundial, produzindo de tudo, avançando na tecnologia, como a nação apta a fazer frente aos EUA, país que havia tomado a dianteira após a Segunda Guerra Mundial construindo a economia mais próspera da Terra.

A marcha para colocar as finanças em destaque acabou reduzindo a produção industrial que foi para a Ásia, livre do sindicalismo, mas subordinada ao partido único. A renda declinou, mas avançaram as hipotecas para manter o padrão de vida. Após décadas de displicência, o inchaço dos ativos revelou a fragilidade do sistema. A humanidade se encontra diante do impasse criado pela rivalidade entre os EUA e a China. As empresas se esforçam para utilizar a mão de obra de menor custo enquanto a China vai reduzindo a fabricação para terceiros.

O filme A Grande Virada (2010) mostra as consequências do que situações como essa podem causar. Fábricas fecharam e os industriais foram produzir na Ásia, eliminando empregos em seus locais de origem. Na ficção, os atores Ben Affleck, Tommy Lee Jones e Chris Cooper figuram entre os desempregados, e Kevin Costner como construtor autônomo. Na trama, com muitas contas a pagar, dificuldade em conseguir novo emprego, os demitidos perderam o rumo. Um deles teve de se ajustar ao salário de ajudante de construção. Outro, decepcionado com o chefe e com a frieza no lar, resolve montar um novo estaleiro. Destaque para família de um dos demitidos, cuja esposa lutadora e seu menino revelam maturidade. Assim como na ficção, na realidade a produção fabril dos EUA não se recompôs, passando a enfrentar a crise com a China.

Qual será o futuro? A economia que está aí já causou muitos danos e está longe de ter criado melhores condições de vida. Muitas nações exportam as matérias-primas, mas não melhoram as condições de vida da população; aumentam o PIB, mas reduzem a participação das pessoas que trabalham nos resultados. Não há respeito à natureza. Há um nítido contraste entre o tamanho das dívidas soberanas e o crítico estágio da humanidade. As condições gerais estão apertando, aumentam as doenças da alma e do corpo.

O relacionamento entre os povos chegou a limites extremos, com armadilhas difíceis de serem superadas: dinheiro, poder econômico, poder militar. Podem estar gerando um inferno insuportável. O medo está no ar. Os seres humanos, espiritualmente indolentes, abdicam do querer próprio para aderir às crenças de grupos com os quais se afinam. A pressão aumentada da força natural está acelerando as consequências das decisões com desencadeamento rápido, o que atua como higienização e advertência para eliminar o superficialismo e imediatismo, mas cria instabilidade.

Os homens tomam decisões atendendo aos seus interesses, mas tudo tem consequências segundo as leis universais. Palavras bonitas nada significam, pois os efeitos mostram as reais intenções dos tomadores de decisões. A situação do mundo é resultado das decisões, dos governos e da população em geral. Mas agora os efeitos aparecem imediatamente, não ficam mais para o futuro distante.

Falta intuição. A pressão para seguir a maioria é forte, e isso significa que esse sentimento domina o homem da massa, ou seja, aquele que abandona o que a sua intuição diz para seguir a manada. Isso constringe a individualidade, vai moldando o comportamento mesmo contrariando o querer próprio, a personalidade. A uniformização elimina a diversidade; a sociedade perde, deixando de se beneficiar com o desaparecimento da criatividade individual. Vencem os interesses particulares.

Os seres humanos deveriam estar trabalhando para o bem geral, mas cobiças ocultas interferem e impedem o surgimento da paz e progresso amplo para todos os povos que se esforçam de forma abençoada. Algo novo deve surgir. A grande virada. Um novo mundo terá de respeitar as leis da Criação, colocando de lado as leis criadas pelos homens para atender a seus propósitos egoísticos.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DINHEIRO E DIFICULDADES

Estamos vivendo num mundo desequilibrado e em declínio. Há muito dinheiro circulando, mas permanece a miséria. As dificuldades estão aumentando, pois a humanidade persiste em introduzir erros no seu modo de viver afastado das leis da Criação, estragando o mundo. Há um pessimismo geral. Em vez de se fazer o diagnóstico correto e buscar soluções, há uma enxurrada de negativismo. Faltam objetivos, falta esperança; enquanto isso, o declínio vai caminhando.

A questão da taxa de juros é complicada, mas todos sabem que juros compostos são bola de neve. O dinheiro tem os seus mecanismos, sempre vai inflando, a produção nem tanto, e ultimamente tem minguado. O lamentável tem sido a displicência do governo com o controle e qualidade dos gastos. Parece que jogam fora o dinheiro conseguido com o sacrifício geral nas elevadas taxas dos impostos. Além da taxa de juros, a instabilidade no câmbio também tem provocado perdas e ganhos especulativos.

Longe vai o tempo em que os seres humanos viviam em paz e alegria, pois estavam integrados à natureza, seus entes e suas leis. Muitos indivíduos estão perdidos, poucos estão buscando um rumo adequado de construção benéfica e progresso. Sem um bom preparo para a vida, não poderá haver inclusão num objetivo maior, permanecendo essa confusa vida sem propósito.

O Brasil “do futuro” corre o risco de ficar sem futuro. A educação de qualidade das novas gerações para a vida requer disciplina, esforço perseverante, dedicação, equilíbrio na retribuição por tudo o que recebem, ou seja, o oposto do que está sendo oferecido aos jovens que se tornam indolentes, exigentes, sem vontade de aprender, sem força de vontade.

As novas gerações estão se acomodando na lei do menor esforço. Pouco fazem, pouco querem aprender. O problema está na falta de automotivação e na fraca força de vontade para abrir os olhos e se esforçarem de forma perseverante. O Brasil precisa de pessoas fortes com propósitos enobrecedores, clareza no pensar, bom senso e força de vontade para o bem, aptas a decidir com discernimento próprio.

O ser humano se julga o centro de tudo. Na realidade, é espírito encarnado em um corpo constituído de água e matéria para alcançar a autoconsciência e a compreensão da Criação e suas leis. O corpo tem prazo de validade, mas em vez de aproveitar essa fase para se fortalecer e evoluir, cada indivíduo se considera dono da hospedaria sem querer respeitá-la. Quando chegar a hora, deixará o corpo e seguirá de acordo com a lei da reciprocidade para a planície que fez por merecer. A alma vivifica o ser humano. Se a alma dorme, o espírito não atua, o corpo perambula pela vida perdendo tempo. Colherá tudo que semeou, podendo chegar à autodestruição de sua identidade, ou plenamente desenvolvido, alcançar o reino espiritual.

Muitas coisas afetaram a sustentabilidade do planeta torpedeada pela ganância. Trágicos eventos internos arrebentaram mecanismos naturais que deveriam ter recebido todos os cuidados. Eventos externos, como o aumento da temperatura do Sol, não podem ser descartados. A conciliação do homem com a natureza tem de ser feita no planeta todo, de norte a sul.

O livro Covid – 19 O Grande Reset (Schwab e Malleret, Editora Videeditorial) apresenta mapa das interconexões de riscos atuais, com ênfase na economia. Podemos também enxergá-lo como pontos de acumulação ou mapa dos fios do destino tecidos pelas ações dos seres humanos, o semear. A interdependência, a velocidade e a complexidade estão presentes nos acontecimentos em aceleração que podem causar distúrbios; no entanto, os pesquisadores não sabem prever exatamente quando ocorrerão eventos críticos, ou seja, a colheita boa ou má. O que chamamos de mundo mutável resulta da pressão aumentada da força natural que está acelerando as consequências das decisões dos seres humanos com desencadeamento rápido, o que atua como higienização e advertência para eliminar o superficialismo e imediatismo.

Algo novo deve surgir. Um novo mundo terá de respeitar as leis da Criação, colocando de lado as leis erradas inventadas pelos homens para atender a seus propósitos egoísticos. A Luz da Verdade há de brilhar como sempre deveria ter brilhado sobre a humanidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br