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AS FALHAS DO ESTADO-NAÇÃO

Após as sangrentas guerras do século 20, ocorreu a progressiva transferência do poder da Igreja e reis absolutistas que submetiam a população às normas impostas pela elite. O Estado-nação surgiu como a nova forma de governo e exercício do poder.

Bem gerido, o Estado-nação poderia ter contribuído para o aprimoramento dos seres humanos; no entanto, capitulou diante da corrupção e maus gestores. As transnacionais foram adquirindo poder que suplantou os governos. Como etapa seguinte, elas buscam operar em escala mundial, mas com as comunicações de massa utilizadas, estão provocando a uniformização, a perda da individualidade e criatividade, aproximando o comportamento do ser humano ao dos robôs sem alma.

Modernamente, o poder foi sendo transferido para o controle do dinheiro e dos recursos naturais essenciais, mas a miséria permanece com a mesma cara. Até a segunda guerra mundial, a Inglaterra exercia o controle do mundo com a libra e seus poderosos navios. Para lá afluíam as riquezas das nações. Apesar da vitória, o poder se esvaiu e com o passar do tempo a sua população também sentiria o peso das dificuldades econômicas, pois com a redução dos bens que procediam das “colônias”, o déficit se tornou evidente.

Atualmente, o mundo vive o fantasma da inflação que encarece os preços e reduz os salários. Os Estados-nação do ocidente abandonaram a produção de manufaturas simples e seus trabalhadores. Exportaram empregos, criaram uma crise financeira em 2008 e foram emitindo dinheiro. Agora aumentam as taxas de juros, o que parece ser um lance de guerra monetária. Os juros altos interferem em toda economia e, com isso, poderá haver muita transferência de riqueza a preços baixos. Resta saber como ficará a situação dos Estados-nação endividados e dos devedores em geral.

A história mundial e dos povos avança em sua trajetória. Os destinos estão traçados como consequência natural. Surgirão os merecidos desfechos, bons ou maus, em conformidade com as respectivas atuações dos seres humanos. Se a situação já estava bem difícil, parece que com o ato de Vladimir Putin, presidente da Rússia, anexando territórios conquistados na Ucrânia, foi dado mais um passo na direção do abismo, deixando a humanidade diante do imprevisível.

No passado do Brasil, o grupo despreparado que baniu Pedro II não deu atenção às famílias que deixavam as fazendas, indo para as cidades sem moradia, trabalho, escola e atendimento médico. O Estado-nação republicano já nasceu contaminado. Atualmente, as novas gerações também não estão aprendendo a ler e escrever corretamente, nem a fortalecer o bom senso intuitivo, engrossando a mão de obra sem qualificação, que não tem projeto de vida nem esperança no futuro.

O Brasil se encontra em pleno processo eleitoral um momento muito importante na história do país, mas também preocupante, pois com a cobiça pelo poder, as campanhas se caracterizam pelo destempero com a baixaria, mentiras e difamações que nos deixam perplexos.

A pressão daqueles que querem dominar o Brasil é avassaladora. As classes altas querem poder e tudo o mais para si; as classes menos favorecidas aceitaram as condições do trabalho de baixa remuneração, consumo e diversão. Ambas pouco se preocupam em analisar a vida e seu significado. Muitas questões são debatidas, mas o que realmente importa é se o dinheiro público será utilizado de forma eficiente para o bem geral, ou se irá engordar as contas particulares dos políticos.

Milhões de eleitores conscientes ficaram estarrecidos com o resultado do primeiro turno, pois coincidentemente, o político que havia sido aposentado pela opinião pública, apresentou a mesma quantidade de votos que elegeu o presidente em 2018, ou seja, 57 milhões.

Nem sempre é possível impedir a interferência dos homens nas máquinas, nas estatísticas e nas mentes despreparadas. O Estado-nação, fragilizado devido a interesses particulares, caiu nas mãos de grupos oligárquicos, e quem se dispuser a modificar isso enfrentará enormes obstáculos e astutas oposições, e também a reação insensata das massas manipuláveis.

Vem aí o segundo turno, uma disputa acirrada e bruta, o que está em jogo é o futuro da nação, no entanto as novas gerações não estão recebendo o adequado preparo para a vida, para transformar o Brasil no maravilhoso país sonhado de liberdade e responsabilidade, com progresso espiritual e material, com paz e alegria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O CLIMA E O SOL

No passado recente, o sol ainda não se apresentava tão abrasador como na atualidade. Havia no ar um vislumbre de esperança de solução para as aflições que atingem os seres humanos, e superadas as dificuldades e as dores, tudo voltava à rotina sonolenta sem maiores preocupações. Após o trágico evento de 11 de setembro de 2001 a situação foi apertando. Em 2008, a crise financeira desencadeou dificuldades em todas as nações. Em vez de esperança, veio a sensação semiconsciente de que a humanidade andou construindo um sistema de vida desumano, sem finalidades elevadas. Agora, os alicerces estão oscilando e a construção tende a desmoronar.

O capitalismo nada mais é do que o sistema do dinheiro que se tornou tudo. No jogo das moedas, os juros se tornaram importante variável para dar estabilidade ao valor do dinheiro. O FED aumenta juros, dólar valoriza. A Europa mantém juros baixos, o euro perde valor. O real é mais sensível ainda, sem a taxa de juros poderia estar na casa dos R$ 6,10 por dólar. Por que isso acontece? Provavelmente porque as moedas, em sua flutuação cambial, se tornaram o objeto especulativo diário do atacado financeiro mundial. Os especialistas que o digam. Como uma nação pode se proteger dessa feira monetária-cambial?

Os países asiáticos entraram no jogo, produzindo com baixo custo e exportando. A economia de produção de manufaturas para exportar velejou no vento favorável da valorização de moedas como o real do Brasil; os juros baixos internacionais também favoreceram. O baixo custo das importações provocou anemia na indústria de muitas nações. Com a pandemia e a inversão do câmbio, o crescimento asiático teve uma leve freada, reduzindo a marcha, enquanto o consumo interno se mantém nos níveis tradicionalmente baixos.

O poderio econômico do norte está enfrentando dificuldades climáticas como a estiagem prolongada. Há inúmeros fatores negativos como a destruição das florestas, poluição dos mares e rios, poluição do solo e do ar com toneladas de gás carbônico decorrente da queima de combustíveis. David Meade, pesquisador norte-americano, tem examinado fenômenos astrológicos como a aproximação de um grande cometa que poderia provocar diversos transtornos imprevistos na sustentabilidade do planeta. É preciso incluir nas pesquisas sobre as mudanças climáticas a intensificação da atividade do sol na produção de calor, que ao chegar à Terra, em contato com a camada de ar engrossada pelo carbono, provocaria efeito avassalador na temperatura e no lençol freático.

Os governos que preponderam no mundo são os dos Estados Unidos, Inglaterra, Europa, China, Rússia e Índia, e também o Brasil. A história avança em sua trajetória, os destinos estão traçados como consequência natural. As posições serão preenchidas por indivíduos que provocarão os merecidos desfechos, bons ou maus, em conformidade com as respectivas atuações.

A história da humanidade é simples, coerente e natural. Desconhecendo as leis da Criação, os homens introduzem fantasia e misticismo no saber da Criação. Os ensinamentos de Jesus eram simples, claros e naturais por conterem a Verdade sobre a Criação e a vida, mas foram sendo desfigurados pela memória fraca daqueles que não acolheram as palavras no espírito. Nos anos 300 d.C., Constantino, imperador romano, criou a ordem mundial fazendo os remendos compatíveis com seus objetivos, disseminando a cultura romana pelo mundo. Aos poucos a naturalidade foi sendo perdida e tudo passou a ser pecado que poderia ser remido sem muito esforço. Agora com frequência se fala na nova ordem mundial. Serão os princípios semelhantes aos de Constantino?

Ao lado do desenvolvimento progressivo do intelecto, os seres humanos pouco se esforçaram para também desenvolver a autoconsciência espiritual; assim se ataram ao mundo material, derrubando a antena apontada para o Alto, e tudo foi se tornando desumano, afastado da essência face ao atraso no desenvolvimento progressivo da autoconsciência do espírito,

Cerca de oito bilhões de seres humanos estão encarnados na Terra. Aproxima-se o desfecho dos destinos, a grande colheita. Quem viver verá! Para edificar de forma benéfica e alcançar a paz e o progresso real, em conformidade com as leis da Criação, o que em primeira linha tem de ser renovado é o ser humano, para que, em vez da cultura imperialista de tirar proveito de outros povos, seja implantado na Terra um viver paradisíaco.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

BALANÇO MUNDIAL

Na fase inicial, a humanidade tinha forte ligação com a natureza e seus entes; a partir daí deveria ter compreendido as leis da natureza em sua perfeição que se espraia pelo Universo e expressam a Vontade do Criador. A Criação surgiu através da Vontade do Criador para que o espírito humano pudesse se fortalecer e alcançar autoconsciência no mundo material para retornar à sua origem, mas tinha o livre arbítrio para a decisão, tomar o caminho da elevação ou se perder nos baixios.

No entanto, a humanidade estagnou, tomou outro rumo e o saber da natureza e seus entes virou lenda. A crença cega imposta pela força acabou neutralizando a capacitação para examinar e analisar os fatos objetivamente. O ser humano ficou como um boneco sem alma, não vive, vegeta. Os homens fazem leis seguindo interesses imediatistas e depois vão introduzindo alterações. As leis da Criação são eternas e sempre conduzem para o bem geral e o progresso espiritual dando a cada ser humano a merecida recompensa.

As crianças precisam do convívio com a natureza e suas leis; os jovens têm de receber ensinamentos sobre o significado da vida, nascimento e morte. Ações com amor no coração geram efeitos da generosidade beneficiadora. Para melhorar sempre, o mundo precisa de pessoas que ajam assim. Desde o nascimento, os seres humanos têm um tempo limitado em sua encarnação. Relaxando os cuidados com o próprio corpo e modo de vida, esse tempo pode encurtar, mas não dá para alongar. O que é da terra, à terra será devolvido, mas a alma segue os caminhos que ela mesma traçou em vida.

O mundo está vivendo uma balburdia monetária. Papel moeda é o dólar, o resto é só papel pintado que as nações e seus bancos centrais vão remendando para que não seja algo rasgado e sem valor. É um sistema meio artificial que dá a ilusão de que cada país tem a sua moeda soberana, mas sem as taxas de juros e a submissão ao monetarismo internacional vale pouco. Diante do aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e na Europa, atraindo o dinheiro grosso, como os latino-americanos vão defender as suas moedas para assegurar a continuidade das exportações e o funcionamento da economia?

O que querem as elites mundiais? Elas estão frustradas com a classe política? Rompidas as barreiras da religião e do absolutismo das monarquias, surgiram os Estados-nação, as repúblicas e suas cartas magnas, mas logo os oportunistas se infiltraram com sua cobiça por riqueza e poder corrompendo o novo sistema. No lugar da dependência colonialista surgiu a dependência financeira das nações e a globalização, mas como pode ser considerada boa para um país a globalização que leva para fora os empregos e a produção, desequilibrando a economia interna?

Os oportunistas vinculados à política permaneceram nas mesmas bandalheiras despóticas, favorecendo o atraso geral. Pelo mundo está se esboçando um sistema para anular o poder da classe política e manter a indolente e livre humanidade submissa aos protocolos morais e profissionais a serem implantados rigidamente. No entanto, decisiva será a condução do destino da humanidade pela justa, automática e incorruptível atuação das leis da Criação, que promovem a colheita do que cada indivíduo faz por merecer.

O que se passa no mundo com o aumento dos conflitos e rumores de guerra? As armas estão sendo afiadas. É algo assustador na história da humanidade por se tratar de um flagelo amplo que atinge a paz no planeta, estendendo-se pelas catástrofes naturais, desequilíbrio econômico e social, atingindo a psique dos indivíduos e roubando as esperanças das novas gerações. Será que os líderes concluíram que não há solução e deixam a coisa ir rolando? O que deveriam fazer seria recolher as armas e pensar seriamente em como aprimorar a humanidade.

O balanço mundial das ações humanas, imposto pelas leis da Criação, está em pleno andamento. A Luz vencerá. As trevas serão destroçadas. E tudo terá de se tornar novo. A Vontade do Criador expressa nas leis vivas da Criação imporá os rumos da humanidade para que alcance paz, progresso e felicidade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

SETE DE SETEMBRO: DIA UNIVERSAL

Sete de Setembro é um momento significativo pois não é apenas o dia que assinala 200 anos da independência do Brasil, mas também uma data universal para toda a humanidade ainda desconhecedora da Criação e suas leis. Em 2022, a energia do Criador está cobrando dos seres humanos a atuação cercada de Pureza, Amor e Justiça, acelerando a severa colheita para todos que descuidaram disso.

A riqueza provém da natureza, mas no Brasil, e nas nações em desenvolvimento, o potencial de recursos naturais não tem sido empregado para a melhoria geral da qualidade de vida, fato típico das colônias dominadas de fora com ajuda dos de dentro, e assim a miséria vai se perpetuando. O sol acelera a intensidade do calor num mundo devastado e poluído, somando-se aos fatores negativos ao clima, afetando a sustentabilidade da vida e interferindo na produção de alimentos.

No enfrentamento das crises econômicas, os bancos centrais criaram muito dinheiro e baixaram a taxa de juros. Para onde foi todo esse dinheiro? Entre os efeitos da flexibilização monetária com juros reduzidos inclui-se a valorização dos ativos. A produção permaneceu estável, mas os déficits não foram reduzidos. A inflação renasceu. O euro baixou e se emparelhou com o dólar. Agora surge o aumento da taxa de juros e o corte na liquidez como medida de combate à inflação trazendo novas ameaças ao equilíbrio da economia e à bolha. Teria havido barbeiragem, ou foi proposital? A elevação dos juros e o represamento da liquidez acabarão aumentando as dificuldades? Como será 2023?

Desde 2020, os salários ficaram estagnados e até regrediram. Apesar de tudo, a economia reage no Brasil, mesmo com o baixo nível de atendimento das necessidades básicas, mas nada mudou; fazer caixa e obter ganhos continuam sendo a mola propulsora dos negócios.

O sistema tem conduzido as mulheres para o trabalho empresarial remunerado, onde passam a competir com os homens pela igualdade de salário, mas é complicado porque se ficarem grávidas passam a ser consideradas como um problema. Então as jovens estão desistindo de se casarem e de terem filhos, o que acaba afetando o futuro, criando dificuldades para a renovação da humanidade. Sem dúvida algo a ser examinado profundamente sem o imediatismo próprio da busca do ganho máximo.

No mercantilismo praticado entre os séculos 15 e 18 buscava-se ter a balança comercial favorável, pacto colonial e protecionismo. No século 21, a atividade econômica se tornou mais complexa, a dominação foi para o campo financeiro, mas são perseguidos os mesmos objetivos. Para produzir é necessário que haja compradores, forçar vendas, anular concorrentes, dificultar a produção nos mercados que se quer atingir.

Corporações que operam em escala mundial se organizam para obter matérias-primas e componentes com preços baixos, compradas de nações atrasadas, e a respectiva venda para nações com mercado consumidor apto a absorver os custos. Trava-se uma batalha na qual as empresas mais fortes vão incorporando as mais fracas numa crescente concentração da riqueza.

Há o ocidente do dinheiro. O oriente médio do petróleo. O oriente asiático do avanço econômico. O que poderá acontecer sob a influência dos fortes ventos de transformação universal que se aproximam? Impulsionarão mudanças no Brasil, independente há 200 anos, mas estagnado pelo oportunismo de políticos que fazem de tudo para reconquistar o poder? Ampliarão a guerra pela Europa? Extremos climáticos afetarão a produção de alimentos e a vida? Como evoluirá a economia calcada em bases frágeis e especulativas?

Com as vivências, as pessoas passam a ver coisas que não percebiam antes, como amar a terra onde nascemos, o sentido da vida. Felizes aqueles que conseguem contribuir com forte querer para o bem geral. A paralisação do planeta, iniciada em março de 2020, deixou marcas profundas. O comércio tenta reagir desejando recriar os tempos melhores, mas os preços desanimam, os salários pararam no tempo e regrediram, a competitividade é feroz.

Apesar de todo avanço, a humanidade está atrasada no saber real. Na Terra era para haver harmonia, paz e progresso com sabedoria, sem a miséria produzida pelos seres humanos. Os indivíduos deveriam estar preparados, com o espírito desperto diante do mundo em transformação, para construir beneficamente, mas em sua arrogância ignorante não querem reconhecer o seu falhar.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

RUMORES DE GUERRA

Os EUA criam dinheiro e aumentam a taxa de juros. A China cria dinheiro e baixa a taxa de juros. Duas situações opostas; que efeitos trarão para a economia? Não basta criar dinheiro. Para consumir, há que se produzir.

Inflação, desemprego, consumo são três questões fundamentais da economia que ainda não encontraram solução. Capitalismo, Socialismo, Capitalismo de Estado; Coreia do Sul e Brasil. São diferentes tipos de organização política e econômica, mas há problemas em todos, pois sempre se defrontam com os fantasmas da estagnação, do endividamento e do aumento da precarização geral.

Os políticos da América Latina fizeram tantas promessas, mas o desencanto da população seria inevitável dada a falta de empenho desses representantes em eliminar o estigma das características de colônia que seus países vivem há mais de 500 anos; ao contrário, tiraram proveito pessoal.

A Argentina já foi palco de uma dolarização fracassada, figurando como exemplo de republiqueta mal administrada. Quanto mais dólares dispunha, mais dispersava, e a dívida crescia. A crise atual é drástica atingindo economia, déficits, câmbio, educação, inflação, qualidade de vida. Uma trágica tempestade de desgoverno. Após a ruptura do acordo de Breton Woods ocorrida em 1971, ainda não foi encontrada a forma adequada para a convivência das várias moedas nacionais, tendo à frente o dólar e suas variações, que ao lado dos juros, acabaram se tornando o prato predileto dos especuladores.

O mercado das finanças é muito complicado. Se uma nação não for administrada com seriedade e competência, em pouco tempo se verá perdida financeiramente como a Argentina. No Brasil, o desmonte industrial e educacional foram terríveis, travaram o gigante que, entorpecido, caiu na dormência apesar dos recursos naturais disponíveis. A população pena no presente, mas como será daqui para frente?

O colapso da economia norte-americana virá, é o que afirma o economista e ex-político Ron Paul. Trata-se de evento até então inimaginável dada a resiliência americana. Decisões atabalhoadas estão desorientando o povo norte-americano. No passado, criar dinheiro era a solução, mas agora sem produzir, gastando desordenadamente e importando de tudo poderá trazer muitas dificuldades.

Que futuro a humanidade poderá ter? Os homens se julgam donos do Planeta. A permissividade tomou conta e nada mais é respeitado. Métodos escusos passam a ser aceitos pela maioria distraída pelas piadinhas disponíveis nos celulares. Se antes era difícil selecionar bom conteúdo, agora, se abrirem as portas, os “riachos” levarão muito lixo para as casas.

O que estão fazendo os bilhões de seres humanos para agradecer ao Criador que concede o dom da vida e os alimentos necessários através da atuação da natureza e suas leis? A natureza é o lar da Criação, tem de ser compreendida e respeitada para que permaneça doadora.

Que riscos decorrem da instabilidade climática? O que se passa no planeta em transformação? Ao comparar a situação atual com o século passado é indispensável incluir nas análises o sol e sua atividade aumentada. As populações foram empurradas de uma forma de vida mais natural no campo, para engrossar o contingente das cidades que se tornaram centros superpovoados, consumistas de bens importados, sujeitos a endemias. É fácil perceber que tem faltado foco prioritário na qualidade de vida do presente e do futuro. Estamos colhendo as consequências.

A evolução é uma lei da natureza que abrange tudo, impulsionando para o aprimoramento. Mas não se pode comparar o que se passa no mundo animal, que atua de forma instintiva, com o ser humano, cuja essência é espírito dotado de livre arbítrio que permite a escolha entre o bem e o mal, o certo e o errado; que possui consciência interior que sempre o adverte. O problema é o raciocínio frio que o guia através das cobiças, inveja, temores e ódio que leva à involução da espécie humana.

O que se poderia esperar disso tudo? Aumentam os rumores de guerra. A esteira dos acontecimentos vai rolando rapidamente, não há reflexões mais profundas nem considerações de natureza humana, pois as pessoas vão seguindo mecanicamente, sem prestar atenção ao que se passa ao redor e ao querer intuitivo, que poderia ser de grande auxílio nesta hora sombria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

200 ANOS DE INDEPENDÊNCIA

Falta a boa convivência entre os seres humanos. Antes, havia um rumo, mas não era suficientemente forte, tanto que o sistema desmoronou. Hoje, poucos sabem o que querem da vida, muitos vão sendo empurrados pela superficialidade da multimídia, e sem saber estão indo atrás do beijo da morte. O descontentamento com as condições de vida não lhes permite perceber o quanto estão recebendo a cada dia, e que deveriam agradecer com a alma, retribuindo na convivência alegre, amena e natural.

Educar para quê? Por que encher a cabeça das crianças com coisas inúteis? Desde cedo as crianças têm de ser disciplinadas, aprender a viver e a conviver de forma construtiva e a respeitar a lei do equilíbrio, retribuindo por tudo que recebem, em vez de ficarem fazendo exigências descabidas, sem desenvolver esforço próprio. Falta bom senso intuitivo, iniciativa, foco, propósitos de vida. Os seres humanos deveriam buscar a Luz da compreensão do significado da vida. Muitos pensam apenas nas necessidades instintivas e no lazer e acabam se transformando em máquina sem conteúdo. Outros cobiçam riquezas e poder para dominar. É cada vez menor o número daqueles que se ocupam com o significado da vida.

Tudo gira em torno do dinheiro, a base da economia de produção e das finanças, e a cada instante ele tem de ser mobilizado pela maior parte da população do planeta, mas os interesses do capital acabaram suplantando as necessidades da humanidade. Quem controla o dinheiro, sua criação, sua distribuição? É uma importante variável para a produção, comércio e renda, mas que acabou adquirindo vida própria, podendo ser criado de forma irrestrita por interesses particulares, ou submetido à rígida escassez, sujeitando os seres humanos às suas regras, gerando o desequilíbrio econômico mundial.

Há montanhas de papel moeda pelo mundo e pouca felicidade, pois a humanidade ainda não achou o caminho do progresso real nas boas condições de vida, na saúde e no preparo das novas gerações. “Procurais e Achareis.” Pensadores achavam que o mundo se uniria pela democracia em condições de vida condizentes com a espécie humana. Cobiça de riqueza e poder impedem a convivência pacífica. Só o respeito às leis divinas da natureza poderá unir a humanidade num viver construtivo e benéfico, mas isso requer sinceridade e humildade espiritual diante da obra do Grande Criador, a qual os homens se julgam donos. No entanto, uma simples doença cerebral incapacita a atuação do espírito, impondo ao doente um viver vegetativo.

Há 200 anos surgia uma nação monárquica cujo rei era uma criança que tinha perdido a mãe. O Brasil, tornado nação independente, deveria ter sido administrado pelo casal D. Pedro e Leopoldina. Pedro se deixou arrastar pelos vícios e más companhias, e não cumpriu sua tarefa. Já naquela época os inimigos do Brasil não queriam um país livre e forte, tendo surgido uma casta de dirigentes corrupta e entreguista. Os ingleses fizeram a festa com Portugal afastado. O herdeiro da coroa tomou posse e estava dando um rumo à nação. Ao eliminar o trabalho escravo, foi banido e o país caiu nas mãos de oportunistas e foi transformado em república em 1889 por um grupo despreparado e predisposto à corrupção e dócil aos interesses externos.

Malgovernada, cobiçada pelos seus recursos, a jovem nação ficou estagnada e caiu na armadilha da dívida externa. Teve a ousadia de emparelhar o real com o dólar na base de juros altos. Fragilizou a indústria, a educação e a saúde. Com muita corrupção e desvio de verbas, o crescimento superficial não teve como se sustentar. Se não fosse pela produção agropecuária estaria à míngua como as republiquetas latino-americanas.

Os entraves são muitos. Os inimigos estão ativos, não querem o bem e o progresso do Brasil, que ainda não conseguiu se tornar uma nação de fibra, com população forte e bem-preparada, mas chegou à beira do abismo da ingovernabilidade, até que um elemento de fora da panela política chegou ao poder levado por uma população ansiosa por ordem e progresso. Ao completar 200 anos de sua independência qual será o futuro do Brasil e de seu povo ameaçado pela fome e falta de bom preparo para a vida?

 *Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

JUROS E DESEQUILÍBRIOS

No Brasil e no mundo há uma série de ideias que se opõem. Como surgiu essa polarização? Seria por teimosia, ou por julgar que suas ideias são superiores às do outro grupo? Ao final, acabam se perdendo em teorias e se afastam da naturalidade, isto é, dos princípios básicos de liberdade, responsabilidade e dos objetivos beneficiadores das condições gerais de vida. Maquiavel tinha razão. Divididos irreconciliáveis, cobiçando o poder, do jeito que o diabo gosta, são mais facilmente dominados, e nada de bom realizam para a nação.

Por longo período o mundo experimentou juros baixos com dinheiro sobrando. De repente a coisa vira. O dinheiro abundante e barato vai secando e não vai dar para segurar o que estiver com base frágil. O descompasso nas cadeias de suprimentos faz repensar a globalização. Os preços baixos tendem a subir. A produção de alimentos sofre reveses. Os maus governos não terão como disfarçar sua ineficiência. O que vem para o mundo não será um simples resfriado.

Quando o FED eleva os juros para a moeda mundial, ocorre uma enxurrada que valoriza o dólar, mas aumenta a dívida. Japão e Europa caminham na direção oposta, desvalorizando euro e yen; o yuan chinês também acompanhou, e suas exportações ficaram mais baratas em dólar, aliviando a pressão inflacionária. No Brasil, se o dólar ficar mais caro, repercute nas importações, pressionando a inflação. O sistema todo fica engessado pela taxa de juros, ou seja, o instável arcabouço financeiro gera desequilíbrios na economia mundial.

Há economistas que dizem que não estão claros os efeitos que a elevação dos juros no Brasil possa trazer para deter a depreciação do dinheiro. A carestia está assustadora, pois o dinheiro está perdendo valor pelo mundo. Destaca-se a atividade agropecuária atraindo divisas, usando o solo e a água, produzindo alimentos que são exportados. Os grandes conglomerados mundiais dominam os mercados e focam no ganho. O problema dos impostos arrecadados está na gestão do dinheiro que desaparece na máquina governamental.

Pandemia, criação de muito dinheiro, guerra na Ucrânia, tudo isso afeta o PIB. Para sobreviver, a população precisa de alimentos, educação, saúde. O que impede que haja produção interna para atender a essas necessidades com bom preparo da população? O Brasil se tornou dependente do mercado externo para exportar seus produtos primários, descuidando de tudo o mais, aumentando a dependência das importações. Sem iniciativas visando a melhora geral, os mandantes que se aboletaram no poder buscaram tirar vantagens e acumular dólares, deixando a economia estagnada.

Quais seriam os efeitos de uma desaceleração econômica mundial? Desvalorização de papéis e ativos reais e commodities? E os alimentos como ficariam? Crise de solvência? O dinheiro seria atraído pelos juros em movimento de ascensão, encarecendo o crédito? Qual seria o efeito sobre as novas gerações que têm de ingressar no mercado de trabalho? O que os governantes deveriam estar fazendo para manter a ordem e a estabilidade social?

O século 21 nos apresenta muitos acontecimentos que seguem um padrão declinante. Um impacto negativo após outro, colocando a humanidade num patamar bem abaixo de onde deveria estar, se tivesse dado ao espírito a oportunidade de se manifestar para atuar em conjunto com o raciocínio intelectivo.

Na adolescência, os jovens se tornam sonhadores. A melancolia abre seus olhos para o mundo à sua volta, percebendo as asperezas e o sofrimento que envolve a humanidade. Querem encontrar a causa e a solução, mas logo são empurrados para a sexualidade descomprometida, o domínio do instinto exacerbado ao longo dos séculos, e nisso também encontram apoio nas ideologias materialistas, afastadas das leis do Criador. As mídias sociais atraem as atenções, exercendo forte influência nos despreparados.

O rapaz se deixa embrutecer e a garota, não reconhecendo a joia que a feminilidade encerra, se deixa levar pela onda de libertinagem sexual que vem de longa data, e agora está no auge com o apoio de uma arte que incentiva o declínio do ser humano. Como não receberam a noção da necessidade de equilíbrio e retribuição por tudo o que recebem, ficam sem base e sem compreensão da vida.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

BRASIL, O PAÍS QUE DEVERIA ESTAR DO LADO DA FELICIDADE

A palavra é mágica e tem o poder de construir e beneficiar, ou destruir e envenenar. O mesmo acontece com as palavras e os sentimentos que formam os pensamentos. Abusos com as palavras ocorrem de longa data; as mentiras criadas pelos seres humanos, para sua conveniência ou por ignorância, estão presentes em tudo e estruturam o caos em que vivemos. A humanidade não levou a sério o “conhecereis a verdade e ela vos libertará”, pois isso requer força de vontade, esforço, simplicidade, clareza, naturalidade.

O Brasil cobiçado foi definido como a grande reserva internacional e por isso não convinha que os governantes agissem para promover o progresso da nação e seu povo. Em 1964, houve uma virada, mas faltou objetividade para alcançar o desenvolvimento tecnológico e industrial. Nos anos 1980, veio a crise da dívida externa e de novo a velha oligarquia tomou conta do poder. Em 2018, surgiu uma nova esperança. O que acontecerá em 2022, ano do bicentenário da Independência?

Aqueles que desejam progresso equilibrado e harmonioso para o Brasil se quedam angustiados. Em quem podemos confiar neste mundo materialista no qual o trunfo é o dinheiro? Infelizmente os bem-intencionados podem acabar como inocentes úteis e serem ludibriados, sem perceber as altas maracutaias promovidas pela turma falsa e mentirosa que se instalou no nível alto do poder. É difícil saber como essas coisas acontecem nesta nação atrasada.

No passado, a educação tinha por base a natureza e seu funcionamento automático ao qual os seres humanos se adaptavam desenvolvendo bom senso intuitivo. Depois foram se afastando julgando-se superiores à natureza e suas leis. Jesus quebrou o ciclo cerebrino afastado do natural. Pouco restou de seus ensinamentos espirituais. O catecismo dogmático influenciou a mente infantil, dando continuidade ao seu afastamento da natureza. Depois vieram os livros, revistas, filmes e desenho animado. O que restou do ser humano? Um descontente que ou decai moralmente ou se deixa levar pelos revolucionários enlouquecidos. As consequências da educação errada afastada das leis naturais estão no ar.

Os humanos não seguiram as leis naturais da Criação e entortaram tudo. Em vez de subirem a escada do aprimoramento pessoal, foram descendo, reduzindo a essência humana. Sem espírito atuante, o cientificismo quer interferir e impor normas padronizadas de viver que travam a individualidade e o querer da alma, quando deveria voltar às origens do ser humano para reconhecer e extirpar os erros cometidos, em vez de impor um viver puramente materialista, sem respeito às leis da natureza.

A China soube como tirar proveito da globalização disponibilizando manufaturas com preços baixos. Muitas empresas americanas ganharam bom dinheiro e a China se fortaleceu. Foi surpresa geral a rápida eclosão da guerra na Ucrânia no cenário bagunçado da economia mundial, um evento enigmático em meio ao forte confronto econômico entre os EUA e a China, mas ambos ao seu modo tiram proveitos, embora não se saiba que efeitos trará sobre a disputa do mando econômico mundial, quem ganhará ou perderá. Mais de 80 milhões de mortes na segunda guerra mundial não foram suficientes para tornar os homens mais humanos, e cumprir sua tarefa na Terra de ser beneficiador e transmissor da energia espiritual que está apto a captar.

É conhecido o fato de que criar dinheiro do nada deprecia a moeda. EUA e FED têm feito controle firme para manter o dólar como a moeda número um. Quando ocorre desvalorização que prejudica a primazia do dólar, não raro surge um ciclo de elevação dos juros que atrai as reservas mundiais para o dólar. Isso traz complicação para a economia mundial, mas é importante olhar para as consequências do crescimento da dívida pelo aumento dos juros.

No processo econômico natural, a riqueza produzida não deveria ficar concentrada; uma parte dela deveria ser partilhada com os que ajudaram a produzi-la. A tendência atual é de precarização geral e o ser humano indolente, com alma inativa, vai sendo reduzido a mero fator de produção e consumo, sem dedicar-se à compreensão do significado da vida. O desânimo vai avançado sobre o Planeta. Urge manter a serenidade com pensamentos sem ódio voltados para o bem. Falta a Luz da Verdade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

A ERA DAS TREVAS, ONTEM E HOJE

Na “idade das trevas”(de 476 a 1453 d.C.) ocorreu na Europa a estagnação cultural e econômica em decorrência do declínio do Império Romano do Ocidente. Foi uma época dominada culturalmente pela religião. Também denominada como “idade média”, nesse período houve o avanço da obscuridade em que a original Mensagem de Luz, trazida por Jesus, foi sendo desfigurada por alterações e inserções mais condizentes com a vaidade e que pouco contribuiu para a evolução espiritual da humanidade.

Em seguida houve o Renascimento, um movimento cultural, econômico e político que surgiu na Itália do século 14 e se estendeu até o século17 por toda a Europa. Os renascentistas se colocaram como herdeiros do pensamento e da ciência desenvolvidos por gregos e romanos, dando ênfase ao intelectualismo materialista, fazendo renascer a cultura da antiguidade, mas não pesquisaram o saber sobre os entes mitológicos. Foram eles que denominaram a Idade Média como a Idade das Trevas, mas na verdade esse obscurantismo perdura até nossos dias, pois o avanço da intelectualidade se voltou para o materialismo, sufocando o pouco de espiritualidade que havia restado do passado.

Dois fatores foram progressivamente reduzindo a influência e interesse pela religião: a evolução do dinheiro e a revolução industrial, mas podemos dizer que ao lado desta teve início a revolução financeira que a tudo afetou. A economia e as finanças passaram a ser a grande motivação das nações. A Inglaterra e a França queriam assegurar os recursos naturais, matérias-primas, energia, competitividade e mercados para as manufaturas, e passaram a constituir colônias. Nesse interim, os Estados Unidos se fortaleceram e acabaram afirmando através da Doutrina Monroe, a América para os americanos. A Alemanha, com população disciplinada, galgou posição com produtos de boa qualidade e preços competitivos. Com o avanço da penetração da Alemanha nos mercados, a economia mundial começou a se complicar, chegando aos embates da Primeira Guerra Mundial.

A Inglaterra e os Estados Unidos avançaram no controle do dinheiro e das finanças. A Alemanha, se ressentindo disso, tentou buscar outro caminho para evitar depender de capital externo, mas foi caindo na obscuridade, queimando livros contrários a sua ideologia, gerando atritos irreconciliáveis que deram origem ao mais trágico embate, a Segunda Guerra Mundial que se estendeu de 1939 a 1945 com muita destruição e sofrimentos.

Terminada a guerra a humanidade queria paz e progresso, houve um período de leveza, embora ainda prevalecesse a cobiça por riqueza e poder. O mundo foi caminhando para o desenvolvimento tecnológico e inovações. Logo ficou evidente que muitos países ficariam para trás na educação, na pesquisa científica e tecnológica, passando à condição de dependentes, restringindo-se ao fornecimento de alimentos e matérias-primas.

A melhora durou pouco, logo surgiram novas crises financeiras, o endividamento público e a globalização da produção. O dinheiro se tornou o grande ídolo. As corporações foram produzir na China onde a mão de obra era muito mais em conta. Aparentemente não haveria mais razão para guerras, a globalização era a solução preferida. Com custos imbatíveis e câmbio favorável, a China foi penetrando nos mercados, inviabilizando a produção industrial local. Tudo caminhava a contento, a China enriquecia e adquiria novas tecnologias, passando a produzir produtos de qualidade, almejando ter moeda forte. Até que os norte-americanos elegeram Donald Trump que passou a tomar medidas para atender os anseios do seu povo, contrariando os postulados da globalização.

Veio a guerra comercial e o recrudescimento da geoeconomia. No Brasil, Jair Bolsonaro foi eleito sem o apoio da mídia, surpreendendo a classe política acomodada no poder há décadas. Eis que os chineses são atacados pelo Covid-19, não divulgam logo a gravidade da doença e tudo foi parando. Cidades no mundo todo fecharam o comércio, parando de produzir, vender, receber e pagar. A situação é tanto mais grave pelo artificialismo do sistema econômico global que fechou fábricas, desempregou e deixou as ações da Bolsa subir sem consistência, na crise tudo foi caindo. Bancos Centrais falam em despejo de dinheiro, mas e a produção?

Estaria a humanidade sendo conduzida para o beco sem saída e não está vigiando nem orando? Os estrategistas precisam buscar soluções para contornarmos as dificuldades na saúde e na economia para impedir o declínio do Brasil e seu povo. Mas continuamos dominados pela cobiça de poder. Temos de avançar para além do materialismo para encontrar a Luz da Verdade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

O BRASIL E A GUERRA

Era para o Brasil ter ficado na mão de D. Pedro I, mas ele caiu nas ciladas. Após a independência e com o falecimento da imperatriz Leopoldina, o país ficou nas mãos de aproveitadores que tramaram o banimento do patriota José Bonifácio para satisfazerem suas cobiças, servindo a interesses externos.

Na atualidade, a pandemia deixou uma sensação de vazio no mundo. No setor econômico, os juros se movem para enfrentar a inflação que pode se agravar com o conflito na Ucrânia. Bolsas se ressentem. Empresários se preocupam. Políticos em lutas pelo poder. Escolas não conseguem elevar o nível do saber. Alterações no clima.

O ocidente descuidou do bom preparo das novas gerações e, consequentemente, da formação de verdadeiros seres humanos, através de uma educação fortalecedora da essência humana, a alma e seu núcleo, o espírito, criados pela Vontade Divina. Outras nações deram foco ao preparo na direção do fortalecimento econômico-militar do país, e estabeleceram planos para fazerem frente ao poder do dólar, enquanto os EUA foram esvaziando as fábricas, ampliando a dívida e a ilusão do ganho financeiro virtual.

Os rumores de guerras se concretizam. Parece coisa arranjada, a OTAN não entra no conflito porque a Ucrânia não está no pacto. O que quer a Rússia? Vai aguentar as pressões financeiras e econômicas? O rublo já caiu 30%. No caso de se sentir enjaulada não poderia sair dando tiros contra outros países? Já é terrível dois países em confronto, mas será que estão sozinhos? E se outros entrarem ostensivamente?

E se a China avançar sobre Taiwan? Ao final, trata-se de um confronto por poder e dominação, que com certeza não vai melhorar a já precária felicidade da humanidade. Os poderosos sempre ganham com as guerras. Nesse jogo pesado, quem move as peças? Quem toma as decisões? Mas a palavra final será dada pela lei da reciprocidade e demais leis da Criação.

O público em geral vai perceber os efeitos do conflito no bolso, no preço dos combustíveis e dos alimentos, na liberdade, mas as consequências menos visíveis, porém mais incisivas, poderão ocorrer no sistema financeiro mundial concentrado no dólar; o significado disso a longo prazo poderia ser a redução da influência americana. A tendência mundial é de centralização do poder, cortar a autonomia individual e de governos; reduzir os níveis de decisão, subordinando tudo ao controle centralizado através da TI. A ideia é eliminar a autonomia dentro das fronteiras nacionais. Liberdade para decidir, só de acordo com os programas e algoritmos.

Mais de quatro milhões de anos foi o tempo necessário para que o planeta adquirisse as condições de vida e sustentabilidade, o mundo perfeito, através do funcionamento das leis da natureza, pouco estudadas pela humanidade. Em seu ciclo a matéria tinha um tempo determinado, a evolução do espírito humano também. Muitas profecias alertaram sobre isso, mas perderam a simplicidade original e acabaram sendo objeto de sarcasmo.

Os Estados Unidos têm vocação para a liberdade. O Brasil, para a paz e a busca do Eterno. Lamentavelmente o que prevalece hoje em dia no mundo é o domínio trevoso do materialismo e do dinheiro, a negação do espírito e das imutáveis leis espirituais, seja no capitalismo democrático ou totalitário, ou mesmo nas diversas correntes religiosas. Romper a lógica materialista e os conflitos gerados por ela e sua pressão avassaladora sobre a consciência, depende de cada indivíduo e de sua vontade de se tornar consciente da realidade espiritual.

Quem ainda tem ponderação para examinar a vida e seu significado? Quem controla os fios do destino? É a lei da reciprocidade que está levando os fios para os remates? Chegamos ao fim do modo de vida atual? O que surgirá? Ocorrerá a aceleração da tendência de eliminar os últimos resquícios da alma, ou algo inesperado com a eliminação dos que já a perderam?

O mundo caminha para o enrijecimento geral. A humanidade descuidou da alma, a voz interior, o elemento essencial do ser humano, não o sentimentalismo. No totalitarismo, a alma deixou de ser levada em consideração há muito tempo, o que poderá levar a humanidade para um mundo mecânico, sem alma, sem coração, enterrando a finalidade primordial da vida, ou seja, a elevação espiritual do ser humano.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br