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A IMPORTÂNCIA DE RECUPERAR A INTUIÇÃO

Muito se fala no lampejo intuitivo, aquela percepção que surge de repente indicando um caminho, uma solução. Em psicologia, intuição é um processo involuntário e inconsciente que em dado momento apresenta uma solução para resolver alguma questão complicada, algo que ainda se constitui num enigma para a ciência. Apesar de existirem muitas teorias sobre o assunto, a ciência ainda tateia na busca da compreensão, isso faz com que muitos acreditem que a intuição é um processo especial que procede do “coração”, isto é, da alma.

Muitos seres humanos descarados não se envergonham em mentir e enganar as pessoas para benefício próprio, contrariando sua intuição admoestadora que quer advertir sobre a ação errada. Estamos diante de um momento mundial muito delicado, mas persistem os desentendimentos e conflitos entre os seres humanos. Será que não são capazes de resolver os problemas sem produzir caos e sofrimentos?

A intuição é a voz interior que mostra algo que está além da capacidade cerebral, mas que precisa da ajuda do cérebro para ser posta em prática. Trata-se, na verdade, de algo captado pela alma, pelo espírito que vivifica o corpo do ser humano. Essa é a característica fundamental que nos torna humanos de fato. Se essa capacitação for cerceada ou interrompida, o indivíduo deixa de ter o humano em si, passando a agir como um cérebro sem a condução da alma.

A espécie animal é composta por criaturas que cumprem o instinto: alimentação, sono, procriação na época em que a natureza provoca isso para o movimento de renovação, num convívio equilibrado. A espécie humana é espírito dotado de intuição e livre resolução, que deveria atender a todas as necessidades materiais e ir além para desenvolver-se, ampliar o raciocínio lúcido. Mas sufocou o espírito e a saudade do céu, do que é belo, e assim foi criando uma forma de viver inferior, afastada daquilo que deveria ser, agindo em nível que se situa abaixo do animal instintivo por natureza.

A inteligência artificial (IA) e demais tecnologias deveriam auxiliar o desenvolvimento da humanidade, mas elas não têm a intuição espiritual. Como tudo o mais, a IA entra no rolo compressor da ausência de objetivos enobrecedores da espécie humana, uma necessidade e finalidade tão evidente, mas jogada no rio do esquecimento como se fosse normal ter homens indolentes, inativos, crianças sem ter o que comer, sem receber bom preparo, moradias precárias, entre tantos outros fatores. São acontecimentos que não deveriam existir. Será que esse novo equipamento inteligente trará a solução, ou será incorporado ao modus operandi egoístico do ser humano dominado pelas cobiças?

Sem intuição, a voz interior que mostra algo que está além da capacidade cerebral, o ser humano perde o contato com as leis da natureza que regem a vida, e constrói a civilização do dinheiro e concreto. No mundo globalizado, governos locais se deixam envolver por interesses particulares e perdem força, e deixam de zelar pelo patrimônio natural que sustenta a vida, degradando o planeta, o habitat concedido para a evolução da humanidade.

Os seres humanos receberam a permissão de viver na Terra para se desenvolverem. Tudo estava pronto, mas com sua cobiça e prepotência a humanidade se tornou uma ameaça para o planeta e hoje está à deriva. As novas gerações estão sem rumo, sem força de vontade, dando cabeçadas sem saber o que fazer da vida.

A falta de leitura como fonte de aprendizado e reflexão intuitiva compromete e futuro. Os jovens têm de receber atenções gerais, pois são o futuro. Para não cair nas drogas, a base familiar é fundamental. É preciso ter força de vontade e propósitos enobrecedores, e uma noção mínima sobre a vida e seu significado. E ainda ter os conhecimentos básicos essenciais para raciocinar com lucidez. Num mundo em mutação acelerada, é fundamental estar apto a aprender sempre e se adaptar. É preciso impedir que as novas gerações se mecanizem, perdendo a essência humana, pois não somos máquinas. Liberdade, responsabilidade e individualidade, são fatores essenciais para evoluir.

Estaria a humanidade sendo conduzida para o beco sem saída, por não estar vigiando nem orando, nem percebendo que está sendo empurrada para a negação do humano em si? As engrenagens dos destinos estão em movimento. Os seres humanos continuam lançando sementes com suas decisões boas ou más. Importa o real querer e a intuição. O que surgirá disso tudo? Os homens imaginam que estão no comando, no entanto isso é uma ilusão e em breve perceberão o seu engano porque permanecem alheios a tudo que está acontecendo, e se acham diante da grande colheita desencadeada pelo Filho do Homem prometido por Jesus, que trará o auxílio para aqueles que Procuram a Verdade com esforço incansável e sinceridade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

FIM DO TEMPO

Os seres humanos foram perdendo a percepção de que não passam de simples criaturas com a permissão de viver para evoluir. Deveriam ter alcançado o saber dos princípios universais, isto é, as imutáveis e perfeitas leis da Criação que regem a vida e o aprimoramento do espírito para que, voltados para o bem, se elevem. Alma, intuição, cérebro e raciocínio, tudo integrado e voltado para a melhora das condições gerais de vida e aprimoramento espiritual da espécie humana.

Por que a população não para de crescer, estando em torno de oito bilhões de almas encarnadas necessitando de alimentos e das coisas essenciais para viver no planeta? Poucos pensam no Criador com gratidão. O principal inimigo do homem é o próprio homem por ter se afastado do saber e respeito às leis da Criação.

As nações foram perdendo espaço na economia globalizada com o endividamento e desvalorização das moedas. A produção industrial foi sendo centralizada na Ásia, principalmente na China. O caos vai se instalando nas cidades superpovoadas com aumento da pobreza, doenças, desemprego e problemas no abastecimento de água potável e alimentos. As cidades vão inchando, tornando-se inviáveis para todos. A liberdade de poder fazer o que bem quiser está findando para o ser humano, sendo substituída pela introdução de rígidos regulamentos.

Mais de quatro milhões de anos foi o tempo necessário para que o planeta adquirisse as condições de vida e sustentabilidade, o mundo perfeito, através do funcionamento das leis naturais da Criação, ainda pouco conhecidas pela humanidade. O que prevalece hoje em dia é o domínio do materialismo e a negação do espírito e das imutáveis leis espirituais, seja no capitalismo ou no socialismo, ou mesmo nas diversas correntes religiosas. Romper a rigidez da lógica materialista e sua pressão avassaladora sobre a consciência, e os conflitos gerados por ela, depende de cada indivíduo e de sua vontade de se tornar consciente da realidade espiritual.

Foi interposta uma densa cortina, dificultando a visão clara da vida e seu significado para que os indivíduos sejam mantidos espiritualmente estagnados. Há no mundo um ordenamento geral. São as leis naturais da Criação: gravidade, atração da igual espécie, reciprocidade, equilíbrio e movimento. Tudo funciona harmoniosamente. O ser humano dispõe de livre resolução, mas deveria reconhecer e se enquadrar no movimento geral para construir progresso e evolução, mas insiste em agir puerilmente em oposição, semeando desordens e destruição para onde quer que se olhe.

Nos últimos 200 anos, os humanos tomaram muitas decisões inadequadas. As potências dispõem de armas modernas destrutivas. Mas as consequências das decisões vão surgindo de forma avassaladora. Os resultados são imprevisíveis, pois os homens podem tomar decisões, mas quando surgem os resultados pouco podem fazer, tendo de arcar com as consequências de seus atos. Já há uma guerra perigosa na Europa, além disso há uma guerra verbal entre os dirigentes dos EUA, Ucrânia, Rússia e China. O tom e agressividade das palavras assustam, a língua afiada também poderá se tornar um detonador. Por mais planejamento que possa ser feito, as consequências são imprevisíveis, mas a humanidade continua sem atentar para o que se passa à sua volta.

Há longo tempo os seres humanos vêm se enredando no mundo material, deixando o espírito estagnado e incapacitado para prosseguir sua jornada, sendo obrigados a sucessivas encarnações em corpos terrenos para que pudessem corrigir os erros e se elevarem, mas como consequência as condições gerais de vida vão ficando piores a cada nova geração. Ocorre que a possibilidade de receber um novo corpo está terminando com o Final do Tempo concedido para a evolução do espírito, ou seja, de um determinado momento em diante não mais poderão voltar para a Terra num corpo, rumando para o desconhecido Dia do Julgamento Final. Mas não será o fim de tudo e sim um processo natural de restauração e recomeço para os seres humanos que perceberem, enfim, que sua essência é espírito e não a matéria perecível na qual se aprisionaram. O mundo precisa da paz e boa vontade.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

UM NOVO CAMINHO PARA A HUMANIDADE

A vida foi seguindo: família, escola, namoro, casamento, filhos. O tempo passando: pizza, vinho, futebol, trabalho. De repente, algo estranho fez tudo mudar, como a perda de rumo, perda de interesse e motivação, desânimo, a sensação de vazio se estendendo pelo mundo, a ansiedade aumentando. Qual rumo seguir?

De onde vem a vida? A natureza é fabulosa, pois nela há vida e movimento, seja no solo, no ar, na água. Com tantos problemas na Terra, o que vão fazer em Marte? Quanto tempo demora para se chegar lá? Os seres humanos buscam o que está distante, meio fora do alcance, mas descuidaram da Terra, explorando-a e destruindo. É espantoso quanto gastam estupidamente para satisfazer as próprias cobiças por riqueza e poder. Tragicamente quase nada foi feito para deter o retrocesso mental e espiritual da espécie humana nos últimos 50 anos.

Os efeitos da cultura da jovialidade tudo faz para ocultar a naturalidade do ciclo da vida. Em tempos passados, os idosos eram considerados sábios. Agora esse contingente tem a saúde agravada por sintomas de doenças decorrentes da falta de cuidados com o corpo e hábitos errados e exagerados, além da alimentação inadequada na qualidade e preparo. Alegria e gratidão deveriam ser as motivações essenciais, mas na falta disso surgem conflitos na mente por questões mal resolvidas. É o momento para refletir sobre o significado da vida e buscar a ascensão espiritual.

Nesta fase tão mecânica temos de oferecer aos jovens uma base que os habilite a desenvolver um projeto de vida e de crescimento pessoal de forma consciente. De maneira geral, as novas gerações não têm recebido bom preparo para seguir pela estrada da vida construindo e beneficiando. Ou são lançadas no conformismo e estagnação, ou torpedeadas com ideologias marcadas pelo ódio. Em ambas as alternativas, falta uma visão elevada tendente a conduzir a humanidade para o aprimoramento pessoal e melhor futuro, sendo impulsionadas para a perda da própria essência, em vez do fortalecimento de cada indivíduo para que se movimente em busca de seus sonhos de evoluir, construir e beneficiar em paz e liberdade. É indispensável alfabetizar adequadamente e promover a leitura para formar seres humanos com raciocínio lúcido, fortes, aptos e dispostos a construir um Brasil melhor.

A crescente miséria pelas cidades indica que há algo errado na trajetória do ser humano. O que será? O carma? A desigualdade na apropriação dos recursos naturais? O querer egoístico? Ou será o resultado do retrocesso espiritual que se intensificou a partir das décadas finais do século 20? É tudo isso, uma coisa em decorrência da outra, a grande semeadura esquecida que está apresentando os frutos todos de uma vez. A grande catástrofe para a humanidade será se as novas gerações continuarem perdendo a sua essência humana.

Os jovens trazem renovação, mas precisam da base sólida adquirida no lar com carinho e severidade, para que se tornem aptos e dispostos a darem a sua contribuição para o bem geral. Sem isso, perdem o rumo, desperdiçam o tempo concedido para o autoaprimoramento. Estamos numa fase em que as dificuldades estão aumentando. No atual deserto de inspirações e ideais nobres, buscar o enobrecimento do viver é algo essencial. O tempo se torna curto, faz-se o que é possível, mas o movimento certo é indispensável. Os interesses menores cerceiam as boas iniciativas.

Cada indivíduo, cada povo, a humanidade inteira, sempre colhem o que semeiam. A fase é a da colheita geral, tudo de uma vez, sem trégua, num período relativamente curto, onde terão melhor colheita aqueles que buscarem reconhecer e viver de acordo com as leis do Criador. No Brasil e no mundo atravessamos a crise gerada pelo ser humano que abandonou a intuição, a voz do espírito.

Recursos naturais limitados, ameaça de falta de alimentos, murmúrios de guerra grande. O que deveria surgir para impedir o esvaziamento da essência humana? Que caminho a humanidade deveria seguir? Romper a estagnação em que caiu buscando a evolução espiritual, integrando a ciência com a natureza e suas leis, para dela colher o que de melhor nos oferece, sem agredi-la destrutivamente.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

VALORES HUMANOS

Há estimativas de que 90% dos seres humanos dormitam no comodismo e indolência, aceitam adversas condições gerais de vida e não despertam para a realidade nem mediante os mais lúcidos esclarecimentos. Isso não é bom para os indivíduos que não se desenvolvem o quanto podem, nem para a nação que fica com baixo potencial humano. Quando as novas gerações não recebem bom preparo para a vida o futuro fica ameaçado.

Falta conscientização e até vontade para reverter a situação de marasmo, o que traria resultados surpreendentes; mas isso requer o empenho de todos na busca do desenvolvimento dos valores humanos. Para que haja crescimento, é indispensável que haja boa educação, quando entendida como o bom preparo para a vida.

Atualmente não temos tempo para nada. O comodismo sempre nos pega quando ficamos descuidados. Tendemos para a acomodação por preguiça. Acomodados, não aproveitamos o tempo, não crescemos, não evoluímos. E não percebemos o essencial, como por exemplo, que a água e a energia elétrica, duas faces da mesma moeda, estão sob ameaça. Ambas dependem da boa preservação das matas, sobretudo as florestas próximas às nascentes, margens de rios, mananciais, coisa que temos desprezado ao longo dos séculos, arrasando a vegetação nativa, transformando o solo em deserto, exterminando a fauna silvestre. Ainda desconhecemos o que é ser humano e, irresponsavelmente, destruímos a natureza.

Na atualidade, tudo se afunila nas finanças, o que está tirando a perspectiva ampla da ciência econômica, restringindo tudo ao aspecto financeiro, ao dinheiro. O outro lado disso é o aumento galopante das dívidas. Os Banco Centrais injetam dinheiro para incentivar o consumo e a produção, o que resulta num estímulo que movimenta a economia. No ocidente, importador de bens, essa estratégia mais tem gerado aumento das dívidas e inflação do que estabilidade da atividade econômica, trazendo a insegurança geral nos empregos com o fechamento de milhares de empresas.

Onde encontrar a narrativa do dinheiro? Como ele foi tomando o espaço e se tornando o dominador do planeta? O que vale é o dinheiro, não as pessoas. Até onde isso vai? Criou-se um ciclo vicioso no qual economia e finanças passaram a depender da injeção de dinheiro para manter o consumo e suportar a valorização dos ativos. As dívidas se elevam e com a volta das taxas de juros crescem mais ainda gerando uma situação complicada para ser resolvida com dívidas equivalendo a mais de três vezes o PIB mundial.

Nos Estados Unidos, a dívida pública está próxima ao teto aprovado pelo congresso, de mais de 31 trilhões de dólares. Esse limite terá de ser elevado. Caso a aprovação da elevação seja retardada, quais seriam as consequências? Enquanto os Estados Unidos colocam bilhões de dólares em guerras, a China utiliza seu volumoso superávit comercial para penetrar e influenciar as nações atrasadas, e vai angariando vantagens na geoeconomia mundial.

A China vai avançando, ganhando espaço nos países mal geridos e endividados. Os Estados Unidos promovem a valorização do dólar. As nações endividadas ficam com a corda no pescoço, estagnando sem conseguir evoluir para um melhor futuro.

Sonolenta, a humanidade se encontra diante da moderna Babilônia, mas já está sendo despertada de seu cômodo dormitar. A confusa babel tem vivido de aparências, sem perceber que por trás dos vistosos biombos se escondem mentiras, corrupção e irresponsabilidade com o futuro. O mundo se tornou uma baderna sem controle gerando pânico e depressão.

Diante da grande colheita, o circo mundial está pegando fogo. Não dá para ficar perdendo tempo com discussões estéreis. Chega de mentiras e ilusões irrealizáveis. A humanidade precisa do abrigo seguro da Luz da Verdade sobre a vida. Tudo está tumultuado, para onde quer que se olhe há problemas complicados criados pelo homem. Os elos foram separados, divididos. Falta a corrente pelo bem, a coesão por um futuro digno da espécie humana. Pra frente Brasil!

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: TECNOLOGIA A FAVOR OU CONTRA A HUMANIDADE?

Falta foco e soluções para as questões fundamentais da vida como trabalho, alimentação, educação, moradia e aprimoramento humano. O percentual de pobreza e precariedade foi crescendo pela Terra sem parar, assim como a concentração da riqueza. A miséria humana tende a se alastrar com provável colapso nas áreas de abastecimento de água, alimentos, empregos e saneamento básico.

O tão divulgado ChatGPT, fruto da tecnologia de Inteligência Artificial (IA), é uma aplicação construída pela OpenAI, empresa norte-americana que teve Elon Musk como um dos seus fundadores. Essa tecnologia se baseia num modelo gerativo de linguagem que rapidamente busca respostas para as perguntas, superando a agilidade mental do ser humano. O que diria a IA sobre a origem da vida e sua finalidade? Ela voaria sobre milhões de noções existentes, parciais e incompletas, e daria sua sentença situando o viver no limite da matéria, o que para muitas pessoas poderia ser considerado como verdade.

No entanto, os seres humanos têm de perceber que são espírito e não apenas a matéria perecível, uma conclusão que a máquina jamais chegará, assim como não saberá qual é a real motivação dos usuários, pois num mundo repleto de ódios, poderia se tornar altamente destrutiva.

O dinheiro, essa poderosa invenção, hoje criado do nada, comanda a vida na Terra, e se multiplica sem nada produzir, gerando abismos que terão de ser ultrapassados. A humanidade ainda não encontrou a forma equilibrada de criar dinheiro, mas isso não impede a ação de seus controladores, dos oportunistas, dos especuladores, e a vida que deveria ser bela e feliz fica desvalorizada diante da moeda que compra tudo, até o caráter dos homens.

Na sua trajetória, o dinheiro que acabou sendo criado pelo arbítrio de uma elite, faz a economia girar, mas se o excesso não for represado, perde valor, arruína os preços. A maneira encontrada foi elevar a taxa de juros, pois o dinheiro solto acelera a jogatina da bolsa, valorizando os papéis de forma artificial, ao mesmo tempo em que desvaloriza as moedas. Os preços sobem, os salários baixam. Os custos sobem, as vendas caem. Então as atividades vão ficando estagnadas. Baixa a renda. Empregos se reduzem. Alimentos e energia extrapolam. A economia das nações fica engessada.

As cidades vão inchando, se tornando inviáveis para os indivíduos, para os governos, para a humanidade. O que fazer para sobreviver sem se endividar? Tendo em vista a continuada decadência espiritual da humanidade, nada foi como poderia e deveria ter sido. Os elevados valores humanos não influenciaram na melhoria das condições de vida e no progresso espiritual. Nos anos após a segunda guerra mundial houve momentânea sensibilização, mas logo a seguir a imagem dos dias difíceis se foram apagando da memória, e de novo a humanidade trilhou o caminho da indolência espiritual, da acomodação, da preguiça de pensar com clareza sobre a vida e seu significado.

A tecnologia deveria ser empregada para elevar o espírito humano, mas tem sido usada prioritariamente para fins imediatistas, contribuindo para a destruição e esvaziamento da sensibilidade e capacitações humanas. O ser humano não pode ser transformado num ser insensível, que perdeu o contato com o eu interior, que não sabe aproveitar as suas horas de lazer para se instruir e se aprimorar, optando por jogar fora o seu precioso tempo com futilidades. Os Estados-Nação acabaram sendo rebaixados à condição de objeto a serviço de interesses particulares de cobiças por riqueza e poder, por isso agora oscilam.

Quando caímos num congestionamento com milhares de caminhões, ônibus e automóveis, a única saída é esperar pacientemente. Mas quando vemos os preços subindo, os empregos desaparecendo, o descontentamento e o medo ditando o ódio, surge a percepção que estamos em meio ao caos final, mas não se trata do fim de tudo, e sim um processo natural de restauração e recomeço para os seres humanos que perceberem, enfim, que são espírito e não apenas a matéria perecível na qual se aprisionaram. Em verdade, isso é um chamado para despertar da dormência, refletir, ampliar a consciência e desfazer conceitos errados, para então racionar com lucidez, simplicidade, clareza e naturalidade, de modo a semear um mundo melhor com gratidão, amor e paz.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

DESENVOLVIMENTO COM HUMANISMO

No livro Desenvolvimento Humano, que segue abaixo em PDF, reuni uma série de artigos de minha autoria e que foram publicados em jornais, revistas e portais da Internet ao longo dos anos 2010, 2011 e 2012. Abordando temáticas diferentes, todos têm em comum a proposta de indicar para as pessoas de todas as idades, sobretudo as mais jovens, a importância de refletir sobre suas ações, pensamentos, desejos, emoções e vivências, entendendo que a vida é um eterno aprendizado cujo objetivo é o progressivo desenvolvimento pessoal, livre das ninharias do dia a dia que nos mantém acorrentados ao que tem pouca significância.
Um dos objetivos principais deste livro é dar aos jovens uma base que os habilite a desenvolver um projeto de vida de crescimento pessoal de forma consciente. Nesse sentido, reuni considerações sobre vários acontecimentos que tiveram forte impacto em meu desejo de compreender a vida e seus caminhos, e as narrei de forma simples, mas sem perder a profundidade dos temas abordados

Também é objetivo deste livro falar sobre o Brasil, das dificuldades vividas no passado colonialista de tristes heranças, dos grandes problemas que enfrentamos no presente e da certeza de que um futuro melhor só depende de nós e de nossa disposição para buscar valores para melhorar as condições que favoreçam o progresso humano. São artigos fundamentalmente atuais em relação às questões que embaraçam a nação brasileira.


Boa leitura!

Benedicto Ismael Camargo Dutra

Este artigo está associado a um arquivo de Mídia, veja no link abaixo!

   Desenvolvimento com Humanismo

OITO DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA MULHER

No Brasil, no período chamado de Pré-Cabralino (antes da chegada de Pedro Álvares Cabral), a mulher indígena era tratada de forma diferente dentro da comunidade, apesar de também realizar o trabalho do cuidado nas aldeias. Os costumes variam de acordo com as etnias, mas os povos indígenas que viviam no Brasil não precisavam de um sistema econômico, portanto os trabalhos necessários eram divididos de acordo com a idade, a habilidade e o sexo.(Extraído do site https://safe.space/conteudo/a-mulher-no-mercado-de-trabalho-uma-linha-do-tempo-que-voce-precisa-conhecer)

No passado distante a mulher recebia a consideração por ser a cuidadora do lar e a grande conselheira que, com sua delicada intuição, indicava caminhos para o homem, o grande defensor da feminilidade, que queria viver segundo as leis da Criação. Mas isso era uma vez. Homens e mulheres foram embrutecendo, deixando que o egoísmo, vaidades e cobiças determinassem os seus caminhos. Com as invasões e colonização, homens e mulheres passaram a ser escravizados para trabalhos forçados, ou seja, explorados num regime de força, desvalorizando os elevados valores femininos.

O tradicional sistema de autossubsistência foi cedendo espaço ao sistema econômico tecnológico e financeiro, em que tudo passava a depender do dinheiro, e com isso começou a ser desenvolvido um núcleo comercial que aos poucos abrangeu oficinas de artesãos e fábricas. Assim foi iniciado o sistema econômico vigente na atualidade, bem como a civilização do dinheiro, do “toma lá dá cá”. Aumentaram as necessidades de obter renda, dinheiro. Aumentaram as guerras. As mulheres foram para o mercado de trabalho com a vantagem para as empresas de serem mão de obra mais barata.

As condições de trabalho eram as mais precárias. Marcantes foram grandes incêndios em indústrias, sendo o mais conhecido aquele que ocorreu na fábrica da Triangle Shirtwaist Co., na cidade de Nova York, em 25 de março de 1911, às 5 horas da tarde, vitimando146 pessoas que não puderam fugir porque as portas ficavam fechadas. Em 2012, um trágico incêndio numa fábrica de confecções em Bangladesh vitimou centenas de trabalhadores, na maioria mulheres.

Para enaltecer as conquistas femininas e, ao mesmo tempo, alertar sobre a violência que muitas ainda sofrem nos ambientes de trabalho e doméstico, criou-se o Dia Internacional da Mulher. A data de 8 de março representa um marco de luta das mulheres por um tratamento digno. No entanto, é importante ressaltar que homens e mulheres deveriam ter construído juntos um viver paradisíaco na Terra, mas em vez disso entraram em intermináveis desentendimentos e conflitos que dificultam a vida e acabam se refletindo nos filhos, os quais deveriam ser gerados com toda responsabilidade e cuidados, com carinho e severidade para se tornarem seres humanos fortes, independentes, aptos a conduzir a própria vida na fase adulta.

HAVERÁ UMA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL?

Há muita discórdia entre as pessoas quanto aos rumos do Brasil e do mundo. Uns acham que os ideais da esquerda são os corretos, mesmo que isso reduza paulatinamente a liberdade individual, dando força aos homens que conduzem o Estado. Outros se dizem conservadores da direita tentando aliar política, religião e economia. Há muitos conluios movidos a poder e dominação. Falta uma linguagem comum para possibilitar a melhora das condições gerais de vida e do aprimoramento do ser humano. Sem que esse alvo esteja claramente colocado como prioridade, a estagnação e o declínio permanecerão prosseguindo na sua marcha de destruição da humanidade.

A motivação geral da civilização moderna se liga ao dinheiro. Cria-se dinheiro do nada. A elasticidade na criação de dinheiro pode levar ao caos da perda de poder aquisitivo, como ocorreu na Venezuela e Argentina, por exemplo. Nos Estados Unidos há a dívida elevada em relação ao PIB. Os seres humanos têm de encontrar a fórmula adequada para a criação de dinheiro, sem que sejam utilizados mecanismos de favorecimento e de interesses particulares, poder e ganhos.

Há décadas a moeda que movimenta a economia é o dólar, e as demais, a ele atreladas. O que acontece com o dólar se refle nas outras moedas, além disso a gestão monetária tem sido desprezível na maioria das nações, inclusive na mãe do dólar. Os papéis entraram em rota de baixa. Acabou o tempo das ilusões e valorizações. A bolsa tem de valorizar todos os dias? Muita fantasia foi criada. Quem está preparado para a realidade? O enigma da flutuação das moedas as tornaram instáveis; a dos países atrasados nem se fala. A moeda não deveria estar sujeita às consequências dos falatórios populistas enganadores.

Ainda falta algo na teoria monetária para que o dinheiro sem lastro tenha estabilidade. Como eliminar o desequilíbrio que se formou na economia mundial para que a humanidade consiga progredir em paz? O que dizer desse sistema mercantilista mundial moderno que aproveitou mão de obra abundante e barata para produzir e exportar com preços menores, reduzindo os empregos nos países dos felizes consumidores? O que podem fazer os países atrasados? O que fazer se mesmo com tecnologia de ponta não tiverem acesso ao mercado externo?

Os seres humanos permanecem correndo pela vida sem parar, não pensam com clareza, nem fazem reflexões intuitivas. Prova disso é que os jornais, que no passado recente eram avidamente lidos, passaram a encalhar nas bancas, assim como caiu o número de assinantes. Surgiram as mídias sociais, inicialmente bem aceitas. Passado o tempo, muitas postagens ficam penduradas, poucas pessoas as veem, vão para o fundão, mas os pensamentos ficam soltos pelo ar. É preciso que as pessoas voltem a se interiorizar para permitir que a intuição ilumine e esclareça o que está em desacordo com as leis da Criação, levando à compreensão de que uma vida sem anseio espiritual é sem valor.

Recentemente o presidente do Brasil foi se encontrar com o presidente dos Estados Unidos. Tudo junto e misturado. O problema é quem fica com a brasa e as sardinhas. Os EUA sempre deram prioridade ao seu povo. No Brasil tem sido o contrário; pobreza, falta de preparo para a vida, cidades e moradias precárias, e o dinheiro indo para o ralo da desfaçatez. Os americanos estão se ressentindo da crise; os brasileiros nunca saíram dela.

Após tantos sofrimentos causados pela mais trágica guerra que atingiu o mundo todo, inclusive as populações civis com o despejo de toneladas de bombas incendiárias sobre as cidades, surgiu nos anos 1950 um período de graça para que a humanidade buscasse a Luz. Mas a partir dos anos 1970 teve início novo ciclo de decadência. A política pão e circo foi seduzindo, as orgias avançando, os propósitos enobrecedores sendo demolidos, a desfaçatez e cobiça geral dominando, e nisso tudo se foi fermentando nova miséria, atingindo bilhões de seres humanos que não receberam bom preparo para a vida, nem tiveram grande interesse por isso. No mundo movido pelas insatisfações e cobiças, as incompreensões e conflitos estão aumentando. Estaria em gestação uma Terceira Guerra Mundial?

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

GUERRA E INFLAÇÃO

A inflação cria ciclo vicioso que vai se repetindo, ampliando a perda do poder aquisitivo e inviabilizando muitas coisas. Pessoas e famílias veem que sua renda vai perdendo valor e são obrigadas a fazer cortes. Nesse meio, a guerra e o relógio mundial do Juízo Final desestabilizam ainda mais o precário equilíbrio emocional dos seres humanos, reduzindo a esperança de melhores dias. Solucionar é difícil, então os líderes tecem críticas mútuas e pouco falam em soluções.

A inflação é o descompasso entre a criação de dinheiro e a produção de bens. Afeta primeiramente a todos que têm uma renda fixa, o que leva à perda do poder de compra. O efeito é pernicioso para assalariados e pequenos empreendimentos, cujo custo fixo é reajustado enquanto a renda se reduz.

Há também o câmbio que atua como uma gangorra de grande repercussão na economia, um artificialismo que deu gordos ganhos aos espertos. Com real forte e dólar barato, os importados ficam mais em conta, segurando a inflação, mas desaparecem fábricas e empregos. Manter o dólar barato custa juros caros. Com real fraco, o consumidor fica à mercê de produtos de baixíssima qualidade, de cuecas a automóveis. O difícil é equilibrar as contas externas.

Os seres humanos realizaram grandes feitos, mas descuidaram do próprio aprimoramento e vivem em permanente estado de guerra, como a da Ucrânia que parece estar sendo empurrada com a barriga. Dizem que a Rússia não pode vencer, e esta diz que não pode perder. Quanto custa cada tanque que está sendo enviado? De onde sai todo esse dinheiro?

Os seres humanos se afastaram da ancestralidade, da fé, dos valores morais, e já não sabem exatamente o que são. Conduzida pelas trevas para falsos caminhos, a humanidade está convivendo com rumores e preparativos para guerra, e cansada de tantas dificuldades, não sabe o que fazer, enquanto tudo vai sendo contaminado por um desinteresse geral. Solitários, os indivíduos caminham pela vida, deprimidos e revoltados, despidos de valores e de Amor.

Tudo que está escondido e esquecido no íntimo de cada um está sendo empurrado para a flor da pele. Então, as insatisfações e descontentamentos, há muito guardados, se manifestam impedindo o bom entendimento. Vale lembrar que durante a Segunda Guerra, Inglaterra e Alemanha queriam garantir o controle de áreas ricas em recursos naturais para si próprias. Narvik mantinha um porto no norte do Atlântico que não congelava, para que o importante minério de ferro sueco, essencial na guerra, vindo pelas ferrovias de Kiruna, pudesse escoar. A conquista de Narvik foi uma prioridade estratégica alta e acabou se tornando uma renhida região de combates.

Se isso acontecia naquela época, imagine o nível das disputas na atualidade sobre os recursos naturais. Uma guerra nos bastidores leva ao vale tudo, influindo inclusive nas eleições. As regiões ricas em recursos, como o Brasil, estão na mira, sempre convulsionadas e sem possibilidade de gerir o próprio destino. É o atraso secular.

O que é, e como ser tornar uma nação desenvolvida? Fala-se muito em números e investimentos, mas o essencial deveria ser a conquista de qualidade humana e de vida, com a participação de todos na produção e na obtenção dos resultados no que é essencial para um viver com possibilidade de autoaprimoramento, impedindo o continuado declínio.

Outra questão relevante apontada pela ONU informa que a cada oito habitantes do planeta, um mora hoje em favelas ou em moradias precárias. Como se poderia corrigir essa distorção? Os objetivos e o sistema de vida levaram a esse extremo. Há muitos cursos sobre finanças e quase nenhum sobre a vida, seu significado e o papel do ser humano. Enquanto acreditar que a vida é o parque de diversão do “dolce far niente”, dificilmente haverá mudança para melhor, e muitas cidades continuarão apodrecendo, contaminando a espécie humana.

É algo que infelizmente observamos na cidade de São Paulo que completou em janeiro 469 anos e que já foi considerada como o maior centro industrial da América Latina. Poucos prefeitos lhe deram os cuidados necessários para que a capital paulista não perdesse o brilho de modo a manter o padrão de cidade líder mundial, com seus atrativos e sua irradiação acolhedora.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS NAÇÕES E AS DÍVIDAS

O Capitalismo funcionou bem nos Estados Unidos porque havia condições favoráveis para a fabricação e comercialização de produtos, o que gerava resultado e podia oferecer salários de bom nível aos trabalhadores e invejável padrão de vida. Nos demais países, sempre havia uma carência de capital e resultados. Isso gerou um descontentamento e ódio à riqueza, surgindo daí a atração por regimes socialistas; assim teve início uma divisão de classes sociais.

Com a transferência de muitas fábricas para a Ásia a situação foi se modificando e a renda dos trabalhadores declinou. Os empregos foram reduzidos e atualmente aqueles que oferecem melhores salários estão restritos às novas tecnologias. Isso está criando problemas econômicos e sociais, mormente agora em que a economia se ressente de inflação, elevação da taxa de juros e recessão.

A busca por mão de obra de menor custo concentrou a produção industrial na Ásia, onde a legislação trabalhista é bem flexível. A dependência decorrente disso alertou as autoridades ocidentais para a necessidade de desmembrar a produção para outras regiões, antes que pudesse surgir um novo tipo de imperialismo industrial.

Agora discute-se os prováveis riscos da dispersão da produção entre várias nações.  A situação tem semelhança com a difícil fase inicial da Revolução Industrial. Falta uma visão ampla de segurança nacional, de empregos e renda, e aprimoramento da espécie humana. Falta equilíbrio nas relações entre os povos e com a natureza.

Desde o tempo do casal real da França, Luiz XVI e Maria Antonieta, os déficits públicos se tornaram uma constante, com gastos supérfluos e sem foco no desperdício. Um rei e uma rainha têm por dever olhar para o povo, cuidar das condições de vida, elevar o potencial humano. Triste ver que isso não acontecia. A pobreza ficava do lado de fora e os reis não olhavam para ela. O rei não impunha controle nas contas do Estado que gastava muito em suntuosidades supérfluas, o que acabou conduzindo para a ruína.

Cortada a cabeça do casal real, veio o Estado Republicano, uma esperança; mas os governantes dos Estados se revelaram tão indiferentes à situação da população quanto os reis arrogantes, e os desmandos com dinheiro público só pioraram. O Estado se tornou o sorvedouro do excesso da liquidez financeira.

O Japão, nação de economia pujante, ostenta elevado índice de endividamento, equivalendo a US$ 9 trilhões, ou seja, a 230 % do PIB. Ainda bem que a taxa de juros está em 0%, qualquer elevação vai pesar. A dívida dos Estados Unidos também chegou ao teto e o Congresso negocia a elevação do mesmo para a máquina pública não emperrar. A riqueza real tem sua origem na natureza. O homem inventou o dinheiro e o transformou em ídolo. Criou-se uma teoria de pobreza, mas não sendo dominada pela riqueza ela é útil, por que desprezá-la?

A China, grande importador de commodities em geral e alimentos, informa que pela primeira vez em 60 anos a sua população caiu, com a taxa de natalidade nacional atingindo recorde de queda, correspondendo a 6,77 nascimentos por mil pessoas. A população do país, em 2022, estimada em 1,4 bilhão, teve uma redução de 850 mil em relação a 2021. Com as dificuldades em obter informações estatísticas sobre a China pergunta-se se o declínio teve algo a ver com a pandemia.

O século 20 foi trágico em termos de matança de militares e civis na primeira e segunda grande guerra. O que os humanos aprenderam? Sobra insensatez, falta flexibilidade. Atualmente a população da Rússia é de 50 milhões de pessoas, e a Ucrânia conta com menos de 50 milhões. O que pensam os dirigentes dessas nações e os da Otan? Está valendo a pena toda a matança? Por que ficam alimentando o conflito em vez de buscar apaziguamento?

Estamos presenciando acontecimentos nunca imaginados que pudessem ocorrer. Nunca se viu tantas mentiras, roubalheiras e indecência como atualmente, e a situação tende a piorar, pois nada mais é sagrado. A humanidade permanece estagnada devido às lutas pelo poder. No mundo todo, as nações contraíram elevada dívida social e financeira, pois não evoluíram tanto como era esperado para levar os povos à plena florescência espiritual e material.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br