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DESENVOLVIMENTO COM HUMANISMO

No livro Desenvolvimento Humano, que segue abaixo em PDF, reuni uma série de artigos de minha autoria e que foram publicados em jornais, revistas e portais da Internet ao longo dos anos 2010, 2011 e 2012. Abordando temáticas diferentes, todos têm em comum a proposta de indicar para as pessoas de todas as idades, sobretudo as mais jovens, a importância de refletir sobre suas ações, pensamentos, desejos, emoções e vivências, entendendo que a vida é um eterno aprendizado cujo objetivo é o progressivo desenvolvimento pessoal, livre das ninharias do dia a dia que nos mantém acorrentados ao que tem pouca significância.
Um dos objetivos principais deste livro é dar aos jovens uma base que os habilite a desenvolver um projeto de vida de crescimento pessoal de forma consciente. Nesse sentido, reuni considerações sobre vários acontecimentos que tiveram forte impacto em meu desejo de compreender a vida e seus caminhos, e as narrei de forma simples, mas sem perder a profundidade dos temas abordados

Também é objetivo deste livro falar sobre o Brasil, das dificuldades vividas no passado colonialista de tristes heranças, dos grandes problemas que enfrentamos no presente e da certeza de que um futuro melhor só depende de nós e de nossa disposição para buscar valores para melhorar as condições que favoreçam o progresso humano. São artigos fundamentalmente atuais em relação às questões que embaraçam a nação brasileira.


Boa leitura!

Benedicto Ismael Camargo Dutra

Este artigo está associado a um arquivo de Mídia, veja no link abaixo!

   Desenvolvimento com Humanismo

SEM EDUCAÇÃO NÃO HÁ EVOLUÇÃO

Estamos diante de catástrofes naturais como o terremoto que atingiu a Síria e Turquia, o ciclone na Nova Zelândia, muito frio e neve em algumas regiões ou calor excessivo em outras, e tudo isso em meio à crise econômica e rumores de mais guerras. É trágico que as lutas sejam feitas com equipamentos fabricados pelo homem para destruir bens e pessoas. Qual a causa dessa tragédia neste maravilhoso planeta dotado de tudo para dar sustentabilidade à vida dos seres humanos peregrinos?

Uma imagem antiga mostrava a associação do homem com a máquina mesclando tecnologia e intuição, algo que ficou meio perdido. A inteligência artificial poderia recompor essa perda? Pode ser, mas teria de pesquisar as leis espirituais da Criação, que não são alcançáveis pelo intelecto. Uma solução essencial é educar e dar bom preparo para a vida às novas gerações, estejam morando em favelas ou em qualquer bairro.

Europeus que vieram para o Brasil em busca de melhores condições de vida educaram seus filhos num país estranho. Muitos descendentes se destacaram em diversas atividades ajudando a construir o Brasil, mas algo travou as gerações subsequentes, interrompendo a marcha do progresso pessoal e nacional. O que se passa com a educação no Brasil que não formou muitos leitores de livros, nem para ler através da Internet? A época é difícil para livrarias, os custos fixos devem ser mínimos, pois as receitas ficam estagnadas. Que modelo poderia dinamizar a livraria Cultura?

Atualmente, as crianças recebem uma carga de informações através das mídias, mas os conteúdos estão longe de oferecer exemplos de vida responsável. Falta formar o ser humano na direção do autoaprimoramento, capacitando-o a beneficiar e melhorar as condições gerais de vida no planeta tendo em vista o progresso real no caminho de evolução. Tudo na Terra poderia ter sido diferente se o ser humano mantivesse sua intuição voltada para a melhoria geral. Os corpos caminham, mas onde está a alma?

Chegaram as portas na obra civil, mas não há marceneiros para instalá-las. Faltam eletricistas, encanadores e tantos outros profissionais. Tudo isso e mais firmeza de caráter é o que a educação tem de promover para o florescimento de uma nação próspera e pacífica. Há um grande atraso na educação, pois para a formação de seres humanos generosos, criativos e inovadores temos de colocar a natureza, suas belezas e lógica perfeita como prioridade na educação infantil.

Para conhecer a vida e seu significado o ser humano tem de compreender e respeitar o mundo animal. Respeitar a natureza e suas leis que foram instituídas pela Criador para o bem geral da humanidade que não quer acatar e respeitar, mas age seguindo seu ego e seus vícios, promovendo a destruição.

O líder também precisa saber avaliar os seus colaboradores e, aproveitando os seus talentos, dar a eles oportunidades para realizar trabalho de qualidade com dedicação. Mas na política valem os interesses e acordos, pouco importando a capacidade profissional. A situação atual do planeta atesta a incompetência administrativa e o despreparo geral.

Tudo que está oculto vem sendo mostrado, gerando insatisfações e descontentamentos, impedindo o bom entendimento entre todos. Há forte tendência para retirar o humano do ser, impulsionando a decadência geral. A sexualidade exacerbada tem sido o gancho para fisgar os desatentos. As pessoas vão sendo enredadas na teia que as pressiona para a atividade sexual através de pensamentos, literatura, imagens. Mas a atividade sexual é algo natural, instintivo, não precisa de estímulos externos, a não ser como meio para manter as pessoas acorrentadas.

Quando as novas gerações não recebem bom preparo para a vida o futuro fica ameaçado. O desequilíbrio geral avança pelo planeta, porque todos querem receber, mas poucos retribuem. Assim se passa no mundo, na atividade econômica, nas relações em família, no trabalho e na sociedade. Os jovens precisam conhecer a trajetória espiritual da humanidade com seus erros e acertos. Para que haja paz e progresso, a família e a educação devem propor um alvo comum de conquista do bem e melhora nas condições gerais de vida para que essas ações promovam o aprimoramento do ser humano que está embrutecendo de forma bem visível, sufocando a sua essência.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A INVENÇÃO DO DINHEIRO

Com a invenção do dinheiro, a natureza e suas leis universais ficaram esquecidas. O dinheiro quer comandar, por isso não aprecia poder centralizado que olha para a nação como um todo e que busca sempre a melhora das condições gerais de vida. Conveniente é a balburdia de partidos brigando entre si na disputa por dinheiro e poder, mesmo com a perda do equilíbrio e abandono de metas para humanizar o sistema.

Estamos num momento complicado na economia global agravado por crise financeira, ambiental e superpopulação. Há uma abundante oferta de produtos nem sempre essenciais, enquanto faltam moradias, saneamento, alimentação adequada, educação que prepare as novas gerações para uma forma de viver humana. Houve alguma melhora, porém não se trata só de dinheiro, mas de gestão dos recursos com eficiência e equilíbrio, muitas vezes comprometida por incompetência e falta de seriedade.

No passado, diziam que quanto mais houver interferência dos governos e do poder financeiro em atendimento a interesses particulares de grupos, mais a economia perde a naturalidade, menos funciona, mais a população padece. Há no Brasil muitas regiões de baixa escolaridade, vida difícil, sem liberdade, que se formaram desde 1889 com moradias precárias, dominadas mediante imposições e violência. O ser humano se tornou o causador de danos a outros para satisfazer a própria cobiça. Pouco se pensou em buscar soluções duradouras e o resultado é a dívida financeira e o déficit social.

No mundo governado com pouca responsabilidade quanto ao futuro formou-se uma grande massa de pessoas com pouco preparo para a vida e o trabalho. A questão exige ações competentes, pois se for deixada dessa forma logo chegaremos ao caos social com aumento da criminalidade. Não basta só ficar distribuindo auxílios; é preciso ação recuperadora desses grupos e, principalmente, das crianças para que recebam preparo que as capacite a atividades que propiciem renda para que possam crescer e viver normalmente, constituindo famílias, fortalecendo as nações.

O Brasil precisa entrar no rumo certo. Chega do imediatismo secular que tem caracterizado a administração pública. O gasto do dinheiro público deve promover o progresso real. Os países têm sido geridos com desvios e desequilíbrio geral, nas contas internas, externas e na balança comercial. Durante décadas temos sido expostos ao pior negativismo, gerando apagão mental e perda do bom senso.

A estagnação econômica avança pelo mundo, deixando mais difícil sair do subdesenvolvimento. Faltam estadistas sérios e competentes e melhor preparo das novas gerações para conduzir o Brasil ao lugar que lhe cabe. No entanto, o presente é consequência de ações passadas e sem mudança do querer para o bem, a má colheita será irrevogável.

Por que a economia tem de seguir em ciclos de alta e de baixa produção? Não seria mais adequado que houvesse uma linha natural de estabilidade que fosse acompanhando o crescimento da população? Por que tem de ficar sujeita a impulsos abruptos para logo cair na retração?  No momento, há a elevação do preço da energia, escassez de alimentos e falta de disciplina monetária. Faltou responsabilidade para preparar futuro decente, digno da espécie humana.

O que fazer agora com oito bilhões de almas encarnadas na Terra? A população precisa de trabalho e renda. A educação é um ponto que requer atenção, caráter, bom senso, clareza mental e propósitos enobrecedores para impedir que as drogas destruam as novas gerações.

O mundo entrou em fase de restrição monetária, não se sabe quanto isso vai durar. É o estágio da economia lenta, em oposição ao estágio de aceleração. Com economia restrita, há muitas perdas; na acelerada, alguns ganham muito, mas as engrenagens se movimentam de forma febril, até que emperrem. Algum dia o mundo verá uma economia estável cujo crescimento acompanha o aumento da população. Quando as cidades serão ordenadas dispondo de abastecimento de água e saneamento? Quando haverá educação para a vida e o trabalho, e evolução?

Os seres humanos receberam a Terra para um tempo de aprendizado para fortalecer o espírito. Reconheciam a natureza como doadora e os entes da natureza como servos do Criador.  Sufocaram o espírito. Predaram a natureza, fonte da riqueza; inventaram o dinheiro de papel para dominar o planeta, mas a natureza está mostrando a sua força.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O DIA DO AJUSTE FINAL

Como entender os meandros do poder em 2023? Que forças destrutivas estão impulsionando os acontecimentos? Querem desestruturar, tumultuar tudo, criar o caos, para que sejam aplicadas medidas fortes acabando com a liberdade e as individualidades? Está disseminada a sensação de que a humanidade perdeu o rumo, está acéfala e alienada.

A revolução francesa se destacou como um marco da nova história da humanidade que deveria dar uma guinada para a liberdade e o bem geral. Passados mais de dois séculos, há pouco a ser comemorado, pois todos esses anos não foram aproveitados para construir uma base sólida para a humanidade progredir com segurança. Faltaram lideranças sábias que forjassem uma sociedade decente e digna. Faltou força de vontade da população.

Com o avanço do poder econômico transnacional, as fronteiras vão deixando de ser a fonte da soberania do Estado. O controle do eleitorado e da estrutura do Estado tem assegurado a permanência de grupos no poder. Assumem o comando, podem, mandam, e quem não obedece perde espaço. Eliminam as privatizações, vão tomando conta de tudo, pois o poder se assegura com o dinheiro. Como isso vai evoluir, não se sabe.

Tornou-se muito difícil enfrentar o poder. Quando o grupo que está no comando considera um indivíduo como sendo de fora, como um perigo, não há o que se possa fazer. As porteiras se fecham, as informações somem, e solitário e isolado, o indivíduo fica num assédio moral, sem possibilidade de atuar. É um fato mundial. Os que estão no poder querem afastá-lo para não se sentirem ameaçados em sua zona de conforto, pois não havendo a submissão de cúmplice no que fazem, não há como confiar.

Figuras tirânicas tomaram o poder e a riqueza, enquanto a miséria avançava pela Terra. Bloquearam o espírito para dominar com o cérebro. É a desumanidade que vem atingindo a espécie humana de longa data, mas do jeito como as coisas caminham ainda teremos muita desumanidade pela frente como meio utilizado para assegurar a conquista e conservação do poder.

Os seres humanos não se esforçaram por compreender o significado da vida e aqueles que poderiam ter auxiliado nisso, se deixaram levar pela vaidade e mania de grandeza, e passaram a travar a luta pela conquista de influência, poder econômico, e desfrutar das benesses do viver na Terra.

A história econômica detalha, com precisão, que a ânsia por poder deu origem ao avanço da miséria. Foi assim que surgiram os dominadores e os dominados, muitos dos quais se acomodaram, outros acabaram aceitando as exigências por não terem forças para se oporem, pois a verdade sobre a Criação e a vida foi sendo distorcida e escamoteada, e perseguidos aqueles que se esforçavam por trazer esclarecimentos.

Há estimativas de que 90% dos seres humanos dormitam e aceitam as condições gerais de vida por serem indolentes e comodistas, e não despertam para a realidade nem mediante os mais lúcidos esclarecimentos. A boa educação é a matéria-prima do crescimento, quando entendida como o bom preparo para a vida, com mente flexível, desejosa de alcançar a excelência, e que compreende que o circo deve ser um lazer para recuperar forças, e não um meio permanente de vida, que provoca o desperdício de tempo e enfraquece o espírito. Com seres humanos voltados para o bem e confiantes surge o êxito.

Capitalismo de livre mercado? Capitalismo de Estado? Ou capitalismo dos tiranos, dos que se opuseram ao capital transnacional sem pátria, e dominaram nações em benefício próprio? Está se disseminando a sensação de que a humanidade está fora do rumo certo e sem esperança. Milênios deixaram de ser aproveitados para construir uma base sólida para a paz e o progresso. Faltaram estadistas sábios que impedissem a decadência.

Se os seres humanos não se empenharem com seriedade, visando construir um mundo decente, digno da espécie humana, a decadência e embrutecimento será inevitável, e o caos tomará conta da Terra. Acontecimentos brutais nos pegam de surpresa, desanimando e entristecendo. Mas o dia do ajuste final não está distante. A Justiça Divina, a paz e o respeito às leis da Criação serão impostas pelo Filho do Homem para o bem dos espiritualmente humildes.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

A FELICIDADE HUMANA

Há muito burburinho. Cada comunicador quer destacar o seu achado, muitas vezes lançando inquietações desnecessárias, pois todos sabemos que algo diferente está se movendo na Criação, exercendo influências na vida de todos. A questão de datar acontecimentos é complicada e inadequada porque não estamos aptos a desvendar o tempo em que ocorrerão os eventos cósmicos que transformarão o planeta e a humanidade.

A saúde mental é um problema que se agiganta pelo mundo. Sentimentos e pensamentos se aprisionam aos problemas materiais do dia a dia, da vida que se tornou a luta da renhida sobrevivência, provocando ansiedade e angústia. São pensamentos e sentimentos que não se elevam buscando alegria e serenidade. Os remédios caros atenuam, mas não curam; criam dependência. Dois anos de pandemia, isolamento e temores, seguidos de desemprego e inflação não influenciaram muito o livre querer dos seres humanos na busca da espiritualidade como prioridade da vida. Talvez isso aconteça quando houver o grito desesperado por socorro.

O ser humano é espírito peregrinando em busca de evolução. Ao se despir do corpo terreno, o espírito segue, de acordo com as leis da Criação, o caminho que traçou para si em vida. As trevas querem manter o espírito na indolência para que não se fortaleça e se perca, sem encontrar o caminho para o Alto. Se o espírito tiver um querer forte, não se deixando prender nas armadilhas preparadas pelas trevas, permanecendo firme no bom querer, encontrará o caminho para a liberdade espiritual.

Na escolha entre o bem e o mal cada ser humano exerce o seu livre-arbítrio. Mas o exército da Luz atua no plano espiritual, restringindo a ação dos servos das trevas que se opõem à evolução. Deveria ter recebido amplo apoio dos seres humanos encarnados na Terra, onde as trevas agem desembaraçadamente com o apoio dos espíritos indolentes, cujos pendores os atam ao plano material, e em vez de se elevarem ao plano espiritual, ficam retornando para novas encarnações no planeta, cuja população está próxima a oito bilhões de almas encarnadas. Nessa contingência, transformar cadáveres humanos em adubo seria um projeto natural, ou estaria ferindo as leis naturais da Criação?

O que os jovens pensam da vida? O que eles querem? O que os afasta da espiritualidade e da busca do saber da Criação? Por que fogem dessa busca? Não adianta ficar só criando distrações. O essencial é preparar os jovens para que, com o saber real, conscientemente se esforcem para construir um futuro melhor para si e para a humanidade. O Brasil e o planeta precisam de uma geração forte que pense com simplicidade, clareza e naturalidade.

Sintonia e propósitos de vida são fundamentais. Na vida conjugal, o casal precisa de união. Se estão juntos, mas cada um entretido com seu smartphone, caminhando em direções diferentes, ou seja, estão sentados no mesmo sofá, mas separados em pensamentos, se isso se repete com frequência abre-se um vazio, pois estão alheios um ao outro, seguindo em direção oposta através da lei da atração da igual espécie.

Um fato que está afetando o vivenciar das pessoas é o desenrolar da guerra econômica e monetária. Enquanto os juros americanos fortalecem o dólar gerando desvalorização das outras moedas, o Brasil, com seus 13,75 % de taxa Selic, segue navegando sem grandes atropelos. O câmbio, isto é, o preço do dólar, tem sido o grande tropeço na economia do país. Há muita coisa a reparar, pois a enganação e a demagogia utópica de falsos estadistas causaram muitos danos à nação. Reage Brasil, saia da falsa visão utópica ideológica, caia na real, pois ainda restaram fatores positivos que não podem ser destruídos.

A grande questão do momento para a nação brasileira é impedir que os predadores açambarquem as benesses do poder, sem se preocuparem com a nação e seu povo, como tem sido feito há décadas. Para manipular as massas, tudo está sendo usado de forma distorcida e desleal. Há séculos a natureza tem sido vítima das cobiças dos homens. O sol e as leis da Criação são os principais agentes da mudança do clima. Cada indivíduo acredita no que quer. No íntimo, muitas pessoas priorizam as afinidades que têm com políticos que não visam o bem geral. É fundamental para a felicidade humana o amor à natureza como gratidão por tudo que ela nos tem ofertado.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O DESTINO DO BRASIL E DOS POVOS

Como se forma o destino dos povos? Atualmente observa-se que poucas pessoas conservaram a sensibilidade da alma. Se os seres humanos não querem ouvir a voz interior da consciência, como esperar que possam ser coerentes diante dos vendavais das cobiças e da desconfiança? Uma população despreparada dá ouvidos a promessas irrealizáveis e se nega a entender as causas do sofrimento e miséria que avançam pelo mundo. O cérebro foi afastado da leitura de livros para poder acolher promessas irrealizáveis. Foram condicionadas a crer que tudo se resolve com a produção de dinheiro e taxa de juros, mas sem trabalho e produção real, jamais surgirão progresso verdadeiro e melhora nas condições gerais de vida. Depois de décadas ruinosas, esperava-se que o Brasil passasse a seguir por um caminho sadio.

Outrora apregoou-se o “amai-vos e multiplicai-vos”, sem considerar a própria natureza biológica das mulheres e as questões ligadas à sobrevivência condigna. Os casais podem e devem ter filhos, mas de forma responsável, sem sobrecarregar a mãe. Na Terra, crescem a população e as dívidas, ao mesmo tempo que encolhem os recursos. Com bom preparo para a vida a humanidade estaria numa posição especial, promovendo continuada melhora nas condições gerais de vida, em vez da precarização crescente que já atinge bilhões de pessoas.

A divulgação sobre os acontecimentos do mundo está sob o crivo dos grupos globais. Garimpando as informações, a intuição capta uns grãos de verdade. Havia uma esperança, mas quem ainda a merece? Muitos povos agiram como predadores tirando proveito das populações mais frágeis, tais como Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Alemanha, Estados Unidos. Que futuro forjaram para si mesmos?

A mentira se tornou um acinte, pois as pessoas mentem deslavadamente. Pelo poder, inimigos de ontem, hoje se dão as mãos, mas podem ter escondido um punhal envenenado. No povo há os enganados que se iludem e os que se conscientizam da realidade, mas ambos perdem a esperança diante das falcatruas. As massas são seduzidas com palavrório vazio. Poucas pessoas querem ver que cada um está aqui reencarnado para colher o que semeou em várias vidas, então se agarram a qualquer baboseira irrealizável que os dispense de pensar e se esforçar. Quanto mais as pessoas se afastam do bem, mais as sombras encobrem o planeta.

Como disse um sábio, está na hora de cada um cuidar de fortalecer a sua alma através do saber e do pensar só no bem para atrair Luz, e não perder mais tempo com promessas irrealizáveis. É preciso aguardar os desfechos promovidos pelas leis da Criação. A humanidade que anseia a paz, deve se concentrar no bem geral e confiar na onipotência do Criador.

Não há mais o poder absoluto dos reis, mas há abusos no domínio das leis, um poder fugidio, escorregadiço que tem permitido tudo aos detentores do poder num camuflado “quem pode mais, chora menos”. Os homens astuciosos, geralmente se dirigem para o mal atraindo sofrimentos e miséria. Uma situação que se tornou insolúvel dada as cobiças pelo poder, e que está levando a humanidade dividida e sem opção a desrespeitar as normas disciplinares como meio de extravasar sua indignação. Enquanto grupos antagônicos se afastam da boa vontade e do bom entendimento, os poderosos ficam observando de longe o desenrolar dos fatos.

Após a incompreensível eleição de 2022, o que acontecerá em 2026? Quem serão os candidatos? Alckmin, Bolsonaro? Em pleito normal, qual deles seria eleito? A equipe de Guedes seguia um rumo saneador da economia, mas está surgindo uma tentativa de concentrar as decisões nas mãos dos homens do Estado. Não adianta novamente promover o consumo com mágicas para valorizar o câmbio artificialmente, porque isso vai reduzir a produção interna e beneficiar outras nações exportadoras e protecionistas, fragilizando a economia interna. Se voltarem a fazer isso, estarão semeando a ruína decorrente do aumento do consumo com a redução do investimento produtivo.

O Brasil tem sido descuidado com o futuro não se capacitando para produzir mais e melhor, a começar pelo preparo das novas gerações cujo espírito deve estar atuante para que não sejam robôs de repetição, e transformem a nação em pátria de seres humanos verdadeiros.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

 

 

 

UM HOMEM DE SORTE

Luck Per, filme dinamarquês, abordando o contexto do cristianismo e judaísmo no fim do século 19, conta a história de Per Sidenius (Esben Smed), um homem de família religiosa humilde, que não quer seguir a tradição dos irmãos de ter uma carreira no clero, preferindo o caminho da ciência e da engenharia e sonha em ir para longe. Com uma inteligência acima da média, Per, filho de um pastor luterano do campo, dotado de facilidade para cálculo matemático e engenharia, vivendo na zona rural da Dinamarca, península da Jutlândia, na década de 1880 ou 1890, foi aceito na faculdade de engenharia em Copenhague.

Incansavelmente, de forma obsessiva, Per desenvolve um projeto de canais aquáticos que deveriam atravessar a Dinamarca. Ele procura pessoas que poderiam acolher e impulsionar o projeto. Ele conhece Ivan Salomon (Benjamin Kitter), descendente de família judia bem-preparada, com elevado padrão de vida, frequentadora de sinagogas. Essas pessoas não tinham problemas com dinheiro, financiavam empreendimentos, inclusive os do governo. Per conhece Jacobe Salomon (Katrine Greis), uma mulher especial que enfrentou grande sofrimento por amor.

Descendente de família cristã, Per enfrentou dificuldades num cenário de pobreza, com moradias sem conforto e depreciação dos bens terrenos, na crença de que ricos não vão para o céu; essa porém não foi a intenção do conselho dado por Jesus Cristo ao jovem rico numa passagem bíblica. Não foi uma recomendação de caráter geral, mas para o jovem rico que estava totalmente dominado pela riqueza e com o coração enrijecido. Jesus não falava contra a riqueza em si; ele e seus familiares não eram pobres, e deram prosseguimento às atividades da oficina do carpinteiro José, recebendo várias encomendas, desfrutando de bom padrão de vida.

Na vida material os bens terrenos não devem ser desvalorizados, desde que o ser humano não se agarre a eles como a finalidade de sua vida. No filme, a maior pobreza era a espiritual de ambas as famílias, pois o Criador é um só. A despeito do que dizem as religiões criadas pelos homens, as leis divinas da Criação atuam independentemente das barreiras das teorias humanas de forma igual para todos os seres humanos, que podem tomar decisões livremente, mas terão de colher tudo o que semearem. Diante das restrições dos seres humanos, Jesus explicou o funcionamento das leis da Criação através de parábolas, pois dessa forma seria mais fácil serem rememoradas; mas o essencial foi esquecido e modificado.

O corpo dos seres humanos é formado pelos elementos provenientes do solo que a eles retornam, mas a alma segue seus caminhos, ressuscitando em outros corpos através da reencarnação para continuar o aprendizado e se libertar dos erros, isso até ao Final dos Tempos, a inescapável prestação de contas. Os seres humanos foram se distanciando dessa realidade espiritual que assegura o amor e a justiça do Criador, e sem compreender a vida, deixam crescer a revolta em seu íntimo, esperando que a sua atual condição de vida, construída em muitas vidas seguindo por caminhos errados, seja agora saneada por mágica, sem que necessitem se esforçar para reconhecer e dar início à reconstrução de si mesmos em conformidade com as leis da Criação que ensejam a evolução e a felicidade.

Em meio ao abismo entre o modo de vida das duas famílias, Per entrou em conflito íntimo entre sua intuição que o admoestava e seu intelecto frio e calculista, e perdeu o rumo. Atormentado pelas lembranças de sua infância e juventude, não sabia o que fazer, e julgando estar agindo de forma acertada, se tornou descrente de tudo, sendo corroído por seu orgulho e descontentamento com a vida, esse precioso tempo concedido aos seres humanos, enquanto Jacobe, com sua alma delicada, adquiriu maturidade em seu sofrimento, e voltando-se para o bem, superou as dificuldades.

Esse filme foi baseado no livro “Lykke-Per”, de Henrik Pontoppidan,  e intitulado “Um Homem de Sorte” dirigido por Bille August e distribuído pela Netflix.

BREVE HISTÓRIA DO BRASIL

O acolhedor Brasil, ou no dizer de Pedro Álvares Cabral, a Terra de Vera Cruz, logo se tornou cobiçado. Na época da colonização, Dom João VI trouxe a interferência da Inglaterra que se estendeu pelo Império, até que Pedro II, que amava o Brasil, foi posto de lado, e o país do futuro entrou em dormência até que, tempos depois, um gaúcho corajoso tentou romper as barreiras que mantinham o gigante paralisado.

Getúlio Vargas se defrontou com forte resistência, não foi feliz em sua tentativa de resgatar o Brasil, pois a contaminação nociva e corrupta já havia tomado conta da nação. Vieram os militares que, em ação conjunta com os Estados Unidos, desarmaram o avanço comunista que se aproveitava da insatisfação das novas gerações contra a exploração e miséria.

Em 1985, Tancredo Neves foi eleito, mas não assumiu o poder. Então José Sarney, vice-presidente, passou a governar uma nação endividada e acossada pelos credores, deixando que o ministro da Fazenda, Dilson Funaro, fosse prensado por eles. E veio Fernando Collor de Mello, bem-intencionado, mas cujo plano econômico mirabolante e inconsequente para debelar a inflação congelou a liquidez, ou seja, a montanha de dinheiro criada para comprar os dólares exigidos pelos detentores da dívida externa, deixando a população prostrada.

Após o impeachment de Collor, o vice-presidente Itamar Franco assumiu o governo. Estabeleceu-se a dobradinha Fernando Henrique Cardoso e Lula na presidência do país e vários acordos substituíram as rivalidades, mas veio Dilma que furou a fila. Oito anos de FHC, mais oito de Lula, mais oito de Dilma-Temer, um total de 24 anos, somados aos quatro de Itamar. Uma fase de conchavos na qual o poder contava com o apoio da imprensa, mantendo a população no ostracismo, no pão e circo. Não era mais dormência; o gigante entorpecido caiu no sonambulismo. Então veio um estranho no ninho, Jair Bolsonaro, para despertar a sonolência geral. Surgiram as mais estapafúrdias reações contra aquele que se insurgia contra a estagnação do gigante com arrecadação de impostos federais acima de dois trilhões de reais, que mais servia aos interesses externos do que aos próprios.

Atenção todos e todas: o segundo turno, em 30 de outubro de 2022, será o momento decisivo para a jovem nação brasileira. Seu povo tem, de fato, o destino da nação em suas mãos. Acorda Brasil!

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A RESPONSABILIDADE DE VOTAR

Atualmente, há grande descontrole emocional e muitos indivíduos partem para agressões morais para defender políticos e partidos nos quais depositam suas esperanças, anseios ou interesses. Temos de olhar para o Brasil com desprendimento. A luta política que se trava é de amplitude geopolítica. É importante recordar que em 1889 um grupo astuto e despreparado, atendendo a interesses externos, baniu Pedro II, e não deu atenção às famílias que abandonavam as fazendas. A história está se repetindo, uma vez que as influências externas permanecem atuando. Agora, com a indústria fragilizada, os empregos que preponderam são os que oferecem salários baixos. A educação também está desvalorizada. Que plano os economistas do plano real e os dirigentes públicos poderiam recomendar?

Há no Brasil muitas regiões que apresentam baixa escolaridade, em que a luta pela sobrevivência é cada vez mais difícil, sem liberdade, com moradias precárias, dominadas pelo medo mediante imposições e violência. É fundamental ter em mente que votar é um ato individual que requer ponderação e responsabilidade. E os candidatos, de sua parte, devem ter competência, idoneidade e amor à pátria e à população. Aqueles que acima de tudo amam e cobiçam o poder, arquitetando manobras para roubar o dinheiro da nação, têm de ser excluídos e esquecidos.

A situação da Terra ficou caótica. O desequilíbrio atual foi forjado em milênios de predomínio dos conceitos trevosos face à indolência espiritual. Os homens intelectivos acham que para encontrar soluções têm de implantar um governo forte, dinheiro e religião única, tudo organizado por eles. Mas profetas e enviados de Deus falaram da época da grande colheita e purificação; só o apocalipse, o Juízo Final, poderá restabelecer o equilíbrio e a harmonia de acordo com as leis da Criação e com a Vontade do Criador. Tudo segue uma sequência lógica de justiça. Não há razão para se duvidar da grande colheita, boa ou má, em consequência a tudo que os seres humanos semearam com suas atitudes.

De extremo a extremo a economia ameaça cair nocauteada na lona. Os antigos economistas que formularam as bases para a ciência econômica diriam que faltou bom senso. E, de fato, são aberrações as tendências críticas que se prenunciam, o oposto do que uma boa gestão econômica, desvinculada do efeito balão financeiro, teria conduzido.

Há muita aspereza no ar. Sentimos isso no trânsito desordenado, no transporte precário, nos ambientes de trabalho, nos conflitos que se avolumam, na agressiva competitividade pessoal e comercial. Pensamentos maldosos predominam. Num mundo em que cada um só pensa em si e em suas vantagens pessoais, julgando-se melhor que os demais, cultivar os bons pensamentos e a consideração é a melhor forma de estabelecer a mútua cooperação entre os seres humanos. Cada um beneficiando o outro com bons pensamentos.

Nos primórdios, há milhões de anos, surgiu o homo sapiens que se diferenciou dos demais seres por ter um núcleo vivificador espiritual, ou seja, por ser uma espécie com querer próprio e com possibilidade de decidir, dotada do conjunto cerebral, para raciocinar, e manter a conexão espiritual através da intuição. Muitos seres humanos se encantam com o raciocínio que se restringe ao tempo e espaço, esquecendo-se da intuição, ficando por isso atados ao mundo material em sua vida passageira, mas, ao contrário, deveriam atuar para o fortalecimento e desenvolvimento do espírito para se tornarem verdadeiros seres humanos. Sem isso, desperdiçam o precioso tempo que lhes foi concedido.

A trajetória humana é simples e grandiosa. Uma alma, que se acha retida no além recebe um corpo dotado do conjunto cerebral para raciocinar sobre as questões da vida terrena e manter o corpo em conexão com a alma, a ligação com o além e a espiritualidade através da intuição. Ao adentrar no mundo material, é conduzida para o local e condições em que possa aproveitar o tempo para se libertar dos erros, evoluir e beneficiar o mundo.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

O VETERANO

O filme O Veterano (2011) conta uma história interessante. Após lutar na Guerra do Afeganistão, o soldado Robert Miller (Toby Kebbell) retorna para sua casa, localizada numa região decadente e perigosa na Inglaterra, onde um grupo de menores violentos quer adentrar na vida de crimes, liderados por um marginal apoiado por gente graúda para traficar drogas. Ele acaba sendo convidado para trabalhar numa organização antiterrorismo e conhece a informante Alayna Wallace (Aiy Bielski). Ambos percebem que algo não está certo. Intrigado, Miller quer saber o que se passa. Gerry (Brian Cox), chefe da organização, lhe diz que o que está acontecendo é que uma população permanentemente aterrorizada não faz perguntas, e tem de continuar ignorando os problemas do mundo para não criar problemas, e Miller acaba ficando sem saber como seria o futuro.

Na vida real, a pandemia de 2020 mostrou que o nosso estilo de vida chegou ao limite do insustentável e se acha em declínio perigoso, o que pode acirrar a violência, como a demonstrada no filme. Há certa indignação no ar porque os preços de produtos e serviços sobem de forma acelerada, enquanto algumas camadas da sociedade continuam enriquecendo. Em paralelo, armas de elevado poder destrutivo continuam a ser produzidas, atemorizando a população, enquanto os fabricantes ensejam obter ganhos. A ânsia de possuir mais e mais não dá trégua. O lucrativo comércio de drogas se alastra pelo mundo fragilizando as novas gerações.