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O CLIMA E A ECONOMIA

O Paquistão vem sendo inundado por chuvas muito acima do padrão médio e sua população está enfrentando muitas dificuldades. Há séculos a humanidade age de forma displicente no planeta. Somados a extraordinários acontecimentos cósmicos com o aparecimento de planetas e outras estrelas desconhecidas, o Sol se enrubesce de chamas de hidrogênio.

A natureza constitui a base da sobrevivência dos seres humanos na Terra, mas o planeta está sendo devastado pela forma de viver predatória e afastada do reconhecimento e respeito às leis naturais da Criação. A mudança climática já se apresenta como efeito dessa situação. Há forte concentração de população nas cidades, o que aumenta a dependência por suprimentos.

E o dinheiro vai seguindo como se fosse um rio. Suas nascentes são os Bancos Centrais (BCs) e os bancos em geral, e daí a liquidez flui veloz ou lentamente para o mercado, impulsionando as atividades econômicas, cai em desvios corruptos e acaba retornando aos bancos. Quando se avoluma, é represado pelos BCs com a taxa de juros. A atual situação da Europa evidencia que só dinheiro não resolve tudo; há limites e outras soluções devem ser buscadas no combate à miséria que se instala devido a atitudes inadequadas no controle dos recursos da natureza e do dinheiro.

No passado, o Brasil se tornou refém ao ser obrigado a assumir a suposta dívida de Portugal com a Inglaterra. Dona Leopoldina faleceu. Dom Pedro I voltou para Portugal e o herdeiro Pedro II era criança. José Bonifácio foi expulso e preso; restaram os aproveitadores e entreguistas despreparados que deram ao Brasil sua história de triste atraso.

Hoje ainda é notória a falta de estabilidade na economia que oscila entre ondas de aumentada procura gerando desperdícios, inutilidades supérfluas, inflação, e de ciclos em que a taxa de juros sobe para reduzir o consumo e os investimentos, aumentando a capacidade ociosa, e quando isso acontece ocorre aumento da miséria, perpetuando o desequilíbrio entre produção e consumo. Há que se buscar o equilíbrio, pois foi para isso que surgiu a ciência econômica. Os efeitos do “financeirismo” têm sido avassaladores na África, América Latina e até em nações endividadas da Europa. Sair do atoleiro é difícil; o Brasil vem sendo submisso desde a crise da dívida dos anos 1980.

Naquela década, os juros americanos ultrapassaram 20%, causando sacrifícios para a população, principalmente nas nações endividadas, mas não houve fome. Atualmente, as condições econômicas são outras. A pergunta é se juros acima de 4% não poderão gerar aumento da miséria e da fome no mundo. Aqueles que acumularam dinheiro, sejam as nações, empresas ou indivíduos, buscam segurança e obtenção de renda. A América Latina e África têm sido assediadas, e vão vendendo tudo, levando à inevitável concentração no sistema. Que futuro decorrerá dessa progressiva desnacionalização?

As nações estão envolvidas em problemas econômicos, políticos e sociais, deveriam buscar a forma correta de adaptação, reconhecendo e respeitando as leis naturais da Criação. A Internet tem dado oportunidade para melhor divulgação de acontecimentos, mas na medida que isso avança, também avançam meios restritivos. Já se disse que a verdade é temida por aqueles que produzem sombras para exercer domínio. Então a esperança é que a Internet possa se tornar o canal que acima de tudo vise o aprimoramento do ser humano e não a sua decadência.

Já na primeira infância os cérebros das crianças vão sendo alimentados por imagens de mentira, insatisfação, medo, ódio, violência. Cérebros desconectados da alma que vão sendo preparados para o que de pior o homem pode produzir, seja nas elites ou nas periferias degradadas. Cenas e modelos nos cinemas e TVs não são mais os mesmos, e se antes estabeleciam motivação positiva-criativa, atualmente deprimem e desanimam.

Falta o reconhecimento do significado da vida; faltam alvos enobrecedores da espécie humana que deem prioridade à meta do progresso real, espiritual e material, do presente e do futuro, para o benefício de todos, para que os seres humanos cumpram a sua real finalidade de evoluir e sejam felizes. Sem o envolvimento das novas gerações nesse alvo, o futuro se tornará incerto e ameaçador.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

RUMORES DE GUERRA

Os EUA criam dinheiro e aumentam a taxa de juros. A China cria dinheiro e baixa a taxa de juros. Duas situações opostas; que efeitos trarão para a economia? Não basta criar dinheiro. Para consumir, há que se produzir.

Inflação, desemprego, consumo são três questões fundamentais da economia que ainda não encontraram solução. Capitalismo, Socialismo, Capitalismo de Estado; Coreia do Sul e Brasil. São diferentes tipos de organização política e econômica, mas há problemas em todos, pois sempre se defrontam com os fantasmas da estagnação, do endividamento e do aumento da precarização geral.

Os políticos da América Latina fizeram tantas promessas, mas o desencanto da população seria inevitável dada a falta de empenho desses representantes em eliminar o estigma das características de colônia que seus países vivem há mais de 500 anos; ao contrário, tiraram proveito pessoal.

A Argentina já foi palco de uma dolarização fracassada, figurando como exemplo de republiqueta mal administrada. Quanto mais dólares dispunha, mais dispersava, e a dívida crescia. A crise atual é drástica atingindo economia, déficits, câmbio, educação, inflação, qualidade de vida. Uma trágica tempestade de desgoverno. Após a ruptura do acordo de Breton Woods ocorrida em 1971, ainda não foi encontrada a forma adequada para a convivência das várias moedas nacionais, tendo à frente o dólar e suas variações, que ao lado dos juros, acabaram se tornando o prato predileto dos especuladores.

O mercado das finanças é muito complicado. Se uma nação não for administrada com seriedade e competência, em pouco tempo se verá perdida financeiramente como a Argentina. No Brasil, o desmonte industrial e educacional foram terríveis, travaram o gigante que, entorpecido, caiu na dormência apesar dos recursos naturais disponíveis. A população pena no presente, mas como será daqui para frente?

O colapso da economia norte-americana virá, é o que afirma o economista e ex-político Ron Paul. Trata-se de evento até então inimaginável dada a resiliência americana. Decisões atabalhoadas estão desorientando o povo norte-americano. No passado, criar dinheiro era a solução, mas agora sem produzir, gastando desordenadamente e importando de tudo poderá trazer muitas dificuldades.

Que futuro a humanidade poderá ter? Os homens se julgam donos do Planeta. A permissividade tomou conta e nada mais é respeitado. Métodos escusos passam a ser aceitos pela maioria distraída pelas piadinhas disponíveis nos celulares. Se antes era difícil selecionar bom conteúdo, agora, se abrirem as portas, os “riachos” levarão muito lixo para as casas.

O que estão fazendo os bilhões de seres humanos para agradecer ao Criador que concede o dom da vida e os alimentos necessários através da atuação da natureza e suas leis? A natureza é o lar da Criação, tem de ser compreendida e respeitada para que permaneça doadora.

Que riscos decorrem da instabilidade climática? O que se passa no planeta em transformação? Ao comparar a situação atual com o século passado é indispensável incluir nas análises o sol e sua atividade aumentada. As populações foram empurradas de uma forma de vida mais natural no campo, para engrossar o contingente das cidades que se tornaram centros superpovoados, consumistas de bens importados, sujeitos a endemias. É fácil perceber que tem faltado foco prioritário na qualidade de vida do presente e do futuro. Estamos colhendo as consequências.

A evolução é uma lei da natureza que abrange tudo, impulsionando para o aprimoramento. Mas não se pode comparar o que se passa no mundo animal, que atua de forma instintiva, com o ser humano, cuja essência é espírito dotado de livre arbítrio que permite a escolha entre o bem e o mal, o certo e o errado; que possui consciência interior que sempre o adverte. O problema é o raciocínio frio que o guia através das cobiças, inveja, temores e ódio que leva à involução da espécie humana.

O que se poderia esperar disso tudo? Aumentam os rumores de guerra. A esteira dos acontecimentos vai rolando rapidamente, não há reflexões mais profundas nem considerações de natureza humana, pois as pessoas vão seguindo mecanicamente, sem prestar atenção ao que se passa ao redor e ao querer intuitivo, que poderia ser de grande auxílio nesta hora sombria.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A NATUREZA NÃO TEM PREÇO

Logo após o carnaval do ano de 2020 tudo mudou. O mundo e as pessoas entraram num processo de letargia e a hibernação durou dois anos de crises emocionais e prejuízos. Em 2022, aos poucos foi surgindo movimento, mas até onde vai isso? 2022 começou ontem, mas vai passando rapidamente, logo chegará dezembro. A ansiedade aumenta pressionando a mente das pessoas, mas a serenidade não pode ser perdida como meio para impedir que aumente a agressividade destrutiva.

A natureza sempre surpreende com sua beleza e com suas catástrofes incompreendidas. No passado longínquo, os indivíduos viviam em estreita ligação com a natureza e sempre recebiam intuições sobre como se servir dos seus recursos ou como se proteger de eventos extraordinários, mas isso era uma vez. Hoje, mesmo com toda a parafernália eletrônica e de satélites pendurados na atmosfera, o homem vive distante dela e não colhe os frutos que ela oferece em toda a sua extensão.

Há um desajuste climático decorrente de vários fatores e do descaso com a natureza, mas com influência preponderante da intensificação das atividades no interior do sol. Há fortes ameaças sobre a disponibilidade de água. Sem água não há vida. Quando aprenderão isso? Confiam no dinheiro criado pelos homens, mas esquecem que a natureza não tem preço.
Os poderosos do ocidente e do oriente não conseguiram construir a paz com progresso geral, em correta convivência com a natureza. Deixaram que a miséria humana se ampliasse continuamente, pensando sempre no poder econômico e militar.

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, filiada ao Partido Democrata, em viagem para Taiwan foi demonstrar a coragem de enfrentar forças que visam o poder. Na atual situação aflitiva, o mundo precisa da coragem para enfrentar aqueles que buscam toda riqueza e poder para si, deixando crescer a indolência das massas para que permaneçam submissas e úteis.

Taiwan, uma república nacionalista que se separou da China comunista em 1949, não conseguiu alcançar a condição de Estado pleno e independente. Pode ser que ambas sigam o estilo de capitalismo de Estado. Taiwan promoveu bom preparo das novas gerações, forte avanço tecnológico e exportação de produtos eletrônicos que lhe rendeu excelente reserva. O nível salarial mais comum está em torno do equivalente a US$1.250,00 mensais. Enfim, trata-se de mais um fator para agravar as incertezas mundiais.

Diferentemente, o Brasil marcou passo na indústria; hoje a participação no PIB caiu para o nível de 70 anos atrás. Seria bom, ao lado da pujante exportação de commodities, que o Brasil também tivesse mais produção e empregos na indústria, mas sufocou o milagre, deu uma guinada e passou a importar de tudo pagando com matérias primas com reduzido valor agregado, no bom estilo colônia. Quem resolve a estagnação do Brasil? Falta produção, trabalho e bom preparo das novas gerações. O país não tem vocação para ser como Cuba ou Venezuela.

Os seres humanos provêm do mundo espiritual. Mas no mundo material passaram a criar teorias distanciadas da vida real, ligadas à época e aos interesses, influenciadas pela vaidade e cobiça de poder. Tempo virá em que o homem será formado na escola da vida, com pleno conhecimento das leis divinas da Criação, também chamadas leis da natureza. Elas atuam com perfeição, são imutáveis desde a sua origem atuando com severidade, justiça e amor, trazendo a cada um a colheita do que semear com suas ações.

Após séculos de mentiras, a hora da verdade se aproxima. O mais importante para transformar o sonho em realidade é transformar o querer em ação. Necessitamos de corações e mentes mobilizados para alcançarmos um mundo melhor. O Brasil e o mundo precisam da democracia fortalecedora, não daquela que começa nas cidades das favelas desordenadas, de crianças malnutridas, com pouca saúde, escolas precárias, e poucas oportunidades. Nisso está o futuro da humanidade que, apesar de todo avanço tecnológico, mostra nítidos sinais de declínio. O planeta Terra foi dotado com todos os fatores para um viver condigno; poderia ser como um paraíso de progresso, beleza e felicidade, mas em vez disso os homens se armam e fazem guerras.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

AS CRISES DO SÉCULO 21

O que se passa no mundo? Os fios do destino vão apertando. A inflação, as crises e a miséria são obras produzidas por homens afastados da finalidade da vida e que, inconscientemente, através de suas ações, promovem a colheita semeada da forma como exigem as leis da Criação em sua sagrada justiça. A ciência deveria entender melhor o funcionamento da natureza e suas leis visando a melhora das condições gerais de vida no planeta.

As trevas não querem que os seres humanos reflitam de forma intuitiva, pois poderiam chegar ao reconhecimento de que se tornaram escravos. Por isso, dia e noite, martelam superficialidades e mentiras para que sejam mantidos na ignorância e indolência inerte, sem saber por que nasceram na Terra. O anticristo quer escravizar os seres humanos espiritualmente indolentes através da mente, entretendo-os com mentiras e circo, influenciando os pensamentos e a forma de raciocinar, para que sejam mantidos distantes da Luz da Verdade.

Os freios morais foram se afrouxando, já que não se fundamentavam mais na naturalidade das leis da Criação, e com isso tudo foi sendo lançado na lama das baixezas, das volúpias mal contidas. A arte reproduz a vida, lamentavelmente, enfatizando a face obscura e baixa. Quando a arte e os artistas, através de livros, filmes e teatro, passam a expor explicitamente a sexualidade depravada e embrutecida, é sinal de que isso já está ocorrendo na vida, e então, através de suas obras, multiplica o nocivo modelo de comportamento. O rebaixamento de muitas almas humanas, por sua livre vontade, vai abrindo as portas para a escada que desce às profundezas, exatamente o que anticristo queria para enfraquecer o espírito humano.

Há séculos a humanidade vem se deixando rebaixar pelas influências externas e por seus pendores; isso podia acontecer, mas não devia, pois a alma foi dotada de força suficiente para, através do seu querer interior, rechaçar as provocações e armadilhas habilmente colocadas. Entre altos e baixos a humanidade chegou ao século 20. Havia um certo respeito; as novas gerações ainda ouviam as recomendações dos mais velhos, mas se intensificavam as pressões para estimular a atividade sexual doentia como sendo a motivação básica ao lado da vaidade e das cobiças.  Um ardil empregado pelas trevas há milênios para desviar o ser humano do caminho reto para o Alto. Para muitos seres humanos a devassidão se tornou coisa normal. No século 21, o ser humano se liberou do pudor da alma para se entregar às volúpias do instinto embrutecido de seu corpo, e o espírito, enfraquecido, não reage mais.

A humanidade já estava meio perdida. Há dois mil anos, o Criador enviou uma parte de si para encarnação na Terra, trazendo Luz primordial para que a humanidade, acorrentada ao materialismo, não se autodestruísse antes do término do prazo concedido ao espírito humano para o seu fortalecimento e retorno consciente ao reino espiritual, à sua origem.

Para se encarnar, Jesus precisava de um corpo, o qual foi gerado de conformidade com as leis naturais da Criação. Os modernos equipamentos de pesquisa espacial deveriam efetivar a conexão da humanidade na busca pelo reconhecimento das leis naturais da Criação que regem a vida, dando continuidade aos estudos de Charles Darwin, Einstein, e tantos outros que pressentiam a existência dessas leis que atuam de forma lógica e simples, e que movimentam tudo no universo para que o ser humano saia da ignorância e se torne o verdadeiro ser humano, apto a construir e beneficiar para o bem geral.

Muitos acontecimentos mostraram a origem de Jesus. O anticristo fez uso de sua influência sobre a humanidade para prejudicar a missão esclarecedora e salvadora, e seus servos tramaram contra a vida dele. Surgiram religiões. Muitas coisas inventadas sobre Jesus de fato não correspondem ao funcionamento automático das leis do Criador. Quando a crença cega perdeu sua força, os opositores materialistas se manifestaram. Atualmente, há crises em todos os setores, religião, governos, economia, famílias, indivíduos, opondo-se à paz e felicidade. Como escreveu o mestre Abdruschin na introdução de sua Mensagem do Graal: “A crença terá de se tornar convicção, somente nela reside a libertação, a salvação. O buscador sincero tem de estar apto e disposto a examinar os fatos objetivamente”.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

NÃO ENTRE NO CAOS

Quando as pessoas agem com amor no coração, podemos perceber os efeitos da generosidade beneficiadora e isso é muito bom. O mundo precisa de pessoas assim para melhorar sempre. Quando as pessoas agem com astúcia, inveja e desconfiança poderemos ver a pequenez e maldade dessas almas, e se elas se conscientizam que sabemos disso, podem ficar perigosas, agredir, causar danos, mostrando a sua face real.
Desde o nascimento, os seres humanos têm um tempo limitado em sua encarnação. Relaxando os cuidados com o próprio corpo e modo de vida, esse tempo pode encurtar, mas não dá para alongar. O que é da terra, à terra será devolvido, mas a alma segue os caminhos que ela mesma traçou em vida.

As novas gerações estão sendo induzidas a olhar só para a sobrevivência e os prazeres. Como poderão ter uma visão para refletir sobre o significado da vida? Em meio ao cipoal dos acontecimentos torna-se imprescindível o movimento certo que nos possibilite enxergar o sentido na vida, para alimentar os pensamentos com a visão correta, pois tudo conspira contra, enfraquecendo a vontade que quer futuro melhor, mais humano.

A semente espiritual inconsciente tinha o impulso para se tornar consciente; para isso, teria de se afastar até o limite onde poderia atuar exercendo o seu querer, tomar contato com o ambiente, se fortalecer e retornar à casa como espírito forte e autoconsciente. Para isso, recebeu um corpo material e a possibilidade de várias encarnações, para através desse corpo emitir sua vontade, fazendo a ponte entre o mundo espiritual e o material através de seu livre arbítrio. Mas no mundo material se deixou atrair por vibrações baixas e com passar do tempo foi esquecendo e se afastando de sua origem, permitindo que a vontade mental prevalecesse sobre o querer do espírito, destruindo o canal por onde a energia espiritual flui para a matéria, enobrecendo-a.

O resto da história se revela nos caóticos dias atuais, nos quais há a sensação de que um impenetrável paredão de luz avança celeremente sobre a estruturação forjada pela vontade e sintonização erradas dos seres humanos, que agrilhoaram o espírito ao mundo material, exigindo prestação de contas sobre o que fizeram no tempo que lhes foi concedido para o seu aprimoramento.

Os seres humanos foram dotados de capacitações que permitiriam alcançar a consciência plena e o autoaprimoramento, construindo na Terra um paraíso de paz e felicidade. Em vez disso regrediram, sufocaram a essência espiritual, construíram e continuam construindo péssimo futuro, tendo como modelos, degenerados, corruptos, sádicos, traficantes e drogados. Forjaram o caos e a miséria. Não se preocupam mais com a possibilidade da morte espiritual.

Há séculos nos chegam informações que filósofos, religiosos e outros eruditos intelectivos, que sufocaram a intuição, buscaram a chave da evolução humana. Em geral, suas teorias são complicadas misturando fatos naturais com suas teorias empoladas sem naturalidade e clareza. Fuja do caos. A Mensagem do Graal põe um ponto final nessas questões, dando o esclarecimento certo que a intuição acolhe naturalmente. O futuro depende do bom preparo das novas gerações.

Com amor, o Criador concedeu aos seres humanos o planeta Terra como hospedagem temporária para o seu desenvolvimento. O orientador designado para auxiliar os seres humanos rebelou-se com arrogância contra o Amor Divino, e em oposição passou a influenciar os seres humanos de forma errada através do cérebro, visando manter inativo o espírito encarnado.

Os povos deveriam viver de forma autônoma, tendo como denominador as leis da Criação, mas em sua vaidade os homens quiseram impor a própria lei criada na oficina do cérebro sem a participação do espírito, e tudo tendeu à ruína, no confucionismo, no hinduísmo, no cristianismo, no islamismo, no comunismo. Agora, em meio ao caos, as elites dominantes querem uma nova ordem na qual as máquinas inteligentes controlariam tudo, impondo rígidas normas de vida aos seres humanos que não fortaleceram o próprio espírito, perdendo o discernimento e o bom senso intuitivo. Mas a reação das leis divinas da Criação, em sua automática atuação, trará a cada ser humano os frutos de suas ações voltadas para o bem, ou mal.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

A GRANDE AMEAÇA SOBRE A HUMANIDADE

“Não matarás!”, é o que diz o Mandamento de Deus. Mas isso não se aplica apenas ao assassinato. Muitas coisas boas têm sido mortas por vaidade, inveja e cobiça de poder. Os bárbaros estão subindo, mas não estão trazendo nada de benéfico e perdem o tempo. O Estado se encontra deteriorado pela corrupção, dívidas, crime organizado, geopolítica internacional. O que fazer quando o Estado não consegue promover a segurança dos cidadãos e o viver de forma condigna?

Os seres humanos não foram encarnados na Terra para viver na pobreza e miséria, em precárias condições. Houve um longo processo de displicência geral, de geração descuidada, de falta de governança empenhada em promover qualidade de vida para a população e nas áreas de saúde, educação e trabalho. A grande ameaça de crise sobre a humanidade virá quando a natureza se negar a continuar ofertando as benesses que asseguram a sobrevivência dos seres humanos.

As religiões vão se transformando em mera rotina em meio às turbulências do século 21 e às teorias criadas pelos cérebros dos homens. Tempo virá em que o ser humano terá de aproveitar o tempo para se formar na escola da vida, com pleno conhecimento das leis da Criação, também chamadas leis naturais, leis da natureza, leis espirituais. Elas são perfeitas e imutáveis atuando desde a sua origem com severidade, justiça e amor, pois representam a Vontade do Criador trazendo a cada um a colheita de tudo que semeia com suas ações.

Tradicional na alimentação, a sardinha está escasseando nos mares de Portugal, mas não se trata só de alteração climática, poluentes lançados ao mar, mas também perceberam se tratar de consequências de uma forma displicente de lidar com a natureza e da destruição imediatista, afetando as condições ambientais. Nos Estados Unidos, por falta de chuvas, pela neve e consumo crescente, está ocorrendo dramática redução no volume de água no Lago Mead que abastece várias cidades, preocupando a população e prejudicando plantações.

Em eras remotas, a economia existia para atender à população e suas necessidades. Os homens saíram da naturalidade passando a se aproveitar de seus semelhantes para satisfazer a própria cobiça; aí intervieram vários fatores: a força, a tirania, a religião e por fim o dinheiro. Então, sempre movidos pela cobiça, a economia deixou de ser movida pelas necessidades essenciais, passando a atender prioritariamente aos interesses do dinheiro. E vejam a caótica situação em que se encontra a economia mundial.

Por que o Brasil não decolou? De um povo ordeiro, criativo e trabalhador, o que sobrou? Perdeu-se qualidade humana, ética e moral. A rapinagem foi do ouro e minérios ao pau brasil, para se fartar nas finanças. O mesmo pacote foi aplicado em toda a América Latina. Todos subordinados ao dólar, aos juros variáveis, à falta de dinheiro, ao crédito difícil e caro para indivíduos e empresas atuando em atividades produtivas. Políticos se apossaram do poder iludindo a população, açambarcando o dinheiro público para seus propósitos particulares. Em declínio encontram-se a Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia. Em 2022, ano eleitoral, o que será do Brasil? Teremos estadistas ou fantoches no poder?

Por que empresas iriam investir em fabricação de bens essenciais, se conseguem bons lucros com juros, câmbio e outras jogadas? Nessas condições, jogam peteca com os dólares, mas já se desenha um futuro sombrio para a humanidade. Alimentação, saúde e educação sofrem o impacto. A estrutura financeira permite que o dinheiro engorde sozinho, mas não acontece o mesmo com a população e as novas gerações, que não se interessam vivamente pelo autoaprimoramento, nem se esforçam para estabelecer propósitos construtivos e benéficos, visando a melhora das condições gerais de vida.

As autoridades deveriam intervir no sentido de alcançar melhor qualidade de vida no planeta. Hora tardia, o que se pode fazer agora diante do colapso que se desenha? O básico na vida é a pouco respeitada lei do Amor de não causar danos ao próximo para com isso satisfazer a própria cobiça. Se a intuição não estiver sufocada, vai se manifestar contra, alertando para que os seres humanos não sigam por caminhos errados na vida.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

 

EVOLUCIONISMO

O desenvolvimento e evolução do mundo material seguem as leis da natureza em sua lógica e coerência, as quais foram criadas sem a participação dos seres humanos e seu cientificismo. A ciência é um excelente instrumento e deve se fundamentar na natureza, mas tem de ser guiada pelo espírito e respeitar as leis naturais da Criação, como forma de solucionar as questões do mundo material que asseguram a sustentabilidade do planeta.

O ser humano não é um parente do macaco. Herdou o corpo evoluído e o aprimorou com o espírito encarnado. Para que as questões humanas sejam solucionadas de forma correta, têm de ser orientadas, por livre decisão, pelas leis da Criação que possibilitam o desenvolvimento e evolução do espírito, com responsabilidade e individualidade, pois o oposto a isso provoca a decadência do ser humano, que em vez de fortalecer o humano em si, o tem menosprezado e embrutecido, atuando como fera individualista destrutiva, produzindo caos e miséria na Terra.

Veja mais sobre isso: Na Luz da Verdade Mensagem do Graalhttps://www.graal.org.br/products/na-luz-da-verdade-mensagem-do-graal

JESUS, O MESSIAS

Natal, um dia de festa, por quê? Qual é o real significado do Natal? As Palavras do Filho de Deus tinham como alvo despertar e fortalecer o indolente espírito dos seres humanos.

Estamos num momento de turbulências. Mesmo pessoas confiantes se sentem fragilizadas em meio às dificuldades atuais. Trata-se do Fim do tempo concedido aos seres humanos para evoluírem. Época da grande colheita prometida por Jesus. Sem a compreensão espiritual, a humanidade sufocava o espírito e caminhava para a autodestruição oriunda das cobiças, em vez de captar a energia trazida por Jesus e aplicá-la em suas vidas. O Criador enviou uma parte de si com a missão de transmitir a Verdade e a salvação aos seres humanos. A encarnação do Messias tinha sido anunciada pelos antigos profetas, indicando Belém como o local do nascimento.

A encarnação do Amor de Deus na Terra exigia uma mulher que nunca tivesse tido filho, para gerar um corpo em conformidade com as leis naturais da Criação. Três reis foram conduzidos, mas se retiraram sem ter reconhecido sua alta missão de amparar e proteger a criança. O menino cresceu naturalmente em companhia de Maria e José, até se tornar adulto e sofrer muito ao observar a forma estúpida como viviam os seres humanos, desperdiçando o precioso tempo, sufocando o espírito e só pensando em comida, bebida e prazeres. Os ensinamentos recebidos através dos profetas já não tinham mais força.

Impulsionado para João Batista, surgiu a consciência de quem era e de sua missão de desfazer, através clareza de sua Palavra, a confusão gerada pelas falsas concepções. As palavras do Filho de Deus diziam respeito unicamente ao espiritual. Muitos seres humanos as receberam com o coração, e iam despertando, pressentindo nelas a verdade sobre o significado da vida. Outros, em sua indolência, nem davam atenção.

A Palavra proveniente da Luz da Verdade começava a despertar os seres humanos. Os sacerdotes começavam a se sentir ameaçados em sua zona de conforto e passaram a criar suspeitas e a ridicularizar o Messias, logo passaram às infâmias, e por fim o conduziram ao tribunal, onde, num falso processo, Jesus foi condenado. “Não foi a sua morte na cruz que podia e devia trazer a libertação, mas a Verdade que outorgou à humanidade em suas palavras!”

Os erros e os conceitos falsos poderiam ter sido extirpados e semeadas as verdades essenciais, em conformidade com os ensinamentos de Jesus. “Seja feita a tua vontade assim na Terra como no Céu”, isto é, seguir a vontade Criadora de Deus, presente nas leis divinas da Criação que possibilitam o fortalecimento do espírito humano para retornar de forma consciente para casa, o reino espiritual.

Quando Jesus pendia na cruz, ocorreu um movimento sísmico que rachou todos os blocos do teto da sala do Juízo na estrutura da Grande Pirâmide do Egito. Das palavras originais de Jesus, muito foi perdido por erros de memória ou alterações. Os seres humanos que se orientam exclusivamente pelo intelecto se afastaram cada vez mais das leis da Criação culminando no ateísmo, na descrença absoluta, pois embora sendo vivificados pelo espírito, não reconhecem mais o núcleo realmente vivo em si.
Em sua mensagem, Jesus, o Filho de Deus, comunicou que no final do tempo viria o Filho do Homem, o Espírito Santo, trazendo aos seres humanos a prestação de contas do tempo concedido, a grande colheita e auxílio para a humanidade. “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (João, 8:32).

A missão do Filho do Homem aqui na Terra é a continuação e a conclusão da missão do Filho de Deus, ambos emissários de Deus trazendo a força da Luz para purificação, elevação e renascimento. Os seres humanos perderam o saber do real significado da vida, o porquê de recebemos um corpo perecível para uma viver como hóspedes no planeta Terra, mas foram cada vez mais se assemelhando a bonecos presos ao materialismo, já que impediram a atuação do seu espírito através das intuições, concedendo espaço apenas ao próprio cérebro gerador do intelecto e do raciocínio preso à Terra, incapaz de um vislumbre de sua origem espiritual.

A humanidade não observou o Auxílio trazido pelo Filho de Deus. Como agirá com o prometido auxílio do Filho do Homem, portador da Luz da Verdade da Criação para a libertação dos erros e salvação? Após o grande falhar das criaturas humanas durante a existência terrena do Filho de Deus, este momento é crucial para cada ser humano reafirmar o comprometimento com a ceia natalina, a memória da Palavra de Deus encarnada que peregrinou pela Terra, e desapegando-se das ninharias, olhar para si mesmo com espírito livre, aprofundando-se no saber do significado da vida sob a Luz da Verdade: Quem somos nós, de onde viemos, para onde vamos? (Na Luz da Verdade Mensagem do Graal, Abdruschin)

Assista ao vídeo: https://youtu.be/CQNk6-2_-Gw

DEMOCRACIA DEPRAVADA

O desequilíbrio econômico entre os países é geral, de tal forma que apesar dos déficits, as nações utilizam políticas que inibem a atividade econômica quando deveriam estimular a produção de itens essenciais. O déficit comercial dos EUA ilustra bem esse desequilíbrio. Decisões oportunistas criaram essa situação, pois deveria haver equilíbrio econômico geral na produção, comércio, empregos, consumo, progresso com elevação dos níveis de saúde, educação, setor privado diversificado, mantendo estabilidade econômica, política e social. No entanto, os caminhos que levam a isso não foram perseguidos.

O dinamismo da economia globalizada tem sido mantido de forma artificial e distante dos reais objetivo da economia política que visa o bem-estar geral das populações e a melhoria geral das condições de vida, favorecendo o aprimoramento da espécie humana. Quantos desses objetivos foram alcançados? Quando sopra um vento mais forte, seja no Lehman ou na Evergrande, tudo oscila. A vida tem se tornado difícil e em crescente precarização para quase a totalidade das cerca de oito bilhões de pessoas hospedadas na Terra. Cobrir o rombo não deverá ser problema para a China; mais difícil será dar solução para quem ficar sem casa e para quem perder o emprego.

Em 2011, americanos indignados ocuparam a praça próxima a Wall Street em protesto pelo desemprego crescente e queda na renda, vendo o sonho americano ser atropelado. A mais importante questão para uma nação é a seriedade na escolha dos dirigentes, mas ao que se observa a grande maioria dos eleitos não cumpriram o seu papel, fragilizando e depravando a democracia ocidental e tudo o mais, cansando a população que não via a nação ser tratada com seriedade na direção do progresso e autonomia, por isso não há razão para que se estranhe a eleição de Trump e Bolsonaro, que captaram os anseios da população.

As grandes potências, como Inglaterra, França, EUA, Rússia e China, manejam o mundo há séculos da forma que melhor lhes convêm. Os discursos são envolventes, falam em convivência pacífica e progresso para todos os povos, mas na prática cada qual busca vantagens, seja com abuso da força militar ou econômica, mesmo que para isso tenham que sacrificar a natural evolução da espécie humana e a sustentabilidade do planeta.

O planeta Terra tem uma triste história de desestabilização dos mecanismos naturais que asseguram a sustentabilidade da vida. O mais cruel é que isso é consequência das desastrosas políticas econômicas adotadas que visam o enriquecimento de grupos dominantes em prejuízo de toda a humanidade, pois ao invés de visarem o aprimoramento, agem com viés imediatista, cobiçando ganhos e aumento de poder e influência, arrastando as populações para o abismo, escravizando-as sem que tenham consciência disso.

Estamos diante de uma situação extraordinária com acontecimentos que escapam do controle dos superdirigentes e dos supercomputadores, desorientando e gerando incertezas. Evidentemente são as consequências de atividades desordenadas que vêm introduzindo desequilíbrio no sistema natural da vida, atingindo a economia e a sociedade. Hora de direcionar toda inspiração intuitiva e o raciocínio lúcido para descortinar as causas que estão ameaçando a sobrevivência condigna da humanidade. A indolência espiritual finca suas garras onde não encontra resistência. As pessoas veem, mas não enxergam; ouvem, mas não escutam. As coisas vão acontecendo, mas, acomodados, os seres humanos não se mexem, não percebem que deveriam estar agindo como seres vivos e despertos no uso de suas capacitações.

A submissão deveria ser somente às leis da Criação, à Vontade Criadora de Deus, para construir um paraíso na Terra; mas os humanos, escravos das trevas, ousaram escravizar o próximo buscando atar seus espíritos para que se tornassem submissos, e a Terra se transformou num vale de perdição e sofrimentos. O ano de 2021 começou sem festas e tem os mesmos números de 2012. Os dias deste ano estão sombrios e difíceis. É importante mudar o foco dos pensamentos para coisas leves e do bem para escapar da inquietação reinante.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br

A TERRA E A ECONOMIA

A meta da construção da Terra era dotar o planeta de todas as condições para acolher a vida humana com sustentabilidade. Cabia aos humanos e seus governantes compreenderem exatamente como a natureza funciona em sua automaticidade. Movidos pela cobiça de poder, os homens descuidaram disso, improvisaram, inventaram, contornaram, mas os efeitos não se fizeram por esperar, e o planeta apresenta terríveis sinais de deterioração causada pela espécie que abrigou para evoluir.

Todos os seres humanos têm de ouvir a intuição, pois se seguirem o caminho simples e natural da vida perceberão que são frutos espirituais da Criação, eternos aprendizes. As pessoas estão abdicando de suas capacitações de examinar, ponderar, refletir de forma intuitiva, o que permite a ampliação e dominação da manipulação de fora, agora facilitada pelos novos recursos tecnológicos. Há uma guerra nas comunicações com informações e desinformações, muitas vezes as pessoas são induzidas a acolher um conteúdo bem formulado, sem atentar para o significado corrosivo da comunicação.

Estamos vivendo um momento muito delicado; tudo está oscilando, da economia à sociedade; das alterações climáticas ao equilíbrio psicoemocional. Temos de compreender o que viemos fazer neste planeta acolhedor, o qual abusado e menosprezado, apresenta, como consequência de nossos desatinos, catástrofes naturais e hostilidade à vida humana.

Num mundo dominado pelo dinheiro, corrupção e mentiras, a humanidade tem enfrentado muitas crises econômico-financeiras, a maior foi a de 1929 que afetou todos os países. Mas, uma nova crise está sempre presente no radar econômico. A economia se apresentava engasgada. Com a chegada da pandemia global tudo parou.

O enfrentamento da dívida externa dos anos 1980 gerou a hiperinflação; mesmo assim o Brasil empregava e produzia manufaturas. Os economistas inventaram a âncora cambial e os juros altos para atrair dólares. O ganho com importados baratos gerou perdas, exportando empregos e atrasando a técnica de fabricação. O ocidente está enfrentando a crise do monetarismo que fez tudo girar em torno do controle do dinheiro e rentismo, fechando fábricas. A China, com reserva elevada, e planejamento centralizado, prossegue ampliando a fábrica mundial e sua influência na economia tornando difícil a recuperação da competitividade do ocidente. A economia mundial desequilibrada tende à ruptura, ampliando as tensões geopolíticas, e mesmo governantes bem intencionados nada conseguem fazer.

A polarização internacional está criada. A diplomacia vai trocando as luvas de pelica pelas de Box. Os habitantes da Terra precisam de sete bilhões de quilos de comida por dia. O Brasil se torna parte fundamental no jogo geopolítico, mas é preciso que haja seriedade dos governantes para não entregar tudo de bandeja, visando seus próprios interesses como sempre têm feito. A situação já tensa poderá se agravar se chegarem a trocar as luvas de Box por algo mais pesado.

A crise hídrica já é ameaça global. Na maior parte do mundo a demanda vai superar a disponibilidade. Essa notícia aumenta a indignação com a displicência da população e seus governantes. Água é vida. Há dez anos o entorno da Grande São Paulo já estava seriamente comprometido com ocupações irregulares com moradias precárias, em regiões com mata, sem que as autoridades e a imprensa tivessem feito uma campanha para impedir ou reduzir o impacto nas regiões urbanas. Nada foi feito, nem orientação da assistência social, nem planejamento, nada, um horror que alcança rodoanel e demais rodovias. Núcleos onde a família se degrada, a violência e a droga se instalam, e nada mais se faz.

A questão da umidade do ar tem sido menosprezada há séculos, desde o início da industrialização na Inglaterra. Os cientistas pouco se ocuparam com as leis da natureza achando que podiam tudo. A população mantinha algum respeito intuitivo à natureza, mas tudo foi sendo extirpado na medida em que o materialismo assumia o controle da vida deixando o espiritual para trás. Agora a natureza vai mostrando a sua força e as consequências dos mecanismos destruídos.

A riqueza real provém unicamente da natureza, a grande crise virá quando a natureza se negar a continuar ofertando as benesses que asseguram a continuidade da vida. A crise não será contornável nem pelo dinheiro nem pela força; dependerá apenas da situação íntima de cada ser humano frente às, até hoje pouco compreendidas, Leis da Criação.

* Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini, e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br. E-mail: bicdutra@library.com.br