A NATUREZA NÃO TEM PREÇO

Logo após o carnaval do ano de 2020 tudo mudou. O mundo e as pessoas entraram num processo de letargia e a hibernação durou dois anos de crises emocionais e prejuízos. Em 2022, aos poucos foi surgindo movimento, mas até onde vai isso? 2022 começou ontem, mas vai passando rapidamente, logo chegará dezembro. A ansiedade aumenta pressionando a mente das pessoas, mas a serenidade não pode ser perdida como meio para impedir que aumente a agressividade destrutiva.

A natureza sempre surpreende com sua beleza e com suas catástrofes incompreendidas. No passado longínquo, os indivíduos viviam em estreita ligação com a natureza e sempre recebiam intuições sobre como se servir dos seus recursos ou como se proteger de eventos extraordinários, mas isso era uma vez. Hoje, mesmo com toda a parafernália eletrônica e de satélites pendurados na atmosfera, o homem vive distante dela e não colhe os frutos que ela oferece em toda a sua extensão.

Há um desajuste climático decorrente de vários fatores e do descaso com a natureza, mas com influência preponderante da intensificação das atividades no interior do sol. Há fortes ameaças sobre a disponibilidade de água. Sem água não há vida. Quando aprenderão isso? Confiam no dinheiro criado pelos homens, mas esquecem que a natureza não tem preço.
Os poderosos do ocidente e do oriente não conseguiram construir a paz com progresso geral, em correta convivência com a natureza. Deixaram que a miséria humana se ampliasse continuamente, pensando sempre no poder econômico e militar.

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, filiada ao Partido Democrata, em viagem para Taiwan foi demonstrar a coragem de enfrentar forças que visam o poder. Na atual situação aflitiva, o mundo precisa da coragem para enfrentar aqueles que buscam toda riqueza e poder para si, deixando crescer a indolência das massas para que permaneçam submissas e úteis.

Taiwan, uma república nacionalista que se separou da China comunista em 1949, não conseguiu alcançar a condição de Estado pleno e independente. Pode ser que ambas sigam o estilo de capitalismo de Estado. Taiwan promoveu bom preparo das novas gerações, forte avanço tecnológico e exportação de produtos eletrônicos que lhe rendeu excelente reserva. O nível salarial mais comum está em torno do equivalente a US$1.250,00 mensais. Enfim, trata-se de mais um fator para agravar as incertezas mundiais.

Diferentemente, o Brasil marcou passo na indústria; hoje a participação no PIB caiu para o nível de 70 anos atrás. Seria bom, ao lado da pujante exportação de commodities, que o Brasil também tivesse mais produção e empregos na indústria, mas sufocou o milagre, deu uma guinada e passou a importar de tudo pagando com matérias primas com reduzido valor agregado, no bom estilo colônia. Quem resolve a estagnação do Brasil? Falta produção, trabalho e bom preparo das novas gerações. O país não tem vocação para ser como Cuba ou Venezuela.

Os seres humanos provêm do mundo espiritual. Mas no mundo material passaram a criar teorias distanciadas da vida real, ligadas à época e aos interesses, influenciadas pela vaidade e cobiça de poder. Tempo virá em que o homem será formado na escola da vida, com pleno conhecimento das leis divinas da Criação, também chamadas leis da natureza. Elas atuam com perfeição, são imutáveis desde a sua origem atuando com severidade, justiça e amor, trazendo a cada um a colheita do que semear com suas ações.

Após séculos de mentiras, a hora da verdade se aproxima. O mais importante para transformar o sonho em realidade é transformar o querer em ação. Necessitamos de corações e mentes mobilizados para alcançarmos um mundo melhor. O Brasil e o mundo precisam da democracia fortalecedora, não daquela que começa nas cidades das favelas desordenadas, de crianças malnutridas, com pouca saúde, escolas precárias, e poucas oportunidades. Nisso está o futuro da humanidade que, apesar de todo avanço tecnológico, mostra nítidos sinais de declínio. O planeta Terra foi dotado com todos os fatores para um viver condigno; poderia ser como um paraíso de progresso, beleza e felicidade, mas em vez disso os homens se armam e fazem guerras.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

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