O CLIMA E A ECONOMIA

O Paquistão vem sendo inundado por chuvas muito acima do padrão médio e sua população está enfrentando muitas dificuldades. Há séculos a humanidade age de forma displicente no planeta. Somados a extraordinários acontecimentos cósmicos com o aparecimento de planetas e outras estrelas desconhecidas, o Sol se enrubesce de chamas de hidrogênio.

A natureza constitui a base da sobrevivência dos seres humanos na Terra, mas o planeta está sendo devastado pela forma de viver predatória e afastada do reconhecimento e respeito às leis naturais da Criação. A mudança climática já se apresenta como efeito dessa situação. Há forte concentração de população nas cidades, o que aumenta a dependência por suprimentos.

E o dinheiro vai seguindo como se fosse um rio. Suas nascentes são os Bancos Centrais (BCs) e os bancos em geral, e daí a liquidez flui veloz ou lentamente para o mercado, impulsionando as atividades econômicas, cai em desvios corruptos e acaba retornando aos bancos. Quando se avoluma, é represado pelos BCs com a taxa de juros. A atual situação da Europa evidencia que só dinheiro não resolve tudo; há limites e outras soluções devem ser buscadas no combate à miséria que se instala devido a atitudes inadequadas no controle dos recursos da natureza e do dinheiro.

No passado, o Brasil se tornou refém ao ser obrigado a assumir a suposta dívida de Portugal com a Inglaterra. Dona Leopoldina faleceu. Dom Pedro I voltou para Portugal e o herdeiro Pedro II era criança. José Bonifácio foi expulso e preso; restaram os aproveitadores e entreguistas despreparados que deram ao Brasil sua história de triste atraso.

Hoje ainda é notória a falta de estabilidade na economia que oscila entre ondas de aumentada procura gerando desperdícios, inutilidades supérfluas, inflação, e de ciclos em que a taxa de juros sobe para reduzir o consumo e os investimentos, aumentando a capacidade ociosa, e quando isso acontece ocorre aumento da miséria, perpetuando o desequilíbrio entre produção e consumo. Há que se buscar o equilíbrio, pois foi para isso que surgiu a ciência econômica. Os efeitos do “financeirismo” têm sido avassaladores na África, América Latina e até em nações endividadas da Europa. Sair do atoleiro é difícil; o Brasil vem sendo submisso desde a crise da dívida dos anos 1980.

Naquela década, os juros americanos ultrapassaram 20%, causando sacrifícios para a população, principalmente nas nações endividadas, mas não houve fome. Atualmente, as condições econômicas são outras. A pergunta é se juros acima de 4% não poderão gerar aumento da miséria e da fome no mundo. Aqueles que acumularam dinheiro, sejam as nações, empresas ou indivíduos, buscam segurança e obtenção de renda. A América Latina e África têm sido assediadas, e vão vendendo tudo, levando à inevitável concentração no sistema. Que futuro decorrerá dessa progressiva desnacionalização?

As nações estão envolvidas em problemas econômicos, políticos e sociais, deveriam buscar a forma correta de adaptação, reconhecendo e respeitando as leis naturais da Criação. A Internet tem dado oportunidade para melhor divulgação de acontecimentos, mas na medida que isso avança, também avançam meios restritivos. Já se disse que a verdade é temida por aqueles que produzem sombras para exercer domínio. Então a esperança é que a Internet possa se tornar o canal que acima de tudo vise o aprimoramento do ser humano e não a sua decadência.

Já na primeira infância os cérebros das crianças vão sendo alimentados por imagens de mentira, insatisfação, medo, ódio, violência. Cérebros desconectados da alma que vão sendo preparados para o que de pior o homem pode produzir, seja nas elites ou nas periferias degradadas. Cenas e modelos nos cinemas e TVs não são mais os mesmos, e se antes estabeleciam motivação positiva-criativa, atualmente deprimem e desanimam.

Falta o reconhecimento do significado da vida; faltam alvos enobrecedores da espécie humana que deem prioridade à meta do progresso real, espiritual e material, do presente e do futuro, para o benefício de todos, para que os seres humanos cumpram a sua real finalidade de evoluir e sejam felizes. Sem o envolvimento das novas gerações nesse alvo, o futuro se tornará incerto e ameaçador.

*Benedicto Ismael Camargo Dutra, graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP. Coordena os sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br/home . E-mail: bicdutra@library.com.br

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